autoria
Sentada na escadaria daquela velha igreja que costumávamos ficar, eu, entre mascadas de chiclete e sucções de nicotina, me peguei, novamente, pensando em você. O que não seria novidade alguma, caso eu estivesse naquele período de desespero, de submissão como nos primeiros dias após o abandono sem aviso prévio. Acontece que eu jurei, pra Deus e o mundo, que já havia passado e que suas lembranças nem me atormentavam mais. Eu jurei que não doía mais, nem um tiquinho sequer. E doeu. Doeu de um modo anormal, pior que qualquer facada no peito que alguém já ousou levar.
O tempo escurecia enquanto as árvores balançavam. Os hippies da feirinha que se localiza logo em frente à igreja já recolhiam seus artesanatos, prevendo a chuva que chegaria a qualquer momento. Eu permaneci intacta, sem nem me locomover para baixo da marquise. As gotas pesadas daquela chuva gelada começaram a cair sem piedade dos seres humanos desabrigados. Sem piedade de mim que já não tinha mais seu coração para fazer de morada.
Os minutos passavam vagarosamente – ao contrário das pessoas. Tanto as que saíam da igreja, quanto aquelas que corriam para encontrar o abrigo mais próximo. Em meio à pressa das pessoas, eu passei despercebida. O meu choro descontrolado não pareceu ser uma anormalidade naquele dia extremamente úmido. Os soluços em meio aos sons amedrontadores dos trovões eram imperceptíveis. E eu, do fundo do meu coração, não sabia se aquilo era bom o ruim.
Deixei-me invadir pela chuva que já era, na verdade, uma tempestade. A camiseta que eu vestia – que já foi sua, por sinal – estava completamente encharcada. Pesava sobre meu corpo frágil, mas nada que se comparasse ao peso da minha cabeça que implorava por pender. Meu subconsciente implorava pelo seu ombro para que ela repousasse tranquilamente. E você não estava lá. E você não esteve lá. Digo “lá” como quem diz “ao meu lado”, pois você nunca esteve, sinceramente, comigo.
Permaneci trêmula, numa tentativa falha de que a tempestade levasse junto dela a minha dor. Deixei com que a água que caía do céu me limpasse por fora, enquanto eu implorava para que meu interior também ficasse limpo – livre de você. Mas aquela dor absurda parecia não passar. A tempestade aumentava e as ruas já estavam alagadas, e nada de eu me livrar de você. Eu chorei tanto por você que achei que você fosse transbordar pelos meus olhos e, assim sendo, eu estaria livre, limpa. E nada. Eu chorei e você não se foi, não saiu de mim. Eu chorei e você nem voltou, não retornou pra mim. Entende o tamanho da contradição?
Eu implorei por incontáveis minutos que você surgisse em meio àquela chuva para me salvar ou, pelo menos, se preocupar com o possível resfriado que eu estava prestes a pegar. Porém, a verdade é que você não estava mais nem aí. Não estava mais nem ali. E, talvez, nunca mais estivesse.
Eu permaneci naquela chuva até que o tempo se acalmou. Conforme os minutos se passaram, eu também me acalmei. As pernas já não estavam mais trêmulas e as mãos já não apertavam mais o restante do corpo em tom de desespero. O tempo bonito voltou. Os hippies voltaram. As pressa diminuiu. O arco-íris até surgiu. A única coisa inalterada foi o vazio que você deixou em mim.
Então, amor, aguardo ansiosamente pelo meu arco-íris interior.
Sem morada
8 de fev. de 2015
Sentada na escadaria daquela velha igreja que costumávamos ficar, eu, entre mascadas de chiclete e sucções de nicotina, me peguei, novamente, pensando em você. O que não seria novidade alguma, caso eu estivesse naquele período de desespero, de submissão como nos primeiros dias após o abandono sem aviso prévio. Acontece que eu jurei, pra Deus e o mundo, que já havia passado e que suas lembranças nem me atormentavam mais. Eu jurei que não doía mais, nem um tiquinho sequer. E doeu. Doeu de um modo anormal, pior que qualquer facada no peito que alguém já ousou levar.
