Estou segurando uma corda. Não me pergunte o que tem do outro lado dela ou se alguém a segura assim como eu, pois não saberei responder. Estou aqui, parado e segurando isto há tanto tempo que já não me recordo sobre o meu passado. Talvez a corda tenha feito isto comigo. Não tenho retorno de esperanças de quem ou o que está do outro lado da corda, mas uma hora ela está firme e outra apenas cai sobre os meus dedos. Eu continuo apertado. Não existe a necessidade de decidir se o que eu faço está certo ou errado, apenas faço porque eu quero e porque preciso. Não vou conseguir outra corda. Não sou bom o suficiente para isto. O fato é que eu preciso apertá-la e aproximá-la o mais perto do meu coração, porque assim eu vou me sentir aquecido. Eu dependo desta corda para tudo. Mas agora eu sei que ela está doendo os meus dedos. Não os sinto mais. As minhas mãos estão sangrando lentamente como se aquela corda estivesse me machucando, não sou forte o suficiente para aguentar isto. No fim, nunca descobrirei quem está do outro lado, porque algumas vezes devemos deixar algo ir assim que somos machucados. 


Ensaio sobre o amor

27 de fev. de 2015

Estou segurando uma corda. Não me pergunte o que tem do outro lado dela ou se alguém a segura assim como eu, pois não saberei responder. Estou aqui, parado e segurando isto há tanto tempo que já não me recordo sobre o meu passado. Talvez a corda tenha feito isto comigo. Não tenho retorno de esperanças de quem ou o que está do outro lado da corda, mas uma hora ela está firme e outra apenas cai sobre os meus dedos. Eu continuo apertado. Não existe a necessidade de decidir se o que eu faço está certo ou errado, apenas faço porque eu quero e porque preciso. Não vou conseguir outra corda. Não sou bom o suficiente para isto. O fato é que eu preciso apertá-la e aproximá-la o mais perto do meu coração, porque assim eu vou me sentir aquecido. Eu dependo desta corda para tudo. Mas agora eu sei que ela está doendo os meus dedos. Não os sinto mais. As minhas mãos estão sangrando lentamente como se aquela corda estivesse me machucando, não sou forte o suficiente para aguentar isto. No fim, nunca descobrirei quem está do outro lado, porque algumas vezes devemos deixar algo ir assim que somos machucados. 


Noites,
Portal de lembranças
Para quem está destruído
Pela própria vida maldita.

Tristezas batendo na sua porta,
Travesseiros servindo de apoio
para cobrir a sujeira
Em que o mundo constrói a depressão.

Sempre remete a nossa infância
que outrora estava vadiando na mente
E, inevitavelmente, recicladas no sofrimento.

Sempre nos faz refletir
que precisamos pensar, recuperar o andar
E transformar essa noite num dia.



Noites.

26 de fev. de 2015

Noites,
Portal de lembranças
Para quem está destruído
Pela própria vida maldita.

Tristezas batendo na sua porta,
Travesseiros servindo de apoio
para cobrir a sujeira
Em que o mundo constrói a depressão.

Sempre remete a nossa infância
que outrora estava vadiando na mente
E, inevitavelmente, recicladas no sofrimento.

Sempre nos faz refletir
que precisamos pensar, recuperar o andar
E transformar essa noite num dia.



Tomar decisões é uma questão importante na vida.

Já dizia um amigo: “ficar em cima do muro não é saudável

Concordo com essa assertiva, ficar em cima do muro, na duvida entre o sim e o não, deixa-nos mais infelizes.

E isso é uma lição pra tudo na vida, não da pra ser feliz tendo que ficar hesitando entre dois pensamentos e assim, não conseguindo viver a intensidade de nenhum deles.

Fazer, ser, pensar no que se gosta independente do que as pessoas vão achar disso, ninguém pode julgar o que é certo ou errado pra SUA vida, só VOCÊ mesmo.

Descubra quem você é, e decida por isso.


A felicidade está em viver intensamente cada momento como se fosse o ultimo e, nada melhor do que viver suas escolhas.

Decisões

25 de fev. de 2015

Tomar decisões é uma questão importante na vida.

Já dizia um amigo: “ficar em cima do muro não é saudável

Concordo com essa assertiva, ficar em cima do muro, na duvida entre o sim e o não, deixa-nos mais infelizes.

E isso é uma lição pra tudo na vida, não da pra ser feliz tendo que ficar hesitando entre dois pensamentos e assim, não conseguindo viver a intensidade de nenhum deles.

Fazer, ser, pensar no que se gosta independente do que as pessoas vão achar disso, ninguém pode julgar o que é certo ou errado pra SUA vida, só VOCÊ mesmo.

Descubra quem você é, e decida por isso.


A felicidade está em viver intensamente cada momento como se fosse o ultimo e, nada melhor do que viver suas escolhas.
Sentada assistindo a esse pôr do sol, dou voz às minhas angústias, dúvidas e inquietações por meio de uma caneta e um pedaço de papel, tão superficialmente profundo. Assim como o mergulhador, ainda que consciente dos riscos, adentra as águas do oceano em busca de sua beleza, eu adentro o mundo das palavras e dos turbilhões de sentimentos que estão por trás deste inócuo pedaço de papel em busca da libertação de uma alma que cansou de esperar por alguém que se importasse. Essa confusão de pensamentos e sentimentos compõe o eu. Eu sou a desordem. Estou tão bagunçada quanto um quarto de adolescente. Pensamentos rodopiam em minha cabeça, sonhos se suicidam na minha frente, oportunidades únicas são rasgadas. Sentimentos entram em colapso, chocam-se numa fervência paradoxal de se estar feliz e triste. Encontro a paz logo após o caos, ali atrás daquele monstro que, na realidade, sou eu. Eu sou a consequência de uma sociedade incerta, de um planeta sem amor. Sou o Monstro criado não pelo Frankstein, mas sim por um mundo desprovido de Magia. Falo da Magia, com maiúscula alegorizante, não truques baratos que vemos por aí. A Magia presente no riso da criança, no abraço de quem se ama, no canto dos pássaros, na felicidade resplandescente de um menino dançando na chuva, na primeira flor da primavera. É isso que falta, a Magia.


Procura-se o Amor

24 de fev. de 2015

Sentada assistindo a esse pôr do sol, dou voz às minhas angústias, dúvidas e inquietações por meio de uma caneta e um pedaço de papel, tão superficialmente profundo. Assim como o mergulhador, ainda que consciente dos riscos, adentra as águas do oceano em busca de sua beleza, eu adentro o mundo das palavras e dos turbilhões de sentimentos que estão por trás deste inócuo pedaço de papel em busca da libertação de uma alma que cansou de esperar por alguém que se importasse. Essa confusão de pensamentos e sentimentos compõe o eu. Eu sou a desordem. Estou tão bagunçada quanto um quarto de adolescente. Pensamentos rodopiam em minha cabeça, sonhos se suicidam na minha frente, oportunidades únicas são rasgadas. Sentimentos entram em colapso, chocam-se numa fervência paradoxal de se estar feliz e triste. Encontro a paz logo após o caos, ali atrás daquele monstro que, na realidade, sou eu. Eu sou a consequência de uma sociedade incerta, de um planeta sem amor. Sou o Monstro criado não pelo Frankstein, mas sim por um mundo desprovido de Magia. Falo da Magia, com maiúscula alegorizante, não truques baratos que vemos por aí. A Magia presente no riso da criança, no abraço de quem se ama, no canto dos pássaros, na felicidade resplandescente de um menino dançando na chuva, na primeira flor da primavera. É isso que falta, a Magia.


