ana luiza freitas
O cheiro dele, misturado as fotos da sala e o maço de cigarros favorito foi o que me matou. Era um dia de sol e calor lá fora, mas ele tinha ido e nada poderia ser feliz naquele dia. Então eu parei sentada observando nossas fotos nas primeiras festas, o dia em que eu vim morar aqui, do meu anel de noivado, do casamento, das viagens que a gente nunca fez. E o vento soprava o cheiro dele, e me fazia se embriagar, me deixava tonta e confusa…era o começo da minha morte.
Mas não morri de overdose dele. Talvez eu tenha morrido por conta das lágrimas que eu derramei por ele, que eram tão quentes quanto lava e que ao invés de lavarem minha alma, pareciam afogá-la. Acho que eu morri afogada em todas as lágrimas e palavras que eu queria dizer quando ele estava aqui. Ou talvez eram todas as memórias me queimando, me matando de dentro para fora. Mas eu não sei direito. O que me matou, talvez, tenha sido a fumaça do cigarro do maço favorito dele. Talvez eu tenha estranhado fumar sozinha. Talvez meu pulmão tenha despedaçado bem rapidinho, escurecido, apodrecido como o resto da minha alma. Bem rapidinho. Não foi ele quem me matou. Ele pode ter aquele jeito meio durão e marrento, mas ele jamais faria algo tão cruel. Ele talvez tenha só me envenenado. Ou melhor, eu quis me envenenar dele. Eu quis me embriagar, cheirar, fumar, consumir, me queimar, me afogar, me engasgar, me rasgar e despedaçar nele. Sei que foi mais uma vez, consequência das minhas escolhas. Mas essa foi a última, não há mais nada aqui. A culpa é toda minha. Minha morte é fruto de um suicídio lento que começou no dia que eu o conheci. Venho me matando todos os dias, desde a primeira vez que admiti que precisava dele. Quando não o tive, morri. Eu morri de suicídio.
Suicídio.
2 de mar. de 2015
O cheiro dele, misturado as fotos da sala e o maço de cigarros favorito foi o que me matou. Era um dia de sol e calor lá fora, mas ele tinha ido e nada poderia ser feliz naquele dia. Então eu parei sentada observando nossas fotos nas primeiras festas, o dia em que eu vim morar aqui, do meu anel de noivado, do casamento, das viagens que a gente nunca fez. E o vento soprava o cheiro dele, e me fazia se embriagar, me deixava tonta e confusa…era o começo da minha morte.
Mas não morri de overdose dele. Talvez eu tenha morrido por conta das lágrimas que eu derramei por ele, que eram tão quentes quanto lava e que ao invés de lavarem minha alma, pareciam afogá-la. Acho que eu morri afogada em todas as lágrimas e palavras que eu queria dizer quando ele estava aqui. Ou talvez eram todas as memórias me queimando, me matando de dentro para fora. Mas eu não sei direito. O que me matou, talvez, tenha sido a fumaça do cigarro do maço favorito dele. Talvez eu tenha estranhado fumar sozinha. Talvez meu pulmão tenha despedaçado bem rapidinho, escurecido, apodrecido como o resto da minha alma. Bem rapidinho. Não foi ele quem me matou. Ele pode ter aquele jeito meio durão e marrento, mas ele jamais faria algo tão cruel. Ele talvez tenha só me envenenado. Ou melhor, eu quis me envenenar dele. Eu quis me embriagar, cheirar, fumar, consumir, me queimar, me afogar, me engasgar, me rasgar e despedaçar nele. Sei que foi mais uma vez, consequência das minhas escolhas. Mas essa foi a última, não há mais nada aqui. A culpa é toda minha. Minha morte é fruto de um suicídio lento que começou no dia que eu o conheci. Venho me matando todos os dias, desde a primeira vez que admiti que precisava dele. Quando não o tive, morri. Eu morri de suicídio.
O vidro do carro estava um tanto embaçado mas pude notar a presença de alguém que eu já conhecia. Acho que consegui identificar melhor porque estava com o mesmo casaco. Buzinei mas ela não prestou muita atenção, então desci um tanto o vidro e comecei a chamá-la, até que atendeu. Estacionei o carro perto da calçada para que a garota pudesse entrar.
- Entra aí.
Ela correu até a porta que dava ao banco do carona e se sentou e me olhou. Ali começaram os sintomas que eu carregaria para o resto da vida. Me olhou tão profundo que tremeu tudo dentro de mim e me paralisou. Dessa vez não desviei, continuei a olhando e deixando que ela sugasse tudo de mim, embora não soubesse qual era mesmo sua intenção. Não me lembro do que pensei, ou se ao menos eu conseguia pensar. Aquela transe só terminou quando ela pulou e me abraçou fortemente, senti a água de seu casaco começar a se perder pela minha camisa e ouvi um choro baixinho. Aí é que me perdi mesmo. Uma guria que eu mal conhecia me olhando, chorando no meu colo, abraçada a mim de uma maneira tão próxima que eu sentia até seu coração batendo forte. Suspirei tomando coragem para levar minhas mãos imóveis até ela. Afaguei seus cabelos, alisei suas costas, enquanto tentava calar seu choro com "shh" quase silenciosos. Não que eu quisesse que ela calasse a boca, só não queria ver ela chorar.
- Não chora... vai passar.
Repeti essa frase inúmeras vezes até sentir ela acalmando e repousando a cabeça no meu ombro.
Nota: Eu prometo que os próximos capítulos serão maiores e peço perdão pelo atraso. Estou realmente com o tempo ocupado mas vou fazer o impossível para ter tempo para esse blog incrível. Obrigada se você tem acompanhado essa história!
- Entra aí.
Ela correu até a porta que dava ao banco do carona e se sentou e me olhou. Ali começaram os sintomas que eu carregaria para o resto da vida. Me olhou tão profundo que tremeu tudo dentro de mim e me paralisou. Dessa vez não desviei, continuei a olhando e deixando que ela sugasse tudo de mim, embora não soubesse qual era mesmo sua intenção. Não me lembro do que pensei, ou se ao menos eu conseguia pensar. Aquela transe só terminou quando ela pulou e me abraçou fortemente, senti a água de seu casaco começar a se perder pela minha camisa e ouvi um choro baixinho. Aí é que me perdi mesmo. Uma guria que eu mal conhecia me olhando, chorando no meu colo, abraçada a mim de uma maneira tão próxima que eu sentia até seu coração batendo forte. Suspirei tomando coragem para levar minhas mãos imóveis até ela. Afaguei seus cabelos, alisei suas costas, enquanto tentava calar seu choro com "shh" quase silenciosos. Não que eu quisesse que ela calasse a boca, só não queria ver ela chorar.