O tempo escurecia enquanto as árvores balançavam. Os hippies da feirinha que se localiza logo em frente à igreja já recolhiam seus artesanatos, prevendo a chuva que chegaria a qualquer momento. Eu permaneci intacta, sem nem me locomover para baixo da marquise. As gotas pesadas daquela chuva gelada começaram a cair sem piedade dos seres humanos desabrigados. Sem piedade de mim que já não tinha mais seu coração para fazer de morada.
Os minutos passavam vagarosamente – ao contrário das pessoas. Tanto as que saíam da igreja, quanto aquelas que corriam para encontrar o abrigo mais próximo. Em meio à pressa das pessoas, eu passei despercebida. O meu choro descontrolado não pareceu ser uma anormalidade naquele dia extremamente úmido. Os soluços em meio aos sons amedrontadores dos trovões eram imperceptíveis. E eu, do fundo do meu coração, não sabia se aquilo era bom o ruim.
Deixei-me invadir pela chuva que já era, na verdade, uma tempestade. A camiseta que eu vestia – que já foi sua, por sinal – estava completamente encharcada. Pesava sobre meu corpo frágil, mas nada que se comparasse ao peso da minha cabeça que implorava por pender. Meu subconsciente implorava pelo seu ombro para que ela repousasse tranquilamente. E você não estava lá. E você não esteve lá. Digo “lá” como quem diz “ao meu lado”, pois você nunca esteve, sinceramente, comigo.
Permaneci trêmula, numa tentativa falha de que a tempestade levasse junto dela a minha dor. Deixei com que a água que caía do céu me limpasse por fora, enquanto eu implorava para que meu interior também ficasse limpo – livre de você. Mas aquela dor absurda parecia não passar. A tempestade aumentava e as ruas já estavam alagadas, e nada de eu me livrar de você. Eu chorei tanto por você que achei que você fosse transbordar pelos meus olhos e, assim sendo, eu estaria livre, limpa. E nada. Eu chorei e você não se foi, não saiu de mim. Eu chorei e você nem voltou, não retornou pra mim. Entende o tamanho da contradição?
Eu implorei por incontáveis minutos que você surgisse em meio àquela chuva para me salvar ou, pelo menos, se preocupar com o possível resfriado que eu estava prestes a pegar. Porém, a verdade é que você não estava mais nem aí. Não estava mais nem ali. E, talvez, nunca mais estivesse.
Eu permaneci naquela chuva até que o tempo se acalmou. Conforme os minutos se passaram, eu também me acalmei. As pernas já não estavam mais trêmulas e as mãos já não apertavam mais o restante do corpo em tom de desespero. O tempo bonito voltou. Os hippies voltaram. As pressa diminuiu. O arco-íris até surgiu. A única coisa inalterada foi o vazio que você deixou em mim.
Então, amor, aguardo ansiosamente pelo meu arco-íris interior.
Ela. Lá estava ela. Vou ser sincero com vocês, no dia eu não a enxerguei com tanta magia como conto agora. No dia era só uma garota na pista de dança, como qualquer outra. Mas hoje, só consigo lembrar dos cabelos negros balançando em câmera lenta. Do corpo balançando em câmera lenta. A cintura, os quadris, as pernas, os braços. E só consigo me lembrar de como amo, ainda, cada parte dela. Um filme só nosso se passa pela minha cabeça, cheio de abraços, cheiros e beijos na ponta do nariz, como ela gostava. Porém como eu já alertei, no dia era só uma garota na pista de dança, que se aproximou da minha mesa acompanhada do meu amigo, o aniversariante e de mais duas moças:
- Eu sabia que você viria, vacilão! - abracei Greg entregando o presente que havia comprado. Nada muito especial. Fiquei meio sem reação vendo as três garotas sentando conosco, apesar de todas serem bonitas.
- Essa é a Diane. - indicou com a cabeça uma garota de cabelos dourados e compridos, roupa cheia de brilhos e e algumas sardas no rosto delicado. Ela me cumprimentou brevemente e virou uma tequila, e depois outra.
- Essa aqui é a sapatão mais gostosa desse pub, Luna.
- Eu sou bi! - ela gritou - Oi! - de cabelo azul, raspado de um lado e uma presilha. A roupa era mais coberta e menos chamativa. Mas simpatizei com ela, por algum motivo.