A escola Parnasiana de literatura era conhecida por, em seus versos poéticos, trabalhar mais a estrutura do próprio poema do que a temática. Explicando melhor... O poeta parnasiano escrevia sobre qualquer tema inútil mas sempre estava preocupados em desenvolver suas obras com versos decassílabos(10 versos poéticos) ou alexandrinos(12 versos poéticos).

Um exemplo clássico dessa característica é o soneto abaixo de Alberto de Oliveira, poeta que fez parte da Tríade Parnasiana com Raimundo Correa e Olavo Bilac.



Vaso Grego.

Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encoantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse. 


Está claro no poema o trabalho com os versos alexandrinos. Um belo exemplo de como os parnasianos tratavam a estética na poesia.






Dica: Por que a poesia parnasiana era titulada como a "arte pela arte"?

A escola Parnasiana de literatura era conhecida por, em seus versos poéticos, trabalhar mais a estrutura do próprio poema do que a temática. Explicando melhor... O poeta parnasiano escrevia sobre qualquer tema inútil mas sempre estava preocupados em desenvolver suas obras com versos decassílabos(10 versos poéticos) ou alexandrinos(12 versos poéticos).

Um exemplo clássico dessa característica é o soneto abaixo de Alberto de Oliveira, poeta que fez parte da Tríade Parnasiana com Raimundo Correa e Olavo Bilac.



Vaso Grego.

Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encoantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse. 


Está claro no poema o trabalho com os versos alexandrinos. Um belo exemplo de como os parnasianos tratavam a estética na poesia.






Canta-me os teus mais lindos versetos
Declama-me os trechos mais belos do teu poema predileto
Poetiza-me!
Declara a todos os que te rodeiam
Que teus olhos fazem amor somente com os meus
Que tua boca só procura a minha
E que teus pés valseiam somente em busca dos meus

Ora, vejas o que causas em mim...

Viajo ao encostar nas tuas mãos frias
E não me importo com mais absolutamente nada

Ora...

Que eu me lembre poesia era fuga
Da minha mais dura realidade
Hoje em dia porém, escrevo para salvar
E colecionar os mais lindos momentos que a vida
Se deixou escapar

Quem diria minha flor, uso tua própria poesia para rimar nosso amor.


Poetiza-me!

22 de fev. de 2015

Canta-me os teus mais lindos versetos
Declama-me os trechos mais belos do teu poema predileto
Poetiza-me!
Declara a todos os que te rodeiam
Que teus olhos fazem amor somente com os meus
Que tua boca só procura a minha
E que teus pés valseiam somente em busca dos meus

Ora, vejas o que causas em mim...

Viajo ao encostar nas tuas mãos frias
E não me importo com mais absolutamente nada

Ora...

Que eu me lembre poesia era fuga
Da minha mais dura realidade
Hoje em dia porém, escrevo para salvar
E colecionar os mais lindos momentos que a vida
Se deixou escapar

Quem diria minha flor, uso tua própria poesia para rimar nosso amor.


Muitos se perguntam de onde veio, qual o objetivo e a longa duração... Até hoje! Vou explicar um pouco para todos.

Foi o evento inicial para a total divulgação do modernismo no país. Estavam reunidos várias personalidades da época como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos e entre outros autores, no intuito de divulgar as pinturas, esculturas, poesias e etc.

Inicialmente, o evento estava marcado para acontecer em 1921, mas os organizadores contaram como uma brilhante ideia. Como o modernismo estava em busca de encontrar a idade cultural do país na arte e o país estava para completar 100 anos de sua independência, adiaram mais um ano. Era um evento, considerado por todos, a "liberdade" do país da arte tradicional. Com isso, o evento aconteceu de 11 a 18 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo.

Obs: Para os modernistas, a arte tradicional era considerada ruim, ou seja, queriam encontrar uma marca nacional sem depender de outros.



Espero que compreendam mais essa explicação!




Dica: O que é a semana da arte moderna? Por que existe?

20 de fev. de 2015

Muitos se perguntam de onde veio, qual o objetivo e a longa duração... Até hoje! Vou explicar um pouco para todos.

Foi o evento inicial para a total divulgação do modernismo no país. Estavam reunidos várias personalidades da época como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos e entre outros autores, no intuito de divulgar as pinturas, esculturas, poesias e etc.

Inicialmente, o evento estava marcado para acontecer em 1921, mas os organizadores contaram como uma brilhante ideia. Como o modernismo estava em busca de encontrar a idade cultural do país na arte e o país estava para completar 100 anos de sua independência, adiaram mais um ano. Era um evento, considerado por todos, a "liberdade" do país da arte tradicional. Com isso, o evento aconteceu de 11 a 18 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo.

Obs: Para os modernistas, a arte tradicional era considerada ruim, ou seja, queriam encontrar uma marca nacional sem depender de outros.



Espero que compreendam mais essa explicação!




Para muitos que possuem essa dúvida em literatura, vou explicar um pouco sobre essa relação de Machado de Assis com a escola romântica.

Detentor do marco oficial da escola realista no Brasil com a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas(1881), foi duramente criticado na época por possuir, ainda, marcas românticas da terceira geração. 

O Realismo é destacado pela quebra das marcas românticas como a idealização da mulher pura, subjetivismo e uma fraca descrição dos fatos. Como estava em transição da 3° fase romântica para o realismo, Machado de Assis trouxe em Memórias Póstumas alguns traços românticos sobre o amor em sua época, causando assim uma crítica enorme a sua época se ele era da escola antiga ou atual(época).

Fazendo um resumo mais simplificado, ele é realista com traços românticos.

Espero que compreendam essa pequena explicação sobre o maior escritor do Realismo no Brasil!


Dica: Machado de Assis é romântico ou realista?

Para muitos que possuem essa dúvida em literatura, vou explicar um pouco sobre essa relação de Machado de Assis com a escola romântica.

Detentor do marco oficial da escola realista no Brasil com a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas(1881), foi duramente criticado na época por possuir, ainda, marcas românticas da terceira geração. 

O Realismo é destacado pela quebra das marcas românticas como a idealização da mulher pura, subjetivismo e uma fraca descrição dos fatos. Como estava em transição da 3° fase romântica para o realismo, Machado de Assis trouxe em Memórias Póstumas alguns traços românticos sobre o amor em sua época, causando assim uma crítica enorme a sua época se ele era da escola antiga ou atual(época).

Fazendo um resumo mais simplificado, ele é realista com traços românticos.

Espero que compreendam essa pequena explicação sobre o maior escritor do Realismo no Brasil!


Em um momento da vida, existe uma pergunta que não quer calar em nossas vidas: Existimos para que? 
É uma pergunte bem impossível de responder, mas há uma grande chance de estar praticando diariamente. Pois é. Se você está acordando com um belo sorriso no rosto, já basta. Estamos em vida para descartar a tristeza e elevar nossos seres ao ponto máximo do existencialismo.