- Não chora... vai passar.
Repeti essa frase inúmeras vezes até sentir ela acalmando e repousando a cabeça no meu ombro.
Nota: Eu prometo que os próximos capítulos serão maiores e peço perdão pelo atraso. Estou realmente com o tempo ocupado mas vou fazer o impossível para ter tempo para esse blog incrível. Obrigada se você tem acompanhado essa história!
Ensaios sobre ela
16 de fev. de 2015
O vidro do carro estava um tanto embaçado mas pude notar a presença de alguém que eu já conhecia. Acho que consegui identificar melhor porque estava com o mesmo casaco. Buzinei mas ela não prestou muita atenção, então desci um tanto o vidro e comecei a chamá-la, até que atendeu. Estacionei o carro perto da calçada para que a garota pudesse entrar.
- Entra aí.
Ela correu até a porta que dava ao banco do carona e se sentou e me olhou. Ali começaram os sintomas que eu carregaria para o resto da vida. Me olhou tão profundo que tremeu tudo dentro de mim e me paralisou. Dessa vez não desviei, continuei a olhando e deixando que ela sugasse tudo de mim, embora não soubesse qual era mesmo sua intenção. Não me lembro do que pensei, ou se ao menos eu conseguia pensar. Aquela transe só terminou quando ela pulou e me abraçou fortemente, senti a água de seu casaco começar a se perder pela minha camisa e ouvi um choro baixinho. Aí é que me perdi mesmo. Uma guria que eu mal conhecia me olhando, chorando no meu colo, abraçada a mim de uma maneira tão próxima que eu sentia até seu coração batendo forte. Suspirei tomando coragem para levar minhas mãos imóveis até ela. Afaguei seus cabelos, alisei suas costas, enquanto tentava calar seu choro com "shh" quase silenciosos. Não que eu quisesse que ela calasse a boca, só não queria ver ela chorar.
- Não chora... vai passar.
Repeti essa frase inúmeras vezes até sentir ela acalmando e repousando a cabeça no meu ombro.
Nota: Eu prometo que os próximos capítulos serão maiores e peço perdão pelo atraso. Estou realmente com o tempo ocupado mas vou fazer o impossível para ter tempo para esse blog incrível. Obrigada se você tem acompanhado essa história!
- Entra aí.
Ela correu até a porta que dava ao banco do carona e se sentou e me olhou. Ali começaram os sintomas que eu carregaria para o resto da vida. Me olhou tão profundo que tremeu tudo dentro de mim e me paralisou. Dessa vez não desviei, continuei a olhando e deixando que ela sugasse tudo de mim, embora não soubesse qual era mesmo sua intenção. Não me lembro do que pensei, ou se ao menos eu conseguia pensar. Aquela transe só terminou quando ela pulou e me abraçou fortemente, senti a água de seu casaco começar a se perder pela minha camisa e ouvi um choro baixinho. Aí é que me perdi mesmo. Uma guria que eu mal conhecia me olhando, chorando no meu colo, abraçada a mim de uma maneira tão próxima que eu sentia até seu coração batendo forte. Suspirei tomando coragem para levar minhas mãos imóveis até ela. Afaguei seus cabelos, alisei suas costas, enquanto tentava calar seu choro com "shh" quase silenciosos. Não que eu quisesse que ela calasse a boca, só não queria ver ela chorar.
- Não chora... vai passar.
Repeti essa frase inúmeras vezes até sentir ela acalmando e repousando a cabeça no meu ombro.
Nota: Eu prometo que os próximos capítulos serão maiores e peço perdão pelo atraso. Estou realmente com o tempo ocupado mas vou fazer o impossível para ter tempo para esse blog incrível. Obrigada se você tem acompanhado essa história!
Ela. Lá estava ela. Vou ser sincero com vocês, no dia eu não a enxerguei com tanta magia como conto agora. No dia era só uma garota na pista de dança, como qualquer outra. Mas hoje, só consigo lembrar dos cabelos negros balançando em câmera lenta. Do corpo balançando em câmera lenta. A cintura, os quadris, as pernas, os braços. E só consigo me lembrar de como amo, ainda, cada parte dela. Um filme só nosso se passa pela minha cabeça, cheio de abraços, cheiros e beijos na ponta do nariz, como ela gostava. Porém como eu já alertei, no dia era só uma garota na pista de dança, que se aproximou da minha mesa acompanhada do meu amigo, o aniversariante e de mais duas moças:
- Eu sabia que você viria, vacilão! - abracei Greg entregando o presente que havia comprado. Nada muito especial. Fiquei meio sem reação vendo as três garotas sentando conosco, apesar de todas serem bonitas.
- Essa é a Diane. - indicou com a cabeça uma garota de cabelos dourados e compridos, roupa cheia de brilhos e e algumas sardas no rosto delicado. Ela me cumprimentou brevemente e virou uma tequila, e depois outra.
- Essa aqui é a sapatão mais gostosa desse pub, Luna.
- Eu sou bi! - ela gritou - Oi! - de cabelo azul, raspado de um lado e uma presilha. A roupa era mais coberta e menos chamativa. Mas simpatizei com ela, por algum motivo.
- E essa é minha prima favorita, Chloe. - e apontou para ela. Ela. Olhos claros, cabelos escuros. Era mais magra e mais baixinha que as outras garotas. E foi a única que sorriu para mim, ali na mesa. Não disse nada. Só sorriu me olhando, e empurrou para perto de mim o copo de vodka que estava tomando.
- Não, obrigado.
Ela encolheu e os ombros virou o que sobrou daquele copo. Acho que ficou com vergonha por eu não ter aceitado. Ou por não saber o que dizer.
- Não vai se apresentar pra elas? - ele sussurrou tentando fazer com o gesto não soasse afetivo demais.
- Sou Matthew. - eu demorei para me soltar. Sempre demoro.
Greg foi dançar com a prima e a loira e eu fiquei na mesa conversando com Luna.
Ela era interessante e estava na mesma universidade que nós, assim como Diane. Só Chloe ainda terminava a escola. E estava ali de maneira ilegal já que ela só tinha dezessete. Luna me interessou. Porque era mais velha, e tinha uma mente criativa e inquieta. Chloe me soou infantil, inconsequente e sem graça. Sei que ela ficaria chateada se soubesse disso.