- E essa é minha prima favorita, Chloe. - e apontou para ela. Ela. Olhos claros, cabelos escuros. Era mais magra e mais baixinha que as outras garotas. E foi a única que sorriu para mim, ali na mesa. Não disse nada. Só sorriu me olhando, e empurrou para perto de mim o copo de vodka que estava tomando.
- Não, obrigado.
Ela encolheu e os ombros virou o que sobrou daquele copo. Acho que ficou com vergonha por eu não ter aceitado. Ou por não saber o que dizer.
- Não vai se apresentar pra elas? - ele sussurrou tentando fazer com o gesto não soasse afetivo demais.
- Sou Matthew. - eu demorei para me soltar. Sempre demoro.
Greg foi dançar com a prima e a loira e eu fiquei na mesa conversando com Luna.
Ela era interessante e estava na mesma universidade que nós, assim como Diane. Só Chloe ainda terminava a escola. E estava ali de maneira ilegal já que ela só tinha dezessete. Luna me interessou. Porque era mais velha, e tinha uma mente criativa e inquieta. Chloe me soou infantil, inconsequente e sem graça. Sei que ela ficaria chateada se soubesse disso.
Só trocamos palavras antes de ir embora:
- Já vai? - perguntou ela se apoiando na mesa.
- Vou sim. Já tá tarde.
- Hora de criança ir pra cama, hein Chloe. Seu pai depois vai nos matar. - Luna comentou, pegando as coisas dela.
- Ah não, ainda é cedo... eu queria dançar mais. - reclamou.
- Quer ir comigo ou ter que carregar seu primo bêbado para casa, mais tarde? - nisso Luna já tinha se levantado e colocado um casaco no ombro da morena, que olhou para trás vendo Gregory com a quinta garota da noite. Ela suspirou e pegou sua bolsa.
Saímos juntos, Luna puxando uns assuntos até chegarmos ao estacionamento onde ambas me beijaram a bochecha em despedida.
Às vezes eu me sinto culpado por não ter visto tudo que Chloe era naquele primeiro momento. Às vezes, acho que desde ali ela já planejava ser misteriosa e intrigante para me ter mais tarde da maneira mais profunda que alguém. Às vezes, acho que ela também não me notou e me achou sem graça. Nunca vou saber a resposta.
O que aconteceu dali em diante, sem a presença dela, pouco importa para essa história. Só voltei a encontrar minha garota duas semanas depois, quando minhas aulas já haviam voltado. Assim como toda aquela chatice da vida comum. Estudar, trabalhar, negar alguns convites para baladas, ir para o bar, depois voltar para casa. E foi voltando para casa que eu a encontrei novamente.

Ensaios sobre ela
2 de fev. de 2015
Ela. Lá estava ela. Vou ser sincero com vocês, no dia eu não a enxerguei com tanta magia como conto agora. No dia era só uma garota na pista de dança, como qualquer outra. Mas hoje, só consigo lembrar dos cabelos negros balançando em câmera lenta. Do corpo balançando em câmera lenta. A cintura, os quadris, as pernas, os braços. E só consigo me lembrar de como amo, ainda, cada parte dela. Um filme só nosso se passa pela minha cabeça, cheio de abraços, cheiros e beijos na ponta do nariz, como ela gostava. Porém como eu já alertei, no dia era só uma garota na pista de dança, que se aproximou da minha mesa acompanhada do meu amigo, o aniversariante e de mais duas moças:
- Eu sabia que você viria, vacilão! - abracei Greg entregando o presente que havia comprado. Nada muito especial. Fiquei meio sem reação vendo as três garotas sentando conosco, apesar de todas serem bonitas.
- Essa é a Diane. - indicou com a cabeça uma garota de cabelos dourados e compridos, roupa cheia de brilhos e e algumas sardas no rosto delicado. Ela me cumprimentou brevemente e virou uma tequila, e depois outra.
- Essa aqui é a sapatão mais gostosa desse pub, Luna.
- Eu sou bi! - ela gritou - Oi! - de cabelo azul, raspado de um lado e uma presilha. A roupa era mais coberta e menos chamativa. Mas simpatizei com ela, por algum motivo.