Aqueles momentos pequenos são as nossas bases para toda essa existência. O primeiro "bom dia" ao pessoal de sua família, os amigos inseparáveis ligando na tarde chuvosa para perturbar, acordar sua namorada com beijos na ponta do nariz e selinhos às 7 horas da manhã e entre outras atitudes simples que formam nossos sorrisos minúsculos. A felicidade se forma aos poucos com dezenas de sorrisos que cumprem toda a curva de nossa boca.




Os pequenos podem ser gigantes.

19 de fev. de 2015

Em um momento da vida, existe uma pergunta que não quer calar em nossas vidas: Existimos para que? 
É uma pergunte bem impossível de responder, mas há uma grande chance de estar praticando diariamente. Pois é. Se você está acordando com um belo sorriso no rosto, já basta. Estamos em vida para descartar a tristeza e elevar nossos seres ao ponto máximo do existencialismo.

Aqueles momentos pequenos são as nossas bases para toda essa existência. O primeiro "bom dia" ao pessoal de sua família, os amigos inseparáveis ligando na tarde chuvosa para perturbar, acordar sua namorada com beijos na ponta do nariz e selinhos às 7 horas da manhã e entre outras atitudes simples que formam nossos sorrisos minúsculos. A felicidade se forma aos poucos com dezenas de sorrisos que cumprem toda a curva de nossa boca.




A gente vive diversas mudanças ao decorrer do tempo. E isso é tão bom, porque com o tempo vamos amadurecendo e nos tornando melhor.

Não só nas nossas vidas pessoais, mas também, nas nossas raízes histórias e folclóricas.

Hoje, por exemplo, chega ao fim uma das festas mais típicas brasileiras... o carnaval. Tem quem não goste, e eu ate entendo, mas o carnaval brasileiro é um dos mais lindos do mundo (comprovado).

É interessante ver que mesmo com todas as mudanças e com todos esses anos, essa festa continua sendo comemorada de forma magnífica. E os avanços que conseguimos com todo esse tempo só serviram para tornar cada vez melhor.

Quem diria que hoje em dia iríamos ver uma escultura de cerca de sete metros entrando em uma avenida, isso é um esforço a ser reconhecido.

Assim também somos nós, mudamos a cada ano que passa... E, a cada ano vamos tornando-nos mais importantes em diferentes áreas. Aposto que há uns 10 anos atrás você nunca imagino que estaria onde está agora.

Enfim, mudar faz bem!

Mudanças

18 de fev. de 2015

A gente vive diversas mudanças ao decorrer do tempo. E isso é tão bom, porque com o tempo vamos amadurecendo e nos tornando melhor.

Não só nas nossas vidas pessoais, mas também, nas nossas raízes histórias e folclóricas.

Hoje, por exemplo, chega ao fim uma das festas mais típicas brasileiras... o carnaval. Tem quem não goste, e eu ate entendo, mas o carnaval brasileiro é um dos mais lindos do mundo (comprovado).

É interessante ver que mesmo com todas as mudanças e com todos esses anos, essa festa continua sendo comemorada de forma magnífica. E os avanços que conseguimos com todo esse tempo só serviram para tornar cada vez melhor.

Quem diria que hoje em dia iríamos ver uma escultura de cerca de sete metros entrando em uma avenida, isso é um esforço a ser reconhecido.

Assim também somos nós, mudamos a cada ano que passa... E, a cada ano vamos tornando-nos mais importantes em diferentes áreas. Aposto que há uns 10 anos atrás você nunca imagino que estaria onde está agora.

Enfim, mudar faz bem!

Muitas vezes nós queremos -ou precisamos- reproduzir o conteúdo de algum texto. Para isso, nós não precisamos necessariamente dar um "ctrl+c / ctrl+v". 

Podemos nos utilizar da paráfrase, e podemos fazer isso de duas formas.
  1. Resumo.Quando estamos recontando algo com outras palavras, como uma piada, ou narrando o enredo de um filme, por exemplo, estamos resumindo, estamos parafraseando. O resumo é feito a partir da seleção das informações e ideias mais importantes do texto original. É importante ressaltar que o resumo mantém o caráter narrativo em sua reprodução.
  2. Síntese.A síntese, como o resumo, é feita a partir da seleção das informações e ideias mais importantes do texto base. A diferença é que, ao utilizá-la não devemos categorizar as informações que serão reproduzidas, fazendo com que ela possua uma linguagem mais abstrata do que a utilizada em resumos.
A paráfrase é um bom método para quando temos que escrever sobre algo citando exemplos e/ou, principalmente, quando devemos argumentar, expor nossas opiniões.

  Exemplo:
 "Segundo dados do IBGE, o número de usuários assíduos da maconha em 2012 era de 1,5 milhão - fora os 3,47 milhões que usaram em 2011 e o 8,6 milhões que já provaram ao menos uma vez." 
(Trecho retirado de uma carta do leitor produzida por mim em aula)

Por fim, a paráfrase é a reescrita de um texto, onde a ideia principal é mantida.


Dica: Paráfrase

Muitas vezes nós queremos -ou precisamos- reproduzir o conteúdo de algum texto. Para isso, nós não precisamos necessariamente dar um "ctrl+c / ctrl+v". 

Podemos nos utilizar da paráfrase, e podemos fazer isso de duas formas.
  1. Resumo.Quando estamos recontando algo com outras palavras, como uma piada, ou narrando o enredo de um filme, por exemplo, estamos resumindo, estamos parafraseando. O resumo é feito a partir da seleção das informações e ideias mais importantes do texto original. É importante ressaltar que o resumo mantém o caráter narrativo em sua reprodução.
  2. Síntese.A síntese, como o resumo, é feita a partir da seleção das informações e ideias mais importantes do texto base. A diferença é que, ao utilizá-la não devemos categorizar as informações que serão reproduzidas, fazendo com que ela possua uma linguagem mais abstrata do que a utilizada em resumos.
A paráfrase é um bom método para quando temos que escrever sobre algo citando exemplos e/ou, principalmente, quando devemos argumentar, expor nossas opiniões.

  Exemplo:
 "Segundo dados do IBGE, o número de usuários assíduos da maconha em 2012 era de 1,5 milhão - fora os 3,47 milhões que usaram em 2011 e o 8,6 milhões que já provaram ao menos uma vez." 
(Trecho retirado de uma carta do leitor produzida por mim em aula)

Por fim, a paráfrase é a reescrita de um texto, onde a ideia principal é mantida.


Sorocaba, 17 de fevereiro de 2015

K.H.,

Andei pensando e cheguei à conclusão de que talvez eu nunca tenha te agradecido propriamente falando. É você quem está por perto quando tudo acontece, coisas boas e ruins marcam minha vida e você é sempre a primeira a saber. Às vezes parece que eu não me importo com você, mas eu sou meio lesada assim mesmo (você sabe). Talvez nunca tenha te dito o tamanho da sua importância na minha vida. Todas as vezes que algo acontece comigo, a primeira coisa que eu faço é correr pra te falar. Cada conquista sua é minha também, cada sorriso seu aquece meu coração porque não importa de que maneira isso aconteça, nós somos amigas. Se uma lágrima escorre no seu rosto, uma facada me atinge no peito, me corta o coração te ver sofrer e, por mais que eu me atrapalhe com as palavras, eu tento te consolar, afinal você sempre me faz sentir melhor. Eu juro que não sei o que seria de mim sem você, K.H. Talvez eu seria mais uma vítima de sufocamento pelos sentimentos, porque é com você que eu desabafo e sempre será assim, até o fim dos tempos. Você aguenta o meu lado chorão, emocional e todo meloso, como também a parte feliz, sorridente e boba. Eu te amo desde que a gente se conheceu, e sempre estarei ao seu lado, não importa o que aconteça. E por favor perdoe meus deslizes, eu sou desligada o suficiente para não perceber que estou machucando alguém. Nessa nossa jornada, eu estarei sempre te apoiando e precisando de você, chorando e rindo contigo. Porque no meio de todo esses sentimentos paradoxais, existe um amor muito mais forte. Eu acredito em anjos e você é um deles. Cada parte de mim ama cada parte de você, e se existe alguma coisa depois dessa vida, tenho certeza que nós vamos nos encontrar pra fofocar sobre a morte dos nossos queridos amigos e inimigos. E se não acharmos ninguém, a gente se casa e pronto.