Só trocamos palavras antes de ir embora:
- Já vai? - perguntou ela se apoiando na mesa.
- Vou sim. Já tá tarde.
- Hora de criança ir pra cama, hein Chloe. Seu pai depois vai nos matar. - Luna comentou, pegando as coisas dela.
- Ah não, ainda é cedo... eu queria dançar mais. - reclamou.
- Quer ir comigo ou ter que carregar seu primo bêbado para casa, mais tarde? - nisso Luna já tinha se levantado e colocado um casaco no ombro da morena, que olhou para trás vendo Gregory com a quinta garota da noite. Ela suspirou e pegou sua bolsa.
Saímos juntos, Luna puxando uns assuntos até chegarmos ao estacionamento onde ambas me beijaram a bochecha em despedida.
Às vezes eu me sinto culpado por não ter visto tudo que Chloe era naquele primeiro momento. Às vezes, acho que desde ali ela já planejava ser misteriosa e intrigante para me ter mais tarde da maneira mais profunda que alguém. Às vezes, acho que ela também não me notou e me achou sem graça. Nunca vou saber a resposta.
O que aconteceu dali em diante, sem a presença dela, pouco importa para essa história. Só voltei a encontrar minha garota duas semanas depois, quando minhas aulas já haviam voltado. Assim como toda aquela chatice da vida comum. Estudar, trabalhar, negar alguns convites para baladas, ir para o bar, depois voltar para casa. E foi voltando para casa que eu a encontrei novamente.

Ensaios sobre ela
2 de fev. de 2015
Ela. Lá estava ela. Vou ser sincero com vocês, no dia eu não a enxerguei com tanta magia como conto agora. No dia era só uma garota na pista de dança, como qualquer outra. Mas hoje, só consigo lembrar dos cabelos negros balançando em câmera lenta. Do corpo balançando em câmera lenta. A cintura, os quadris, as pernas, os braços. E só consigo me lembrar de como amo, ainda, cada parte dela. Um filme só nosso se passa pela minha cabeça, cheio de abraços, cheiros e beijos na ponta do nariz, como ela gostava. Porém como eu já alertei, no dia era só uma garota na pista de dança, que se aproximou da minha mesa acompanhada do meu amigo, o aniversariante e de mais duas moças:
- Eu sabia que você viria, vacilão! - abracei Greg entregando o presente que havia comprado. Nada muito especial. Fiquei meio sem reação vendo as três garotas sentando conosco, apesar de todas serem bonitas.
- Essa é a Diane. - indicou com a cabeça uma garota de cabelos dourados e compridos, roupa cheia de brilhos e e algumas sardas no rosto delicado. Ela me cumprimentou brevemente e virou uma tequila, e depois outra.
- Essa aqui é a sapatão mais gostosa desse pub, Luna.
- Eu sou bi! - ela gritou - Oi! - de cabelo azul, raspado de um lado e uma presilha. A roupa era mais coberta e menos chamativa. Mas simpatizei com ela, por algum motivo.
- E essa é minha prima favorita, Chloe. - e apontou para ela. Ela. Olhos claros, cabelos escuros. Era mais magra e mais baixinha que as outras garotas. E foi a única que sorriu para mim, ali na mesa. Não disse nada. Só sorriu me olhando, e empurrou para perto de mim o copo de vodka que estava tomando.
- Não, obrigado.
Ela encolheu e os ombros virou o que sobrou daquele copo. Acho que ficou com vergonha por eu não ter aceitado. Ou por não saber o que dizer.
- Não vai se apresentar pra elas? - ele sussurrou tentando fazer com o gesto não soasse afetivo demais.
- Sou Matthew. - eu demorei para me soltar. Sempre demoro.
Greg foi dançar com a prima e a loira e eu fiquei na mesa conversando com Luna.
Ela era interessante e estava na mesma universidade que nós, assim como Diane. Só Chloe ainda terminava a escola. E estava ali de maneira ilegal já que ela só tinha dezessete. Luna me interessou. Porque era mais velha, e tinha uma mente criativa e inquieta. Chloe me soou infantil, inconsequente e sem graça. Sei que ela ficaria chateada se soubesse disso.
Só trocamos palavras antes de ir embora:
- Já vai? - perguntou ela se apoiando na mesa.
- Vou sim. Já tá tarde.
- Hora de criança ir pra cama, hein Chloe. Seu pai depois vai nos matar. - Luna comentou, pegando as coisas dela.
- Ah não, ainda é cedo... eu queria dançar mais. - reclamou.
- Quer ir comigo ou ter que carregar seu primo bêbado para casa, mais tarde? - nisso Luna já tinha se levantado e colocado um casaco no ombro da morena, que olhou para trás vendo Gregory com a quinta garota da noite. Ela suspirou e pegou sua bolsa.
Saímos juntos, Luna puxando uns assuntos até chegarmos ao estacionamento onde ambas me beijaram a bochecha em despedida.
Às vezes eu me sinto culpado por não ter visto tudo que Chloe era naquele primeiro momento. Às vezes, acho que desde ali ela já planejava ser misteriosa e intrigante para me ter mais tarde da maneira mais profunda que alguém. Às vezes, acho que ela também não me notou e me achou sem graça. Nunca vou saber a resposta.
O que aconteceu dali em diante, sem a presença dela, pouco importa para essa história. Só voltei a encontrar minha garota duas semanas depois, quando minhas aulas já haviam voltado. Assim como toda aquela chatice da vida comum. Estudar, trabalhar, negar alguns convites para baladas, ir para o bar, depois voltar para casa. E foi voltando para casa que eu a encontrei novamente.

Quando eu comecei a pensar em escrever essa história eu tentei de tudo: poesia, crônica, fanfic, até fábula. E ao final, em forma de conto, decidi espalhar delicadamente nossa história de amor, como você me pediu. Refiz umas mil vezes essa primeira parte, tentei parecer intelectual, engraçado, sabichão ou sagaz! E no final, tudo saia desconcertado e torto. Exatamente como minha vida depois do nosso fim. Desconcertada e torta.
Oito de julho. Férias da faculdade para mim. No auge dos meus vinte e três anos, eu só conseguia pensar em como eu queria fugir de mim mesmo por alguns minutos e voltar quando tudo estivesse resolvido. Quando meus pais já tivessem decidido se ficariam juntos ou não. Quando minhas notas na faculdade aumentassem. Quando eu conseguisse ser alguém notável nesse mundo. Nem precisava ser no mundo na verdade, se me notassem em casa, no trabalho e na faculdade já era de bom tamanho. Afinal, meu mundo se resumia nisso.
