Numa vila próxima a Jamestown, o amor em sua forma mais pura resplandecia. Os mais antigos dizem que Grace e Philip se amaram desde o primeiro instante, e então não se separaram mais. Diz a lenda que, assim que se conheceram, uma roseira antes estéril deu sua primeira flor, que o homem ofereceu para sua amada. Quarenta anos se passaram, quarenta anos de rosas, de sorrisos, de abraços. O casal nunca brigou, nunca se separou, era a mais pura sintonia. Philip a completava, e vice-versa, e as rosas, daquela mesma roseira, se tornaram o símbolo de seu amor. Diziam que quando (Deus me livre!) um partisse, o outro acompanharia. Até que um dia, quando eles juntos beiravam a marca de cinquenta primaveras, a Vida resolveu aparecer e, num golpe de extrema crueldade, enviou um oficial à porta de sua casa. Philip tinha sido convocado para lutar pelo país, ele iria para a guerra. "Eu vou voltar pra você", prometeu o homem, e partiu. Desde então, todos os dias a mulher se sentava na varanda de sua casa e balançava em sua cadeira, esperando pela volta do amado. A roseira secou, e nunca mais deu sinal de botões de flor. Cinco anos depois, Philip foi mais uma vítima da guerra, e a Morte o levou consigo. Homens do exército foram dar a notícia à Grace, mas na casa nada encontraram. Entretanto, assim que saíram da casa um dos homens notou a cadeira de balanço. O balançar da cadeira persistia, mas ao invés da vívida senhora, em seu lugar estava uma rosa recém colhida. O símbolo do mais puro e singelo amor já testemunhado pelos seres humanos. Ele cumprira sua promessa.



A Última Rosa

10 de fev. de 2015

Numa vila próxima a Jamestown, o amor em sua forma mais pura resplandecia. Os mais antigos dizem que Grace e Philip se amaram desde o primeiro instante, e então não se separaram mais. Diz a lenda que, assim que se conheceram, uma roseira antes estéril deu sua primeira flor, que o homem ofereceu para sua amada. Quarenta anos se passaram, quarenta anos de rosas, de sorrisos, de abraços. O casal nunca brigou, nunca se separou, era a mais pura sintonia. Philip a completava, e vice-versa, e as rosas, daquela mesma roseira, se tornaram o símbolo de seu amor. Diziam que quando (Deus me livre!) um partisse, o outro acompanharia. Até que um dia, quando eles juntos beiravam a marca de cinquenta primaveras, a Vida resolveu aparecer e, num golpe de extrema crueldade, enviou um oficial à porta de sua casa. Philip tinha sido convocado para lutar pelo país, ele iria para a guerra. "Eu vou voltar pra você", prometeu o homem, e partiu. Desde então, todos os dias a mulher se sentava na varanda de sua casa e balançava em sua cadeira, esperando pela volta do amado. A roseira secou, e nunca mais deu sinal de botões de flor. Cinco anos depois, Philip foi mais uma vítima da guerra, e a Morte o levou consigo. Homens do exército foram dar a notícia à Grace, mas na casa nada encontraram. Entretanto, assim que saíram da casa um dos homens notou a cadeira de balanço. O balançar da cadeira persistia, mas ao invés da vívida senhora, em seu lugar estava uma rosa recém colhida. O símbolo do mais puro e singelo amor já testemunhado pelos seres humanos. Ele cumprira sua promessa.



Agradeço possuir minha identidade,
Dança que não tem idade
Que só precisa de um gingado
E alguns clarins danados.

Não precisa juntar as fanfarras,
A dança nasce nos arretados
Diante de trombones e surdos
Para transformar tristezas em alegrias.


É só trazer uma sombrinha,
O natural sorriso no rosto
E comemorar conosco
Nossa marca mais linda.


Marca que vive há 108 anos,
Saindo da imensa capoeira
Para trazer todos encantos
E fazer a decepção ser poeira.


Como todo pernambucano,
Agradeço ao nosso Senhor
Por todos os anos comemorar-te
Dançando, brincando e frevando.

 

108 anos frevando. (Frevo, Pernambuco, amor e poesia.)

Agradeço possuir minha identidade,
Dança que não tem idade
Que só precisa de um gingado
E alguns clarins danados.

Não precisa juntar as fanfarras,
A dança nasce nos arretados
Diante de trombones e surdos
Para transformar tristezas em alegrias.


É só trazer uma sombrinha,
O natural sorriso no rosto
E comemorar conosco
Nossa marca mais linda.


Marca que vive há 108 anos,
Saindo da imensa capoeira
Para trazer todos encantos
E fazer a decepção ser poeira.


Como todo pernambucano,
Agradeço ao nosso Senhor
Por todos os anos comemorar-te
Dançando, brincando e frevando.

 

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