De sua amiga "tumbler",

G.Y.G.


A/C: Melhor Amiga

17 de fev. de 2015

Sorocaba, 17 de fevereiro de 2015

K.H.,

Andei pensando e cheguei à conclusão de que talvez eu nunca tenha te agradecido propriamente falando. É você quem está por perto quando tudo acontece, coisas boas e ruins marcam minha vida e você é sempre a primeira a saber. Às vezes parece que eu não me importo com você, mas eu sou meio lesada assim mesmo (você sabe). Talvez nunca tenha te dito o tamanho da sua importância na minha vida. Todas as vezes que algo acontece comigo, a primeira coisa que eu faço é correr pra te falar. Cada conquista sua é minha também, cada sorriso seu aquece meu coração porque não importa de que maneira isso aconteça, nós somos amigas. Se uma lágrima escorre no seu rosto, uma facada me atinge no peito, me corta o coração te ver sofrer e, por mais que eu me atrapalhe com as palavras, eu tento te consolar, afinal você sempre me faz sentir melhor. Eu juro que não sei o que seria de mim sem você, K.H. Talvez eu seria mais uma vítima de sufocamento pelos sentimentos, porque é com você que eu desabafo e sempre será assim, até o fim dos tempos. Você aguenta o meu lado chorão, emocional e todo meloso, como também a parte feliz, sorridente e boba. Eu te amo desde que a gente se conheceu, e sempre estarei ao seu lado, não importa o que aconteça. E por favor perdoe meus deslizes, eu sou desligada o suficiente para não perceber que estou machucando alguém. Nessa nossa jornada, eu estarei sempre te apoiando e precisando de você, chorando e rindo contigo. Porque no meio de todo esses sentimentos paradoxais, existe um amor muito mais forte. Eu acredito em anjos e você é um deles. Cada parte de mim ama cada parte de você, e se existe alguma coisa depois dessa vida, tenho certeza que nós vamos nos encontrar pra fofocar sobre a morte dos nossos queridos amigos e inimigos. E se não acharmos ninguém, a gente se casa e pronto.

De sua amiga "tumbler",

G.Y.G.


Lá está você, sentado numa calçada ao lado de sua amiga e custa-lhe falar uma frase como um tiro de de fuzil... "Você não é mais como antes." Quem somos, afinal? O nosso "eu lírico" age conforme sua mente e coração pedem? Ou fica enganando a si mesmo sobre sua forma límpida de ser?
 

Não digo que você nasce e já está com a mente preparada para saber se postar na humanidade e existir com um pensamento sóbrio, mas que compreenda sobre o progresso e regresso. Nunca somos colocados em sociedade para regredir segundo os conceitos básicos de convivência. Estamos sempre desafiados a crescer.
 

Por isso, se ouvir essa frase do início do texto, fique assustado pois a forma correta de encher o peito de orgulho por crescer é escutando: Você está melhor que antes.

Cresça e amadureça.

Lá está você, sentado numa calçada ao lado de sua amiga e custa-lhe falar uma frase como um tiro de de fuzil... "Você não é mais como antes." Quem somos, afinal? O nosso "eu lírico" age conforme sua mente e coração pedem? Ou fica enganando a si mesmo sobre sua forma límpida de ser?
 

Não digo que você nasce e já está com a mente preparada para saber se postar na humanidade e existir com um pensamento sóbrio, mas que compreenda sobre o progresso e regresso. Nunca somos colocados em sociedade para regredir segundo os conceitos básicos de convivência. Estamos sempre desafiados a crescer.
 

Por isso, se ouvir essa frase do início do texto, fique assustado pois a forma correta de encher o peito de orgulho por crescer é escutando: Você está melhor que antes.

O vidro do carro estava um tanto embaçado mas pude notar a presença de alguém que eu já conhecia. Acho que consegui identificar melhor porque estava com o mesmo casaco. Buzinei mas ela não prestou muita atenção, então desci um tanto o vidro e comecei a chamá-la, até que atendeu. Estacionei o carro perto da calçada para que a garota pudesse entrar.
- Entra aí.
Ela correu até a porta que dava ao banco do carona e se sentou e me olhou. Ali começaram os sintomas que eu carregaria para o resto da vida. Me olhou tão profundo que tremeu tudo dentro de mim e me paralisou. Dessa vez não desviei, continuei a olhando e deixando que ela sugasse tudo de mim, embora não soubesse qual era mesmo sua intenção. Não me lembro do que pensei, ou se ao menos eu conseguia pensar. Aquela transe só terminou quando ela pulou e me abraçou fortemente, senti a água de seu casaco começar a se perder pela minha camisa e ouvi um choro baixinho. Aí é que me perdi mesmo. Uma guria que eu mal conhecia me olhando, chorando no meu colo, abraçada a mim de uma maneira tão próxima que eu sentia até seu coração batendo forte. Suspirei tomando coragem para levar minhas mãos imóveis até ela. Afaguei seus cabelos, alisei suas costas, enquanto tentava calar seu choro com "shh" quase silenciosos. Não que eu quisesse que ela calasse a boca, só não queria ver ela chorar.
- Não chora... vai passar. 
Repeti essa frase inúmeras vezes até sentir ela acalmando e repousando a cabeça no meu ombro. 


Nota: Eu prometo que os próximos capítulos serão maiores e peço perdão pelo atraso. Estou realmente com o tempo ocupado mas vou fazer o impossível para ter tempo para esse blog incrível. Obrigada se você tem acompanhado essa história! 

Ensaios sobre ela

16 de fev. de 2015

O vidro do carro estava um tanto embaçado mas pude notar a presença de alguém que eu já conhecia. Acho que consegui identificar melhor porque estava com o mesmo casaco. Buzinei mas ela não prestou muita atenção, então desci um tanto o vidro e comecei a chamá-la, até que atendeu. Estacionei o carro perto da calçada para que a garota pudesse entrar.
- Entra aí.
Ela correu até a porta que dava ao banco do carona e se sentou e me olhou. Ali começaram os sintomas que eu carregaria para o resto da vida. Me olhou tão profundo que tremeu tudo dentro de mim e me paralisou. Dessa vez não desviei, continuei a olhando e deixando que ela sugasse tudo de mim, embora não soubesse qual era mesmo sua intenção. Não me lembro do que pensei, ou se ao menos eu conseguia pensar. Aquela transe só terminou quando ela pulou e me abraçou fortemente, senti a água de seu casaco começar a se perder pela minha camisa e ouvi um choro baixinho. Aí é que me perdi mesmo. Uma guria que eu mal conhecia me olhando, chorando no meu colo, abraçada a mim de uma maneira tão próxima que eu sentia até seu coração batendo forte. Suspirei tomando coragem para levar minhas mãos imóveis até ela. Afaguei seus cabelos, alisei suas costas, enquanto tentava calar seu choro com "shh" quase silenciosos. Não que eu quisesse que ela calasse a boca, só não queria ver ela chorar.
- Não chora... vai passar. 
Repeti essa frase inúmeras vezes até sentir ela acalmando e repousando a cabeça no meu ombro. 