Não quero pagar de antissocial, porém nunca fui bom com amizades. Mas naquela época, tinha um cara do segundo ano que era bacana, nós conversávamos e trocávamos experiências. Eu chamava-o de conhecido, mas seu nome de verdade era Gregory. Dezenove anos na cara e tinha mais coisa para contar do que eu. Ele já tinha morado fora do país, sabia falar francês e não podia passar perto do prédio de arquitetura que as garotas caiam matando. Mas não quero me aprofundar na vida fantástica do playboyzinho. Quero falar dela. E para falar dela, preciso contar que, um dia, esse tal de Gregory me convidou para uma festa em sua casa. No dia oito de julho, pela manhã.
- Olha, eu não tenho uns cálculos para resolver… eu não sei. - essa era minha desculpa para quase tudo. E é uma desculpa bem aceita quando você é aluno do quarto ano de engenharia civil.
- Vá se foder, você está de férias! Quero você lá hoje, as nove, sem falta.
Suspirei um tanto impaciente, se ele insistisse mais um pouco eu acabaria com nossa “amizade”. Odeio insistências.
- Vou me esforçar para ir. - prometi.
- Se você faltar eu te mato, viado.
Ele me deu um soco no braço me obrigando a fazer o mesmo com ele, só que mais forte.
Festas eram terríveis para mim. Isso não significa que eu não saísse, sempre gostei de bares e de jogar sinuca. Isso me rendia algumas companhias de um dia só, e algumas garotas que duravam o mesmo tempo. E o que eu mais desejava naquele momento era evaporar o playboy e ir correndo para o bar mais próximo tomar um litro de cerveja.
Já era tarde quando eu resolvi me arrumar para ao menos dar um “meus parabéns” para o único cara que me suportava. Nem sabia o que vestir para essas festas, mas fiz o melhor que pude. “Pode ser que seja legal!” minha mente repetia. E eu nem imaginava o que me esperava lá.
Oito de julho. Férias da faculdade para mim. No auge dos meus vinte e três anos, eu só conseguia pensar em como eu queria fugir de mim mesmo por alguns minutos e voltar quando tudo estivesse resolvido. Quando meus pais já tivessem decidido se ficariam juntos ou não. Quando minhas notas na faculdade aumentassem. Quando eu conseguisse ser alguém notável nesse mundo. Nem precisava ser no mundo na verdade, se me notassem em casa, no trabalho e na faculdade já era de bom tamanho. Afinal, meu mundo se resumia nisso.
Não quero pagar de antissocial, porém nunca fui bom com amizades. Mas naquela época, tinha um cara do segundo ano que era bacana, nós conversávamos e trocávamos experiências. Eu chamava-o de conhecido, mas seu nome de verdade era Gregory. Dezenove anos na cara e tinha mais coisa para contar do que eu. Ele já tinha morado fora do país, sabia falar francês e não podia passar perto do prédio de arquitetura que as garotas caiam matando. Mas não quero me aprofundar na vida fantástica do playboyzinho. Quero falar dela. E para falar dela, preciso contar que, um dia, esse tal de Gregory me convidou para uma festa em sua casa. No dia oito de julho, pela manhã.
- Olha, eu não tenho uns cálculos para resolver… eu não sei. - essa era minha desculpa para quase tudo. E é uma desculpa bem aceita quando você é aluno do quarto ano de engenharia civil.
- Vá se foder, você está de férias! Quero você lá hoje, as nove, sem falta.
Suspirei um tanto impaciente, se ele insistisse mais um pouco eu acabaria com nossa “amizade”. Odeio insistências.
- Vou me esforçar para ir. - prometi.
- Se você faltar eu te mato, viado.
Ele me deu um soco no braço me obrigando a fazer o mesmo com ele, só que mais forte.
Festas eram terríveis para mim. Isso não significa que eu não saísse, sempre gostei de bares e de jogar sinuca. Isso me rendia algumas companhias de um dia só, e algumas garotas que duravam o mesmo tempo. E o que eu mais desejava naquele momento era evaporar o playboy e ir correndo para o bar mais próximo tomar um litro de cerveja.
Já era tarde quando eu resolvi me arrumar para ao menos dar um “meus parabéns” para o único cara que me suportava. Nem sabia o que vestir para essas festas, mas fiz o melhor que pude. “Pode ser que seja legal!” minha mente repetia. E eu nem imaginava o que me esperava lá.
Conto: Ensaios sobre ela.
26 de jan. de 2015
Quando eu comecei a pensar em escrever essa história eu tentei de tudo: poesia, crônica, fanfic, até fábula. E ao final, em forma de conto, decidi espalhar delicadamente nossa história de amor, como você me pediu. Refiz umas mil vezes essa primeira parte, tentei parecer intelectual, engraçado, sabichão ou sagaz! E no final, tudo saia desconcertado e torto. Exatamente como minha vida depois do nosso fim. Desconcertada e torta.
Oito de julho. Férias da faculdade para mim. No auge dos meus vinte e três anos, eu só conseguia pensar em como eu queria fugir de mim mesmo por alguns minutos e voltar quando tudo estivesse resolvido. Quando meus pais já tivessem decidido se ficariam juntos ou não. Quando minhas notas na faculdade aumentassem. Quando eu conseguisse ser alguém notável nesse mundo. Nem precisava ser no mundo na verdade, se me notassem em casa, no trabalho e na faculdade já era de bom tamanho. Afinal, meu mundo se resumia nisso.
Não quero pagar de antissocial, porém nunca fui bom com amizades. Mas naquela época, tinha um cara do segundo ano que era bacana, nós conversávamos e trocávamos experiências. Eu chamava-o de conhecido, mas seu nome de verdade era Gregory. Dezenove anos na cara e tinha mais coisa para contar do que eu. Ele já tinha morado fora do país, sabia falar francês e não podia passar perto do prédio de arquitetura que as garotas caiam matando. Mas não quero me aprofundar na vida fantástica do playboyzinho. Quero falar dela. E para falar dela, preciso contar que, um dia, esse tal de Gregory me convidou para uma festa em sua casa. No dia oito de julho, pela manhã.
- Olha, eu não tenho uns cálculos para resolver… eu não sei. - essa era minha desculpa para quase tudo. E é uma desculpa bem aceita quando você é aluno do quarto ano de engenharia civil.