- E essa é minha prima favorita, Chloe. - e apontou para ela. Ela. Olhos claros, cabelos escuros. Era mais magra e mais baixinha que as outras garotas. E foi a única que sorriu para mim, ali na mesa. Não disse nada. Só sorriu me olhando, e empurrou para perto de mim o copo de vodka que estava tomando.
- Não, obrigado.
Ela encolheu e os ombros virou o que sobrou daquele copo. Acho que ficou com vergonha por eu não ter aceitado. Ou por não saber o que dizer.
- Não vai se apresentar pra elas? - ele sussurrou tentando fazer com o gesto não soasse afetivo demais.
- Sou Matthew. - eu demorei para me soltar. Sempre demoro.
Greg foi dançar com a prima e a loira e eu fiquei na mesa conversando com Luna.
Ela era interessante e estava na mesma universidade que nós, assim como Diane. Só Chloe ainda terminava a escola. E estava ali de maneira ilegal já que ela só tinha dezessete. Luna me interessou. Porque era mais velha, e tinha uma mente criativa e inquieta. Chloe me soou infantil, inconsequente e sem graça. Sei que ela ficaria chateada se soubesse disso.
Só trocamos palavras antes de ir embora:
- Já vai? - perguntou ela se apoiando na mesa.
- Vou sim. Já tá tarde.
- Hora de criança ir pra cama, hein Chloe. Seu pai depois vai nos matar. - Luna comentou, pegando as coisas dela.
- Ah não, ainda é cedo... eu queria dançar mais. - reclamou.
- Quer ir comigo ou ter que carregar seu primo bêbado para casa, mais tarde? - nisso Luna já tinha se levantado e colocado um casaco no ombro da morena, que olhou para trás vendo Gregory com a quinta garota da noite. Ela suspirou e pegou sua bolsa.
Saímos juntos, Luna puxando uns assuntos até chegarmos ao estacionamento onde ambas me beijaram a bochecha em despedida.
Às vezes eu me sinto culpado por não ter visto tudo que Chloe era naquele primeiro momento. Às vezes, acho que desde ali ela já planejava ser misteriosa e intrigante para me ter mais tarde da maneira mais profunda que alguém. Às vezes, acho que ela também não me notou e me achou sem graça. Nunca vou saber a resposta.
O que aconteceu dali em diante, sem a presença dela, pouco importa para essa história. Só voltei a encontrar minha garota duas semanas depois, quando minhas aulas já haviam voltado. Assim como toda aquela chatice da vida comum. Estudar, trabalhar, negar alguns convites para baladas, ir para o bar, depois voltar para casa. E foi voltando para casa que eu a encontrei novamente.

3 de fevereiro, 6h10
E então mais um dia se passou, hoje é meu segundo dia na faculdade, e no trabalho, acordei um pouco mais cedo que de costume, a primeira coisa que me veio na cabeça, foi o Pietro, acho que estou ficando louca, enfim me arrumei, e fui até o Starbucks mais próximo da faculdade.
Chegando lá vi Pietro e Ana juntos, eu praticamente desabei, e não estava entendendo o porque disso, sendo que a dois dias, eu nem sabia da existência desse garoto. Ana é a princesinha da faculdade, desde ontem to tentando achar defeito nessa garota.
Eu não podia simplesmente fingir que não vi e ir embora, isso me faria infantil. E então, eu fui. E com toda simpatia do simpatia do mundo, desejei um bom dia a eles, Pietro sorriu e disse:
- Olá, bom dia Estrela. Vamos pra faculdade juntos?
E Ana fez uma cara não muito agradável, e pra não atrapalhar a vida deles, eu disse que chegaria atrasada. Ele compreendeu e saiu andando com Ana.
Enrolei 15 minutos lendo um livro, e fui até a faculdade.
Chegando na sala, vi Ana ficando com outro garoto, desviei meu olhar e vi Pietro, rindo ao olhar pra mim. Fiquei sem entender nada.
Sentei na segunda carteira da primeira fileira da direita.
Pietro se aproximou, olhou nos meus olhos, deu aquele sorriso cafajeste, e me fez ver que ele bagunçaria a minha vida toda.