Nota: Eu prometo que os próximos capítulos serão maiores e peço perdão pelo atraso. Estou realmente com o tempo ocupado mas vou fazer o impossível para ter tempo para esse blog incrível. Obrigada se você tem acompanhado essa história! 
          Acordei. Finalmente acordei daquela minha fantasia de dois anos atrás. Parei de pensar que o mundo todo gira em torno do meu umbigo e que ela seria incapaz de me abandonar. Sei que já é tarde para me desculpar, ela está feliz e fazendo você feliz - mesmo que eu não me importe com a sua felicidade. Porém eu estou aqui, em meio à lágrimas, querendo ter de volta aquela vida simples que eu tinha com ela. Não se altere, eu não tentarei roubá-la de você. E mesmo se eu tentasse, ela nunca sairia dos seus braços, infelizmente. 
          Eu a machuquei muito e, mesmo querendo negar, fico feliz por ela ter encontrado um cara como você. Se eu pudesse, juro que mudaria muita coisa. Eu fui um verdadeiro idiota com ela, admito. Eu não soube dar valor, pois achei que, mesmo sofrendo, ela continuaria sendo minha. Eu estou muito arrependido, mas sei que isso já não importa a nenhum de vocês dois. Eu já não importo a ela. E, mesmo não parecendo, estou aqui para pedir que você a faça feliz de um modo que eu nunca consegui fazer. Com meu jeito todo errado e egocêntrico, eu sempre me importei mais comigo que com ela. Então, por favor, não cometa o mesmo erro. Ela é a mulher mais maravilhosa que eu já conheci, então não a perca. Não a deixe escapar de suas mãos, pois você pode acabar como eu. 
          Esses dias liguei e deu caixa postal. Liguei novamente e ela me atendeu nervosa. Ela disse que você é o homem da vida dela e pediu para que eu a deixasse em paz. Cara, você é um homem de sorte! Dê valor a isso, eu te imploro. Não quero que você me veja como ameaça, pois mesmo amando-a muito, prefiro ela feliz contigo do que infeliz comigo. Não sou cego, vejo que ela nunca sorriu para mim do modo que sorri para você. Porém, não se engane. Foi amor, sim, o que ela sentiu por mim. Pode ter acabado, mas existiu. 
          Dizem por aí que quando o amor é verdadeiro, não acaba. Pois, digo aqui nesta carta, que é mentira. O amor é frágil. Imagine um vaso de vidro, porém muito resistente, lindo e raro. Agora imagine que todos os dias você o jogue na parede e ria, se vanglorie por ele não ter quebrado. Imagine que todos os dias um novo arranhão surja nesse vaso, até que ele trinque. Porém, você não parará de jogá-lo de na parede e, um certo dia, ele irá se partir em centenas de cacos. E tais cacos nunca mais voltarão a ser um vaso lindo, resistente e raro. Foi assim com o amor que ela me ofereceu. Eu maltratei, pisei e até troquei por outro. Ela foi resistente, o amor dela foi resistente, e não queriam me abandonar. Ela fez de tudo para que eu a notasse. Fez de tudo para que eu desistisse de outras mulheres e fosse somente dela. Ela se submeteu a ser minha enquanto eu era de outra. E, sempre em meio ao choro, ela dizia que sentia vergonha por me amar tanto ao ponto de deixar de ter amor próprio. Mas ela - e o amor que era meu - se cansaram de mim. E o pior é que me vejo obrigado a entender o lado dela. Eu fui um completo estúpido, mimado e imbecil. Ela tentou por dezenas de tentativas vãs me mostrar que me amava e eu a esnobei. Por favor, não cometa nem um terço dos erros que ousei cometer, eu te peço. 
          Ela é especial, num sentido ótimo. Ela é a mulher que todo cara sonha em ter, mesmo que poucos saibam. Ela nunca te deixará para baixo, ela sempre tentará botar um sorriso em seu rosto. Ela dará aquela linda gargalhada quando sua piada for boa, e sorrirá ironicamente quando sua piada for péssima. Ela te beijará e conseguirá te acalmar quando nada mais parecer funcionar em sua vida. Ela será sua maior companheira, sua mais fiel aliada, sua amiga de todas as horas. Não faça como eu, não perca tempo querendo ter várias mulheres enquanto a que mais te fará feliz encontra-se jogada no sofá chorando por você. Se ela chorar, abrace-a e beije-a em meio às lágrimas. Se ela disser que tudo está acabado, segure o braço dela. Não a deixe ir embora jamais. Não abra a porta e convide-a a se retirar, pois ela pode não voltar nunca mais. Eu a conheço, talvez não melhor que você, mas a conheço muito bem. Quando ela sente ciúmes, seus olhos ficam úmidos. Quando ela fica nervosa, seus olhos ficam úmidos. Quando ela fica triste, seus olhos, para variar, ficam úmidos. Por Deus, nunca ache que isso é drama barato ou uma simples besteira. Pois isso é sentimento. E sentimento, é o que ela tem de sobra, por isso que transborda pelos olhos. Nunca faça com que ela pense ser só mais uma para você, nunca se esqueça do aniversário dela e nunca a ouça quando ela tentar parecer durona e dizer que flores não são românticas. Ela ama flores, porém sempre tenta negar. Assim como ela também ama ursos de pelúcia, cartas e chocolate. Ela é viciada em chocolate, animais e Tati Bernardi. Ela também ama escrever, você já deve ter notado. Uma dica: nunca elogie demais seus textos. Ela gosta de críticas, gosta de saber onde errou e o que deve melhorar, mesmo que, na maioria das vezes, seus textos são perfeitos e não há melhoria a ser feita. Nunca se engane, ela não é tão frágil quanto aparenta. Ela aguenta batalhas mentais sorrindo que nem eu, e nem você, aguentaríamos aos berros. Ela é forte, porém também é sensível. Pode mimá-la, ela adora que façam isso. Ela adora se sentir princesa daquele que ela considera seu príncipe. Cara, eu tenho inveja de você. Pois, agora, você é quem é o príncipe da minha princesa. 
          E eu não quero causar brigas, juro. Só te escrevi essa carta para que você tome conta dela por mim. Nunca desista do relacionamento de vocês, é sério. Você jamais encontrará alguém tão especial quanto ela. Sabe, ela tem um jeito que encanta qualquer um que se aproxime. Sua primeira impressão sobre ela pode não ter sido boa. Uma menina de óculos, com gosto musical considerado antigo e roupas não tão atraentes. Mas ela pode se transformar na mulher mais linda do mundo quando tira a sombra preta dos olhos e fica de rosto limpo, pijamas e pantufas, toda indefesa. Eu a amo, e você terá que conviver com essa ideia. Eu sei que é foda saber que outro cara ama sua mulher, mas eu não tenho culpa. A culpa é toda dela por ter sido tão especial. 
          Hoje choro por ter deixado com que ela escapasse de meus dedos, saísse correndo da minha casa dizendo que nunca voltaria. Eu achei que fosse apenas mais uma de suas crises. Eu achei que no dia seguinte ela voltaria dizendo que não consegue viver sem mim. Mas a minha menina - que agora é sua - cresceu. Ela se deu valor e fez com que, assim, eu também desse valor a ela. Pena que quando passei a valorizá-la e demonstrar todo meu amor, já era tarde demais. Sejam felizes, de coração.