- Vá se foder, você está de férias! Quero você lá hoje, as nove, sem falta.
Suspirei um tanto impaciente, se ele insistisse mais um pouco eu acabaria com nossa “amizade”. Odeio insistências.
- Vou me esforçar para ir. - prometi.
- Se você faltar eu te mato, viado.
Ele me deu um soco no braço me obrigando a fazer o mesmo com ele, só que mais forte.
Festas eram terríveis para mim. Isso não significa que eu não saísse, sempre gostei de bares e de jogar sinuca. Isso me rendia algumas companhias de um dia só, e algumas garotas que duravam o mesmo tempo. E o que eu mais desejava naquele momento era evaporar o playboy e ir correndo para o bar mais próximo tomar um litro de cerveja.
Já era tarde quando eu resolvi me arrumar para ao menos dar um “meus parabéns” para o único cara que me suportava. Nem sabia o que vestir para essas festas, mas fiz o melhor que pude. “Pode ser que seja legal!” minha mente repetia. E eu nem imaginava o que me esperava lá.
Oito de julho. Férias da faculdade para mim. No auge dos meus vinte e três anos, eu só conseguia pensar em como eu queria fugir de mim mesmo por alguns minutos e voltar quando tudo estivesse resolvido. Quando meus pais já tivessem decidido se ficariam juntos ou não. Quando minhas notas na faculdade aumentassem. Quando eu conseguisse ser alguém notável nesse mundo. Nem precisava ser no mundo na verdade, se me notassem em casa, no trabalho e na faculdade já era de bom tamanho. Afinal, meu mundo se resumia nisso.
Não quero pagar de antissocial, porém nunca fui bom com amizades. Mas naquela época, tinha um cara do segundo ano que era bacana, nós conversávamos e trocávamos experiências. Eu chamava-o de conhecido, mas seu nome de verdade era Gregory. Dezenove anos na cara e tinha mais coisa para contar do que eu. Ele já tinha morado fora do país, sabia falar francês e não podia passar perto do prédio de arquitetura que as garotas caiam matando. Mas não quero me aprofundar na vida fantástica do playboyzinho. Quero falar dela. E para falar dela, preciso contar que, um dia, esse tal de Gregory me convidou para uma festa em sua casa. No dia oito de julho, pela manhã.
- Olha, eu não tenho uns cálculos para resolver… eu não sei. - essa era minha desculpa para quase tudo. E é uma desculpa bem aceita quando você é aluno do quarto ano de engenharia civil.
- Vá se foder, você está de férias! Quero você lá hoje, as nove, sem falta.
Suspirei um tanto impaciente, se ele insistisse mais um pouco eu acabaria com nossa “amizade”. Odeio insistências.
- Vou me esforçar para ir. - prometi.
- Se você faltar eu te mato, viado.
Ele me deu um soco no braço me obrigando a fazer o mesmo com ele, só que mais forte.
Festas eram terríveis para mim. Isso não significa que eu não saísse, sempre gostei de bares e de jogar sinuca. Isso me rendia algumas companhias de um dia só, e algumas garotas que duravam o mesmo tempo. E o que eu mais desejava naquele momento era evaporar o playboy e ir correndo para o bar mais próximo tomar um litro de cerveja.
Já era tarde quando eu resolvi me arrumar para ao menos dar um “meus parabéns” para o único cara que me suportava. Nem sabia o que vestir para essas festas, mas fiz o melhor que pude. “Pode ser que seja legal!” minha mente repetia. E eu nem imaginava o que me esperava lá.
Ele é bonito.
Pode não ser esse tipo “capa de revista”, mas é bonito.
Não tem um rosto perfeito, e o corpo todo esculpido.
Mas é bonito.
É bonito nas mãos.
As mãos dele quando escrevem são indiscutivelmente atraentes.
Quando me apertam são confortáveis.
Quando me acarinham são perfeitas.
Ele é bonito nos braços.
Quando me aperta forte entre eles.
Quando quer imitar algum personagem de um teatro que viu.
Ele é bonito nas coxas.
Quando me deixa sentar nelas, e o beijar
Em meio ao seu quarto de rabiscos artísticos.
Ele é bonito nos olhos.
Ah, que clichê!
Mas aqueles olhos me lembram até a Capitu.
Aqueles olhos percorrendo incansavelmente as páginas dos livros que ele devora.
Como é lindo quando ele me devora com essa mesma vontade.
Ele é bonito nos pés.
Inventando uma dança qualquer ao som da minha banda favorita.
Só não é bonito quando corre de mim.
Ele é bonito naquela indecisão na biblioteca.
É bonito quando me chama para ler o que ele escreveu.
É bonito estudando curiosidades que nunca servirão para nada.
É bonito o peito dele, a barba dele, e a boca quando me beija.
A respiração dele contra o meu rosto. Quente.
E ele é mais bonito ainda quando está comigo.
E quando nosso amor transpira arte.
Ele é poesia, é prosa, é versinho.
Viu como ele é todo bonito? (suspiro apaixonado pelo meu poeta)
Pode não ser esse tipo “capa de revista”, mas é bonito.
Não tem um rosto perfeito, e o corpo todo esculpido.
Mas é bonito.
É bonito nas mãos.
As mãos dele quando escrevem são indiscutivelmente atraentes.
Quando me apertam são confortáveis.
Quando me acarinham são perfeitas.
Ele é bonito nos braços.
Quando me aperta forte entre eles.
Quando quer imitar algum personagem de um teatro que viu.
Ele é bonito nas coxas.
Quando me deixa sentar nelas, e o beijar
Em meio ao seu quarto de rabiscos artísticos.
Ele é bonito nos olhos.
Ah, que clichê!
Mas aqueles olhos me lembram até a Capitu.
Aqueles olhos percorrendo incansavelmente as páginas dos livros que ele devora.
Como é lindo quando ele me devora com essa mesma vontade.
Ele é bonito nos pés.
Inventando uma dança qualquer ao som da minha banda favorita.
Só não é bonito quando corre de mim.
Ele é bonito naquela indecisão na biblioteca.
É bonito quando me chama para ler o que ele escreveu.
É bonito estudando curiosidades que nunca servirão para nada.
É bonito o peito dele, a barba dele, e a boca quando me beija.
A respiração dele contra o meu rosto. Quente.
E ele é mais bonito ainda quando está comigo.
E quando nosso amor transpira arte.