- Estrela, o que achou da minha irmã?
- Você tem uma irmã aqui? Na faculdade?
- Sim, o nome dela é Ana, é aquela que estava comigo no Starbucks.
Eu não sabia se eu caía na gargalhada por ter achado que era algo a mais, ou se eu chorava litros, por saber que sim, estou sentindo algo pelo Pietro.
Professor Roberto se aproximou e disse pra mim, e para o Pietro:
- Queridos alunos, agora não é hora de namorar ok? Hoje a aula comigo é teórica.
Pietro mordiscou seu lábio superior e sorriu, pegou em sua mochila dois chocolates, um ele me deu, e outro era pra ele.
- Como sabe que amo chocolate branco?
- Não sei, mas minha irmã e minha mãe adora, ai pensei que iria gostar.
Sorri sem graça e comemos ali mesmo, trocamos olhares e ficamos nisso.
Acabando a aula, ajeitamos nossas coisas, e fomos em direção á saída.
- Estrelinha, vai embora como?
- Vou com o Oscar, meu carro tá no concerto.
- Oscar? Quem é esse?
E fez uma cara de ironia.
- Oscalcanhar Pietro, que chato não sabe fazer piada não?
Rimos.
- Vem, eu te levo.
- Magina Pietrinho, eu sei me virar sozinha.
- Não precisa ficar na defensiva, vamos vai.
- AAAAAAAI! Tá, vai vamos..
Entrando no carro, Pietro me perguntou se eu tinha algo de importante pra fazer, eu disse que não, mas que mais tarde, trabalharia.
- Que bom, assim vou poder te levar no parque, assim você pode conhecer um pouquinho mais da cidade, pode ser?
- Sério? Mas...
- Não sou um Cereal Killer, vai vamos.
- Tá booooom coisa chata, vamos. E mostrei a língua.
Ele sorriu, e ligou na rádio. E estava tocando funk, olhamos um para o outro, e nos assustamos, caímos na risada.
- Quer ver o que é musica de verdade?
Arqueei as sobrancelhas e disse:
- Quero, vai, tenta ai.
Pietro pegou seu CD e colocou no som.
E começou a tocar ACDC Black in black
- O cd não é novo, mas é o melhor
Sorrimos e começamos a cantar e dançar, com certeza quem estava vendo essa cena por fora do carro, estava se sentindo ofendido com tanta babaquice.
Pietro estacionou o carro e disse
- Chegamooos!
- Como assim? não iriamos em um parque?
- Ah, verdade, esqueci de dizer que era de Diversões.
Pietro abriu minha porta, fechou o carro todo e me puxou. Caminhamos para comprar o convite, compramos.
- Qual quer ir primeiro?
- Como aqui é grande Pietro, pra quem veio do interior, e ia em parques super pequenos, aqui é uma cidade.
- Olha que linda ela! Tá encantada.
Sorrimos juntos, Pietro olhou nos meus olhos, sorriu de lado, se aproximou mais, e me beijou.
Meu coração estava a mil, parecia que era meu primeiro beijo, com meu primeiro namorado. O beijo dele fez com que eu me sentisse segura de tudo, e de todos. Ali, eu descobri que não precisamos de tempo pra se apaixonar, as vezes, dois dias, é o bastante, pra você ver que aquela pessoa, parece ter nascido pra você e de uma forma inexplicável, mexe com você.
Fanfic: Sonhos 2º Capitulo: O começo de um novo amor?
22 de jan. de 2015
3 de fevereiro, 6h10
E então mais um dia se passou, hoje é meu segundo dia na faculdade, e no trabalho, acordei um pouco mais cedo que de costume, a primeira coisa que me veio na cabeça, foi o Pietro, acho que estou ficando louca, enfim me arrumei, e fui até o Starbucks mais próximo da faculdade.
Chegando lá vi Pietro e Ana juntos, eu praticamente desabei, e não estava entendendo o porque disso, sendo que a dois dias, eu nem sabia da existência desse garoto. Ana é a princesinha da faculdade, desde ontem to tentando achar defeito nessa garota.