  Um abraço daquele que já esteve no seu lugar e hoje te inveja.


Ela merece todo o amor que eu não soube oferecer

15 de fev. de 2015

          Acordei. Finalmente acordei daquela minha fantasia de dois anos atrás. Parei de pensar que o mundo todo gira em torno do meu umbigo e que ela seria incapaz de me abandonar. Sei que já é tarde para me desculpar, ela está feliz e fazendo você feliz - mesmo que eu não me importe com a sua felicidade. Porém eu estou aqui, em meio à lágrimas, querendo ter de volta aquela vida simples que eu tinha com ela. Não se altere, eu não tentarei roubá-la de você. E mesmo se eu tentasse, ela nunca sairia dos seus braços, infelizmente. 
          Eu a machuquei muito e, mesmo querendo negar, fico feliz por ela ter encontrado um cara como você. Se eu pudesse, juro que mudaria muita coisa. Eu fui um verdadeiro idiota com ela, admito. Eu não soube dar valor, pois achei que, mesmo sofrendo, ela continuaria sendo minha. Eu estou muito arrependido, mas sei que isso já não importa a nenhum de vocês dois. Eu já não importo a ela. E, mesmo não parecendo, estou aqui para pedir que você a faça feliz de um modo que eu nunca consegui fazer. Com meu jeito todo errado e egocêntrico, eu sempre me importei mais comigo que com ela. Então, por favor, não cometa o mesmo erro. Ela é a mulher mais maravilhosa que eu já conheci, então não a perca. Não a deixe escapar de suas mãos, pois você pode acabar como eu. 
          Esses dias liguei e deu caixa postal. Liguei novamente e ela me atendeu nervosa. Ela disse que você é o homem da vida dela e pediu para que eu a deixasse em paz. Cara, você é um homem de sorte! Dê valor a isso, eu te imploro. Não quero que você me veja como ameaça, pois mesmo amando-a muito, prefiro ela feliz contigo do que infeliz comigo. Não sou cego, vejo que ela nunca sorriu para mim do modo que sorri para você. Porém, não se engane. Foi amor, sim, o que ela sentiu por mim. Pode ter acabado, mas existiu. 
          Dizem por aí que quando o amor é verdadeiro, não acaba. Pois, digo aqui nesta carta, que é mentira. O amor é frágil. Imagine um vaso de vidro, porém muito resistente, lindo e raro. Agora imagine que todos os dias você o jogue na parede e ria, se vanglorie por ele não ter quebrado. Imagine que todos os dias um novo arranhão surja nesse vaso, até que ele trinque. Porém, você não parará de jogá-lo de na parede e, um certo dia, ele irá se partir em centenas de cacos. E tais cacos nunca mais voltarão a ser um vaso lindo, resistente e raro. Foi assim com o amor que ela me ofereceu. Eu maltratei, pisei e até troquei por outro. Ela foi resistente, o amor dela foi resistente, e não queriam me abandonar. Ela fez de tudo para que eu a notasse. Fez de tudo para que eu desistisse de outras mulheres e fosse somente dela. Ela se submeteu a ser minha enquanto eu era de outra. E, sempre em meio ao choro, ela dizia que sentia vergonha por me amar tanto ao ponto de deixar de ter amor próprio. Mas ela - e o amor que era meu - se cansaram de mim. E o pior é que me vejo obrigado a entender o lado dela. Eu fui um completo estúpido, mimado e imbecil. Ela tentou por dezenas de tentativas vãs me mostrar que me amava e eu a esnobei. Por favor, não cometa nem um terço dos erros que ousei cometer, eu te peço. 
          Ela é especial, num sentido ótimo. Ela é a mulher que todo cara sonha em ter, mesmo que poucos saibam. Ela nunca te deixará para baixo, ela sempre tentará botar um sorriso em seu rosto. Ela dará aquela linda gargalhada quando sua piada for boa, e sorrirá ironicamente quando sua piada for péssima. Ela te beijará e conseguirá te acalmar quando nada mais parecer funcionar em sua vida. Ela será sua maior companheira, sua mais fiel aliada, sua amiga de todas as horas. Não faça como eu, não perca tempo querendo ter várias mulheres enquanto a que mais te fará feliz encontra-se jogada no sofá chorando por você. Se ela chorar, abrace-a e beije-a em meio às lágrimas. Se ela disser que tudo está acabado, segure o braço dela. Não a deixe ir embora jamais. Não abra a porta e convide-a a se retirar, pois ela pode não voltar nunca mais. Eu a conheço, talvez não melhor que você, mas a conheço muito bem. Quando ela sente ciúmes, seus olhos ficam úmidos. Quando ela fica nervosa, seus olhos ficam úmidos. Quando ela fica triste, seus olhos, para variar, ficam úmidos. Por Deus, nunca ache que isso é drama barato ou uma simples besteira. Pois isso é sentimento. E sentimento, é o que ela tem de sobra, por isso que transborda pelos olhos. Nunca faça com que ela pense ser só mais uma para você, nunca se esqueça do aniversário dela e nunca a ouça quando ela tentar parecer durona e dizer que flores não são românticas. Ela ama flores, porém sempre tenta negar. Assim como ela também ama ursos de pelúcia, cartas e chocolate. Ela é viciada em chocolate, animais e Tati Bernardi. Ela também ama escrever, você já deve ter notado. Uma dica: nunca elogie demais seus textos. Ela gosta de críticas, gosta de saber onde errou e o que deve melhorar, mesmo que, na maioria das vezes, seus textos são perfeitos e não há melhoria a ser feita. Nunca se engane, ela não é tão frágil quanto aparenta. Ela aguenta batalhas mentais sorrindo que nem eu, e nem você, aguentaríamos aos berros. Ela é forte, porém também é sensível. Pode mimá-la, ela adora que façam isso. Ela adora se sentir princesa daquele que ela considera seu príncipe. Cara, eu tenho inveja de você. Pois, agora, você é quem é o príncipe da minha princesa. 
          E eu não quero causar brigas, juro. Só te escrevi essa carta para que você tome conta dela por mim. Nunca desista do relacionamento de vocês, é sério. Você jamais encontrará alguém tão especial quanto ela. Sabe, ela tem um jeito que encanta qualquer um que se aproxime. Sua primeira impressão sobre ela pode não ter sido boa. Uma menina de óculos, com gosto musical considerado antigo e roupas não tão atraentes. Mas ela pode se transformar na mulher mais linda do mundo quando tira a sombra preta dos olhos e fica de rosto limpo, pijamas e pantufas, toda indefesa. Eu a amo, e você terá que conviver com essa ideia. Eu sei que é foda saber que outro cara ama sua mulher, mas eu não tenho culpa. A culpa é toda dela por ter sido tão especial. 
          Hoje choro por ter deixado com que ela escapasse de meus dedos, saísse correndo da minha casa dizendo que nunca voltaria. Eu achei que fosse apenas mais uma de suas crises. Eu achei que no dia seguinte ela voltaria dizendo que não consegue viver sem mim. Mas a minha menina - que agora é sua - cresceu. Ela se deu valor e fez com que, assim, eu também desse valor a ela. Pena que quando passei a valorizá-la e demonstrar todo meu amor, já era tarde demais. Sejam felizes, de coração.