Ele é poesia, é prosa, é versinho.
Viu como ele é todo bonito? (suspiro apaixonado pelo meu poeta)
Atração Intelectual.
19 de jan. de 2015
Ele é bonito.
Pode não ser esse tipo “capa de revista”, mas é bonito.
Não tem um rosto perfeito, e o corpo todo esculpido.
Mas é bonito.
É bonito nas mãos.
As mãos dele quando escrevem são indiscutivelmente atraentes.
Quando me apertam são confortáveis.
Quando me acarinham são perfeitas.
Ele é bonito nos braços.
Quando me aperta forte entre eles.
Quando quer imitar algum personagem de um teatro que viu.
Ele é bonito nas coxas.
Quando me deixa sentar nelas, e o beijar
Em meio ao seu quarto de rabiscos artísticos.
Ele é bonito nos olhos.
Ah, que clichê!
Mas aqueles olhos me lembram até a Capitu.
Aqueles olhos percorrendo incansavelmente as páginas dos livros que ele devora.
Como é lindo quando ele me devora com essa mesma vontade.
Ele é bonito nos pés.
Inventando uma dança qualquer ao som da minha banda favorita.
Só não é bonito quando corre de mim.
Ele é bonito naquela indecisão na biblioteca.
É bonito quando me chama para ler o que ele escreveu.
É bonito estudando curiosidades que nunca servirão para nada.
É bonito o peito dele, a barba dele, e a boca quando me beija.
A respiração dele contra o meu rosto. Quente.
E ele é mais bonito ainda quando está comigo.
E quando nosso amor transpira arte.
Ele é poesia, é prosa, é versinho.
Viu como ele é todo bonito? (suspiro apaixonado pelo meu poeta)
Pode não ser esse tipo “capa de revista”, mas é bonito.
Não tem um rosto perfeito, e o corpo todo esculpido.
Mas é bonito.
É bonito nas mãos.
As mãos dele quando escrevem são indiscutivelmente atraentes.
Quando me apertam são confortáveis.
Quando me acarinham são perfeitas.
Ele é bonito nos braços.
Quando me aperta forte entre eles.
Quando quer imitar algum personagem de um teatro que viu.
Ele é bonito nas coxas.
Quando me deixa sentar nelas, e o beijar
Em meio ao seu quarto de rabiscos artísticos.
Ele é bonito nos olhos.
Ah, que clichê!
Mas aqueles olhos me lembram até a Capitu.
Aqueles olhos percorrendo incansavelmente as páginas dos livros que ele devora.
Como é lindo quando ele me devora com essa mesma vontade.
Ele é bonito nos pés.
Inventando uma dança qualquer ao som da minha banda favorita.
Só não é bonito quando corre de mim.
Ele é bonito naquela indecisão na biblioteca.
É bonito quando me chama para ler o que ele escreveu.
É bonito estudando curiosidades que nunca servirão para nada.
É bonito o peito dele, a barba dele, e a boca quando me beija.
A respiração dele contra o meu rosto. Quente.
E ele é mais bonito ainda quando está comigo.
E quando nosso amor transpira arte.
Ele é poesia, é prosa, é versinho.
Viu como ele é todo bonito? (suspiro apaixonado pelo meu poeta)
Já faz uns dias que eu tenho analisado friamente uns adolescentes que conheço, afim de entender um pouco mais do que se passa na mente desses quase-adultos. Até eu notar que você não pode analisar algo que você é e faz parte. Ah a adolescência é mesmo mágica, perturbadora, sombria, assustadora e maravilhosa. Um mix de sensações que você nunca viverá novamente.
Começamos naquela fase, dos treze ou catorze quando você fica se perguntando: “Será que eu sou mesmo adolescente? Será que já chegou a hora de ser “gente grande”?” Normalmente é nessa idade que temos a grandiosa experiência do primeiro beijo, os dentes batendo, as bocas desajeitadas, e é nessa idade também que vem os primeiros amores as coisas parecem mais intensas, as paixões da semana são longas e intermináveis. E nós sofremos como loucos por coisas pequenas, ninguém te entende! Ali começa tudo, donde é que vem tanto drama?
"Aos quinze anos tudo é infinito." Machado tinha razão, quando você completa quinze já é uma moça ou um rapaz e isso te faz ter responsabilidades diferentes. Aquele resquício de criança precisa desaparecer rápido! Aquela boneca debaixo da cama, tem que sumir de vista. O carrinho de bombeiro tem que ser doado, e todas as atitudes infantis vão ser julgadas. Comé que pode? Já tem quinze e ainda faz isso! Tá na hora de arrumar um amorzinho, isso sim! Com quinze anos, apesar da cobrança eu não consegui amar ninguém. Tudo aquilo que você viveu antes parece vazio e raso, e aí começa a nossa incansável busca por coisas intensas! E essa dura a vida inteira.
Dezesseis primaveras. As coisas começam a ficar sombrias. As pessoas mostram que não são tão boazinhas. Os rapazes não são como os da Disney e as moças também machucam nossos corações. E como dói a primeira vez que temos nosso coração partido. Aquela dor te quebra por muito tempo, e a gente fica sem comer, e sem beber, e começa a fazer opções malucas. Por religiões, por ideologias, por amigos, e por amores. E que merda, sempre erramos ao escolher nossos amores! Nossas palavras escolhidas vem sempre acompanhadas de palavrões: foda-se, eu não me importo! (se importa sim, garotinha!)
Depois de dezessete invernos, fala sério a vida é um inferno! A pressão pré-vestibular começa “O que você vai cursar?! Pra que faculdade você vai?! Tem que ir pra Federal hein! Mas a federal nem é tudo isso! Seu primo já foi aprovado em direito, sua prima tá cursando medicina, sua tia disse que ele passou sem estudar! Não é tão difícil! Você só estuda!!!” Quem nunca ouviu essa frase aos dezessete? É uma idade complicada, viu! Entre provas, amores quebrados e outros surgindo, família e todas as opções que você já fez (e as consequências junto delas), assim são os dezessete.