Eu não podia simplesmente fingir que não vi e ir embora, isso me faria infantil. E então, eu fui. E com toda simpatia do simpatia do mundo, desejei um bom dia a eles, Pietro sorriu e disse:
- Olá, bom dia Estrela. Vamos pra faculdade juntos?
E Ana fez uma cara não muito agradável, e pra não atrapalhar a vida deles, eu disse que chegaria atrasada. Ele compreendeu e saiu andando com Ana.
Enrolei 15 minutos lendo um livro, e fui até a faculdade.
Chegando na sala, vi Ana ficando com outro garoto, desviei meu olhar e vi Pietro, rindo ao olhar pra mim. Fiquei sem entender nada.
Sentei na segunda carteira da primeira fileira da direita.
Pietro se aproximou, olhou nos meus olhos, deu aquele sorriso cafajeste, e me fez ver que ele bagunçaria a minha vida toda.
- Estrela, o que achou da minha irmã?
- Você tem uma irmã aqui? Na faculdade?
- Sim, o nome dela é Ana, é aquela que estava comigo no Starbucks.
Eu não sabia se eu caía na gargalhada por ter achado que era algo a mais, ou se eu chorava litros, por saber que sim, estou sentindo algo pelo Pietro.
Professor Roberto se aproximou e disse pra mim, e para o Pietro:
- Queridos alunos, agora não é hora de namorar ok? Hoje a aula comigo é teórica.
Pietro mordiscou seu lábio superior e sorriu, pegou em sua mochila dois chocolates, um ele me deu, e outro era pra ele.
- Como sabe que amo chocolate branco?
- Não sei, mas minha irmã e minha mãe adora, ai pensei que iria gostar.
Sorri sem graça e comemos ali mesmo, trocamos olhares e ficamos nisso.
Acabando a aula, ajeitamos nossas coisas, e fomos em direção á saída.
- Estrelinha, vai embora como?
- Vou com o Oscar, meu carro tá no concerto.
- Oscar? Quem é esse?
E fez uma cara de ironia.
- Oscalcanhar Pietro, que chato não sabe fazer piada não?
Rimos.
- Vem, eu te levo.
- Magina Pietrinho, eu sei me virar sozinha.
- Não precisa ficar na defensiva, vamos vai.
- AAAAAAAI! Tá, vai vamos..
Entrando no carro, Pietro me perguntou se eu tinha algo de importante pra fazer, eu disse que não, mas que mais tarde, trabalharia.
- Que bom, assim vou poder te levar no parque, assim você pode conhecer um pouquinho mais da cidade, pode ser?
- Sério? Mas...
- Não sou um Cereal Killer, vai vamos.
- Tá booooom coisa chata, vamos. E mostrei a língua.
Ele sorriu, e ligou na rádio. E estava tocando funk, olhamos um para o outro, e nos assustamos, caímos na risada.
- Quer ver o que é musica de verdade?
Arqueei as sobrancelhas e disse:
- Quero, vai, tenta ai.
Pietro pegou seu CD e colocou no som.
E começou a tocar ACDC Black in black
- O cd não é novo, mas é o melhor
Sorrimos e começamos a cantar e dançar, com certeza quem estava vendo essa cena por fora do carro, estava se sentindo ofendido com tanta babaquice.
Pietro estacionou o carro e disse
- Chegamooos!
- Como assim? não iriamos em um parque?
- Ah, verdade, esqueci de dizer que era de Diversões.
Pietro abriu minha porta, fechou o carro todo e me puxou. Caminhamos para comprar o convite, compramos.
- Qual quer ir primeiro?
- Como aqui é grande Pietro, pra quem veio do interior, e ia em parques super pequenos, aqui é uma cidade.
- Olha que linda ela! Tá encantada.
Sorrimos juntos, Pietro olhou nos meus olhos, sorriu de lado, se aproximou mais, e me beijou.
Meu coração estava a mil, parecia que era meu primeiro beijo, com meu primeiro namorado. O beijo dele fez com que eu me sentisse segura de tudo, e de todos. Ali, eu descobri que não precisamos de tempo pra se apaixonar, as vezes, dois dias, é o bastante, pra você ver que aquela pessoa, parece ter nascido pra você e de uma forma inexplicável, mexe com você.
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