  Um abraço daquele que já esteve no seu lugar e hoje te inveja.


Grande e de bico vermelho,
É o marco da nossa festa.
Chei de pena, lindo pra molestia
O galo da madrugada, eterno pirangueiro.



Dono de uma festa regional,
Tão grande como seus 27 metros
que chegou ao público mais arretado,
Tornando o bloco em tom mundial.



Canta abrindo alas de manhãs,
Canta abraçando-nos a tarde,
Abrindo o carnaval de Recife
Até os mais loucos turistas.



Egoísta por ser atração principal,
O galo é doido pelo amor mundial,
Fazendo nossa festa pernambucana
Ser a terra onde o amor se planta.

O canto máximo do galo. (Frevo, Pernambuco, amor e poesia.)

14 de fev. de 2015

Grande e de bico vermelho,
É o marco da nossa festa.
Chei de pena, lindo pra molestia
O galo da madrugada, eterno pirangueiro.



Dono de uma festa regional,
Tão grande como seus 27 metros
que chegou ao público mais arretado,
Tornando o bloco em tom mundial.



Canta abrindo alas de manhãs,
Canta abraçando-nos a tarde,
Abrindo o carnaval de Recife
Até os mais loucos turistas.



Egoísta por ser atração principal,
O galo é doido pelo amor mundial,
Fazendo nossa festa pernambucana
Ser a terra onde o amor se planta.
Antes de apontar o dedo, saiba que esta é uma opinião apartidária e baseada nos fatos atuais que estão ocorrendo. Parecia um paradoxo, milhares de pessoas suspeitando, criticando e aconselhando a não decidir a cadeira política por "n" motivos. Corrupção, envolvimento em tráficos de drogas, milícias, mentiras descaradas nas respectivas campanhas e, também, pela compra de votos.
 

Mas o que presenciamos de forma aterrorizante no país é a lavagem de dinheiro estúpida na Petrobras. Como foram desviados mais de 80 BILHÕES DE REAIS?! Não são milhões. Isso vai além do que imagina, caro eleitor alienado por mentiras midiáticas. Você é o tipo de eleitor facilmente iludido por imagens bonitas. E não sobrou avisos, hein?
 

Até as pessoas que votaram errado, mas com fontes de pesquisas sobre boas ações políticas da determinada pessoa, está livre de todo "castigo" cujo estava anunciado. Não é culpa de Graça Foster, ex-presidente da Petrobras, Nestor Cerveró ou qualquer outro que está sendo investigado pela Operação Lava Jato. A culpa são de todos nós.
 

Será que isso iria acontecer se você, minoria leal combatida, não ficasse mais calado mesmo depois da truculência? E você, massa alienada, sabia que seu apoio poderia salvar o país desta catástrofe? A economia está completamente quebrado e quem irá pagar pelo pato? Todos nós. A omissão da maioria cada o bolo inteiro.
 

Não estou aqui para falar que político A ou B era melhor. Digo com maior clareza que a maioria foi corrompida pela própria corrupção e, infelizmente, todos pagarão pelo "bolo" para recuperar a destruição completa. Não adianta "convocar" uma manifestação cobrando impeachment se não ajudar pedindo cautela e esforço nessa operação.
 

Não vá para as ruas achando que "Dilma" deve cair. Cobre a polícia federal e o ministério público. Abraham Lincoln estava certo... O perfil dos políticos brasileiros está baseado no poder. Deu-lhes isso e o caráter de muitos vão os derrubar.

Uns erram, todos pagam.

13 de fev. de 2015

Antes de apontar o dedo, saiba que esta é uma opinião apartidária e baseada nos fatos atuais que estão ocorrendo. Parecia um paradoxo, milhares de pessoas suspeitando, criticando e aconselhando a não decidir a cadeira política por "n" motivos. Corrupção, envolvimento em tráficos de drogas, milícias, mentiras descaradas nas respectivas campanhas e, também, pela compra de votos.
 

Mas o que presenciamos de forma aterrorizante no país é a lavagem de dinheiro estúpida na Petrobras. Como foram desviados mais de 80 BILHÕES DE REAIS?! Não são milhões. Isso vai além do que imagina, caro eleitor alienado por mentiras midiáticas. Você é o tipo de eleitor facilmente iludido por imagens bonitas. E não sobrou avisos, hein?
 

Até as pessoas que votaram errado, mas com fontes de pesquisas sobre boas ações políticas da determinada pessoa, está livre de todo "castigo" cujo estava anunciado. Não é culpa de Graça Foster, ex-presidente da Petrobras, Nestor Cerveró ou qualquer outro que está sendo investigado pela Operação Lava Jato. A culpa são de todos nós.
 

Será que isso iria acontecer se você, minoria leal combatida, não ficasse mais calado mesmo depois da truculência? E você, massa alienada, sabia que seu apoio poderia salvar o país desta catástrofe? A economia está completamente quebrado e quem irá pagar pelo pato? Todos nós. A omissão da maioria cada o bolo inteiro.
 

Não estou aqui para falar que político A ou B era melhor. Digo com maior clareza que a maioria foi corrompida pela própria corrupção e, infelizmente, todos pagarão pelo "bolo" para recuperar a destruição completa. Não adianta "convocar" uma manifestação cobrando impeachment se não ajudar pedindo cautela e esforço nessa operação.
 

Não vá para as ruas achando que "Dilma" deve cair. Cobre a polícia federal e o ministério público. Abraham Lincoln estava certo... O perfil dos políticos brasileiros está baseado no poder. Deu-lhes isso e o caráter de muitos vão os derrubar.

Eu queria ser mais. Andar mais ao sol sem me importar com cansaço, sorrir para coisas infantis, comemorar aquele simples por do sol que nunca admirei. Queria até mesmo abraçar mais aqueles que eu amo e dizer o quanto são importantes para mim. Eu queria ser mais inteligente, queria ser autossuficiente, queria poder escrever mais sobre coisas que eu vi e ouvi sem me importar se elas pareceriam absurdamente idiotas. O fato é que eu queria ser apenas mais do que suficiente para alguém.


Oração

Eu queria ser mais. Andar mais ao sol sem me importar com cansaço, sorrir para coisas infantis, comemorar aquele simples por do sol que nunca admirei. Queria até mesmo abraçar mais aqueles que eu amo e dizer o quanto são importantes para mim. Eu queria ser mais inteligente, queria ser autossuficiente, queria poder escrever mais sobre coisas que eu vi e ouvi sem me importar se elas pareceriam absurdamente idiotas. O fato é que eu queria ser apenas mais do que suficiente para alguém.


Agradeço ao nosso Senhor
Que me deu esse presente,
Morar com esse mói de gente
E amar todos eles.


Amigo da onça, cabra safado,
bulir, cafuçu, danado,
cão chupando manga, côroca,
“cheguei”, comer brocha.