E perto dos dezoito, ansiedade. As mãos ficam suadas, agora eu posso beber, posso ir para a balada sem rg falso, posso ser presa, posso votar, posso viver! Agora eu preciso trabalhar, e preciso ser adulto, e ter meu dinheiro, e estudar para ser alguém na vida… “mas eu só tenho dezoito!” Não! Você já tem dezoito! Ter dezoito pode incluir muitas responsabilidades mas ao mesmo tempo dá aquela sensação de liberdade que faz seu peito quase explodir. Novamente imaginamos aquela coisa mágica de sair com os amigos, e dançar The Smiths no meio da rua de madrugada. Sentimos vontade de fazer algo novo e ter história para contar, e talvez o amor nem nos faça tanta falta. Onde é que deixamos nossos amores passados? Onde é que deixamos nosso “eu passado”? Nada disso importa quando você está prestes a fazer DEZOITO ANOS!
E os dezenove eu já nem sei, não dá pra imaginar. Vinte? Vixe Maria! Aí já é adulto de vez. Realmente a adolescência pode ser toda essa loucura interna que vez ou outra externamos, mas é a melhor fase da vida porque é ali que nos descobrimos, que podemos fazer nossas opções, pensar e agir sozinhos e sentir aquela liberdade de ser. É ali que lidamos com o amor e com as pessoas como elas são. E é ali que vão ficar as suas melhores histórias.
Começamos naquela fase, dos treze ou catorze quando você fica se perguntando: “Será que eu sou mesmo adolescente? Será que já chegou a hora de ser “gente grande”?” Normalmente é nessa idade que temos a grandiosa experiência do primeiro beijo, os dentes batendo, as bocas desajeitadas, e é nessa idade também que vem os primeiros amores as coisas parecem mais intensas, as paixões da semana são longas e intermináveis. E nós sofremos como loucos por coisas pequenas, ninguém te entende! Ali começa tudo, donde é que vem tanto drama?
"Aos quinze anos tudo é infinito." Machado tinha razão, quando você completa quinze já é uma moça ou um rapaz e isso te faz ter responsabilidades diferentes. Aquele resquício de criança precisa desaparecer rápido! Aquela boneca debaixo da cama, tem que sumir de vista. O carrinho de bombeiro tem que ser doado, e todas as atitudes infantis vão ser julgadas. Comé que pode? Já tem quinze e ainda faz isso! Tá na hora de arrumar um amorzinho, isso sim! Com quinze anos, apesar da cobrança eu não consegui amar ninguém. Tudo aquilo que você viveu antes parece vazio e raso, e aí começa a nossa incansável busca por coisas intensas! E essa dura a vida inteira.
Dezesseis primaveras. As coisas começam a ficar sombrias. As pessoas mostram que não são tão boazinhas. Os rapazes não são como os da Disney e as moças também machucam nossos corações. E como dói a primeira vez que temos nosso coração partido. Aquela dor te quebra por muito tempo, e a gente fica sem comer, e sem beber, e começa a fazer opções malucas. Por religiões, por ideologias, por amigos, e por amores. E que merda, sempre erramos ao escolher nossos amores! Nossas palavras escolhidas vem sempre acompanhadas de palavrões: foda-se, eu não me importo! (se importa sim, garotinha!)
Depois de dezessete invernos, fala sério a vida é um inferno! A pressão pré-vestibular começa “O que você vai cursar?! Pra que faculdade você vai?! Tem que ir pra Federal hein! Mas a federal nem é tudo isso! Seu primo já foi aprovado em direito, sua prima tá cursando medicina, sua tia disse que ele passou sem estudar! Não é tão difícil! Você só estuda!!!” Quem nunca ouviu essa frase aos dezessete? É uma idade complicada, viu! Entre provas, amores quebrados e outros surgindo, família e todas as opções que você já fez (e as consequências junto delas), assim são os dezessete.
E perto dos dezoito, ansiedade. As mãos ficam suadas, agora eu posso beber, posso ir para a balada sem rg falso, posso ser presa, posso votar, posso viver! Agora eu preciso trabalhar, e preciso ser adulto, e ter meu dinheiro, e estudar para ser alguém na vida… “mas eu só tenho dezoito!” Não! Você já tem dezoito! Ter dezoito pode incluir muitas responsabilidades mas ao mesmo tempo dá aquela sensação de liberdade que faz seu peito quase explodir. Novamente imaginamos aquela coisa mágica de sair com os amigos, e dançar The Smiths no meio da rua de madrugada. Sentimos vontade de fazer algo novo e ter história para contar, e talvez o amor nem nos faça tanta falta. Onde é que deixamos nossos amores passados? Onde é que deixamos nosso “eu passado”? Nada disso importa quando você está prestes a fazer DEZOITO ANOS!
E os dezenove eu já nem sei, não dá pra imaginar. Vinte? Vixe Maria! Aí já é adulto de vez. Realmente a adolescência pode ser toda essa loucura interna que vez ou outra externamos, mas é a melhor fase da vida porque é ali que nos descobrimos, que podemos fazer nossas opções, pensar e agir sozinhos e sentir aquela liberdade de ser. É ali que lidamos com o amor e com as pessoas como elas são. E é ali que vão ficar as suas melhores histórias.
Crise de Adolescente
12 de jan. de 2015
Já faz uns dias que eu tenho analisado friamente uns adolescentes que conheço, afim de entender um pouco mais do que se passa na mente desses quase-adultos. Até eu notar que você não pode analisar algo que você é e faz parte. Ah a adolescência é mesmo mágica, perturbadora, sombria, assustadora e maravilhosa. Um mix de sensações que você nunca viverá novamente.
Começamos naquela fase, dos treze ou catorze quando você fica se perguntando: “Será que eu sou mesmo adolescente? Será que já chegou a hora de ser “gente grande”?” Normalmente é nessa idade que temos a grandiosa experiência do primeiro beijo, os dentes batendo, as bocas desajeitadas, e é nessa idade também que vem os primeiros amores as coisas parecem mais intensas, as paixões da semana são longas e intermináveis. E nós sofremos como loucos por coisas pequenas, ninguém te entende! Ali começa tudo, donde é que vem tanto drama?
"Aos quinze anos tudo é infinito." Machado tinha razão, quando você completa quinze já é uma moça ou um rapaz e isso te faz ter responsabilidades diferentes. Aquele resquício de criança precisa desaparecer rápido! Aquela boneca debaixo da cama, tem que sumir de vista. O carrinho de bombeiro tem que ser doado, e todas as atitudes infantis vão ser julgadas. Comé que pode? Já tem quinze e ainda faz isso! Tá na hora de arrumar um amorzinho, isso sim! Com quinze anos, apesar da cobrança eu não consegui amar ninguém. Tudo aquilo que você viveu antes parece vazio e raso, e aí começa a nossa incansável busca por coisas intensas! E essa dura a vida inteira.
Dezesseis primaveras. As coisas começam a ficar sombrias. As pessoas mostram que não são tão boazinhas. Os rapazes não são como os da Disney e as moças também machucam nossos corações. E como dói a primeira vez que temos nosso coração partido. Aquela dor te quebra por muito tempo, e a gente fica sem comer, e sem beber, e começa a fazer opções malucas. Por religiões, por ideologias, por amigos, e por amores. E que merda, sempre erramos ao escolher nossos amores! Nossas palavras escolhidas vem sempre acompanhadas de palavrões: foda-se, eu não me importo! (se importa sim, garotinha!)
Depois de dezessete invernos, fala sério a vida é um inferno! A pressão pré-vestibular começa “O que você vai cursar?! Pra que faculdade você vai?! Tem que ir pra Federal hein! Mas a federal nem é tudo isso! Seu primo já foi aprovado em direito, sua prima tá cursando medicina, sua tia disse que ele passou sem estudar! Não é tão difícil! Você só estuda!!!” Quem nunca ouviu essa frase aos dezessete? É uma idade complicada, viu! Entre provas, amores quebrados e outros surgindo, família e todas as opções que você já fez (e as consequências junto delas), assim são os dezessete.
E perto dos dezoito, ansiedade. As mãos ficam suadas, agora eu posso beber, posso ir para a balada sem rg falso, posso ser presa, posso votar, posso viver! Agora eu preciso trabalhar, e preciso ser adulto, e ter meu dinheiro, e estudar para ser alguém na vida… “mas eu só tenho dezoito!” Não! Você já tem dezoito! Ter dezoito pode incluir muitas responsabilidades mas ao mesmo tempo dá aquela sensação de liberdade que faz seu peito quase explodir. Novamente imaginamos aquela coisa mágica de sair com os amigos, e dançar The Smiths no meio da rua de madrugada. Sentimos vontade de fazer algo novo e ter história para contar, e talvez o amor nem nos faça tanta falta. Onde é que deixamos nossos amores passados? Onde é que deixamos nosso “eu passado”? Nada disso importa quando você está prestes a fazer DEZOITO ANOS!
E os dezenove eu já nem sei, não dá pra imaginar. Vinte? Vixe Maria! Aí já é adulto de vez. Realmente a adolescência pode ser toda essa loucura interna que vez ou outra externamos, mas é a melhor fase da vida porque é ali que nos descobrimos, que podemos fazer nossas opções, pensar e agir sozinhos e sentir aquela liberdade de ser. É ali que lidamos com o amor e com as pessoas como elas são. E é ali que vão ficar as suas melhores histórias.
Começamos naquela fase, dos treze ou catorze quando você fica se perguntando: “Será que eu sou mesmo adolescente? Será que já chegou a hora de ser “gente grande”?” Normalmente é nessa idade que temos a grandiosa experiência do primeiro beijo, os dentes batendo, as bocas desajeitadas, e é nessa idade também que vem os primeiros amores as coisas parecem mais intensas, as paixões da semana são longas e intermináveis. E nós sofremos como loucos por coisas pequenas, ninguém te entende! Ali começa tudo, donde é que vem tanto drama?
"Aos quinze anos tudo é infinito." Machado tinha razão, quando você completa quinze já é uma moça ou um rapaz e isso te faz ter responsabilidades diferentes. Aquele resquício de criança precisa desaparecer rápido! Aquela boneca debaixo da cama, tem que sumir de vista. O carrinho de bombeiro tem que ser doado, e todas as atitudes infantis vão ser julgadas. Comé que pode? Já tem quinze e ainda faz isso! Tá na hora de arrumar um amorzinho, isso sim! Com quinze anos, apesar da cobrança eu não consegui amar ninguém. Tudo aquilo que você viveu antes parece vazio e raso, e aí começa a nossa incansável busca por coisas intensas! E essa dura a vida inteira.
Dezesseis primaveras. As coisas começam a ficar sombrias. As pessoas mostram que não são tão boazinhas. Os rapazes não são como os da Disney e as moças também machucam nossos corações. E como dói a primeira vez que temos nosso coração partido. Aquela dor te quebra por muito tempo, e a gente fica sem comer, e sem beber, e começa a fazer opções malucas. Por religiões, por ideologias, por amigos, e por amores. E que merda, sempre erramos ao escolher nossos amores! Nossas palavras escolhidas vem sempre acompanhadas de palavrões: foda-se, eu não me importo! (se importa sim, garotinha!)
Depois de dezessete invernos, fala sério a vida é um inferno! A pressão pré-vestibular começa “O que você vai cursar?! Pra que faculdade você vai?! Tem que ir pra Federal hein! Mas a federal nem é tudo isso! Seu primo já foi aprovado em direito, sua prima tá cursando medicina, sua tia disse que ele passou sem estudar! Não é tão difícil! Você só estuda!!!” Quem nunca ouviu essa frase aos dezessete? É uma idade complicada, viu! Entre provas, amores quebrados e outros surgindo, família e todas as opções que você já fez (e as consequências junto delas), assim são os dezessete.
E perto dos dezoito, ansiedade. As mãos ficam suadas, agora eu posso beber, posso ir para a balada sem rg falso, posso ser presa, posso votar, posso viver! Agora eu preciso trabalhar, e preciso ser adulto, e ter meu dinheiro, e estudar para ser alguém na vida… “mas eu só tenho dezoito!” Não! Você já tem dezoito! Ter dezoito pode incluir muitas responsabilidades mas ao mesmo tempo dá aquela sensação de liberdade que faz seu peito quase explodir. Novamente imaginamos aquela coisa mágica de sair com os amigos, e dançar The Smiths no meio da rua de madrugada. Sentimos vontade de fazer algo novo e ter história para contar, e talvez o amor nem nos faça tanta falta. Onde é que deixamos nossos amores passados? Onde é que deixamos nosso “eu passado”? Nada disso importa quando você está prestes a fazer DEZOITO ANOS!
E os dezenove eu já nem sei, não dá pra imaginar. Vinte? Vixe Maria! Aí já é adulto de vez. Realmente a adolescência pode ser toda essa loucura interna que vez ou outra externamos, mas é a melhor fase da vida porque é ali que nos descobrimos, que podemos fazer nossas opções, pensar e agir sozinhos e sentir aquela liberdade de ser. É ali que lidamos com o amor e com as pessoas como elas são. E é ali que vão ficar as suas melhores histórias.
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