 

 Nada melhor que uma chapoletada
Na linguagem formal tão fuleira,
Usar a gíria na brincadeira
E usar até “ela” ficar arretada. 


Brincando de gíria. (Frevo, Pernambuco, amor e poesia.)

12 de fev. de 2015

Agradeço ao nosso Senhor
Que me deu esse presente,
Morar com esse mói de gente
E amar todos eles.


Amigo da onça, cabra safado,
bulir, cafuçu, danado,
cão chupando manga, côroca,
“cheguei”, comer brocha.



 

 Nada melhor que uma chapoletada
Na linguagem formal tão fuleira,
Usar a gíria na brincadeira
E usar até “ela” ficar arretada. 


Dizia o sábio Fernando Pessoa, "toda carta de amor é ridícula". Por que não chamar o amor de ridículo? Porém, não há nada de ruim nisso. Ele consegue ser tão renovador que seu eu se transforma. Pois é... Aquele garoto calado e sentado na cadeira mais próxima da sala que estas descansando, pode ser o que lhe contemplará.
 

Apesar que, na juventude, criou-se uma barreira interminável sobre ele. Por que se afastar de algo que contempla a felicidade? Não é que "ficar" seja errado mas poder acordar às 7:00 horas da manhã após uma ótima noite de sono ao lado do amor de sua vida é perfeito. Saber que está feliz e poder beija-la todas as vezes porque saberá que é para sempre.
 

Sempre está na "lei da vida" poder aproveita-la ao máximo. Sem usar se aproveitar de tal sentimento para usar alguém, é claro. Falar de amor, é citar também uns "sofistas da felicidade". Se vendem as custas deste sentimento para "comer e jogar fora". Infelizmente, acontece tão natural mas aí ele vem de forma justa. Os praticantes dos atos se perdem no meio da vida e, em contrapartida, quem "sofreu" cresce até relevar esses moleques.
 

Nós, verdadeiras pessoas, devemos saber como usar o amor. Sim... Não pode faze-lo acontecer de qualquer jeito, tem que saber amar. Está explícito em "As Sem - Razões do Amor" que Drummond o colocou como estado máximo de graça. Não há necessidade de encontrar, descrever, escrever e reescrever mil adjetivos para as sensações quando nos tratamos de amor. A felicidade está em jogo.
E não é qualquer sentimento. O amor eterno está no anjo que evitará todas as brigas no intuito de elevar ao máximo todos os sorrisos e prazeres ocorridos no momento máximo da vida. Amar e ser amado.


A grandeza da vida.

11 de fev. de 2015

Dizia o sábio Fernando Pessoa, "toda carta de amor é ridícula". Por que não chamar o amor de ridículo? Porém, não há nada de ruim nisso. Ele consegue ser tão renovador que seu eu se transforma. Pois é... Aquele garoto calado e sentado na cadeira mais próxima da sala que estas descansando, pode ser o que lhe contemplará.
 

Apesar que, na juventude, criou-se uma barreira interminável sobre ele. Por que se afastar de algo que contempla a felicidade? Não é que "ficar" seja errado mas poder acordar às 7:00 horas da manhã após uma ótima noite de sono ao lado do amor de sua vida é perfeito. Saber que está feliz e poder beija-la todas as vezes porque saberá que é para sempre.
 

Sempre está na "lei da vida" poder aproveita-la ao máximo. Sem usar se aproveitar de tal sentimento para usar alguém, é claro. Falar de amor, é citar também uns "sofistas da felicidade". Se vendem as custas deste sentimento para "comer e jogar fora". Infelizmente, acontece tão natural mas aí ele vem de forma justa. Os praticantes dos atos se perdem no meio da vida e, em contrapartida, quem "sofreu" cresce até relevar esses moleques.
 

Nós, verdadeiras pessoas, devemos saber como usar o amor. Sim... Não pode faze-lo acontecer de qualquer jeito, tem que saber amar. Está explícito em "As Sem - Razões do Amor" que Drummond o colocou como estado máximo de graça. Não há necessidade de encontrar, descrever, escrever e reescrever mil adjetivos para as sensações quando nos tratamos de amor. A felicidade está em jogo.
E não é qualquer sentimento. O amor eterno está no anjo que evitará todas as brigas no intuito de elevar ao máximo todos os sorrisos e prazeres ocorridos no momento máximo da vida. Amar e ser amado.


“Um homem de idade equivalente à 31 anos, com nada além de um salário suficiente para pagar as contas e se alimentar e uma noiva que ele ama. Esse é George.
George está com Anne, sua noiva há oito anos, desde que a conheceu por acaso, se apaixonou à primeira vista e decidiu esquecer a vergonha para se aproximar dela. Sua vida é simples, mas ele agradece a Deus todos os dias por cada coisa que faz parte dela. A única coisa que o abalava era o fato de não ter condições para dar à sua mulher tudo o que ele achava que ela merecia, então decidiu surpreendê-la.
Cada centavo que sobrava de cada mês ele guardou. Por vezes, comprou os piores produtos para si apenas para economizar algum dinheiro. E foi assim durante meses até que ele conseguisse totalizar o valor desejado.
Após recontar o dinheiro cerca de sete vezes para confirmar que tinha o necessário, George escolheu o melhor restaurante de Paris para o dia de seu aniversário de noivado. Disse para Anne apenas que eles iriam sair no dia para comemorar, mas não disse onde iriam para não estragar a surpresa.
A cada dia que se passava, ele ficava mais e mais ansioso, até que finalmente chegou. Ele foi buscá-la com um carro que emprestou de seu amigo e seguiu até o restaurante. A curiosidade de Anne aumentava a medida em que perguntava para onde estavam indo e George dizia que logo ela veria, com um sorriso de orelha a orelha. Ao chegarem, Anne ficou boquiaberta olhando para a entrada do local e seu design todo vidrado que permitia ver o ambiente interior. George convidou-a à entrar e estendeu a mão enquanto ela procurava as palavras para agradecer em meio a um sussurro. Eles entraram e se sentiram no sonho mais ganancioso que já tiveram, até serem recepcionados.
Ao pedir para recepcionista do restaurante uma mesa, ela os dirigiu até a pior e mais escondida do local. A mesa se encontrava no fundo, próximo a porta da cozinha - onde havia um grande movimento, além de um odor e calor intensos -, onde a luz não chegava nem perto das que cercavam a glamorosa entrada e a vista nem se comparava com a que se tinha nas mesas ao lado das grandes janelas. Sem poupar sua indignação, George questionou porque não fora colocado em uma daquelas mesas, sendo que haviam três delas vazias. A recepcionista hesitou em responder, fazendo com que Anne também a pressionasse. Após uma grande resistência e desculpas descartadas, a trabalhadora disse que estava apenas seguindo ordens e que, se quisessem, a noiva de George poderia sentar-se lá, mas ele não. Persistindo um pouco mais, também conseguiram descobrir que o motivo dessa atitude era por causa da aparência.
Anne era uma linda mulher naturalmente, mas naquele dia estava mais ainda. Seus olhos verdes tinham um destaque no meio do contorno preto e os cabelos louros caíam ondulados sobre seus ombros e costas, fora o fato de que o vestido preto simples realçava suas curvas afeminadas e pele clara. Por sua vez, George não tinha uma beleza tão ofuscante quanto. Sua camisa social branca contrastava com a pele e a calça jeans escuras, mas não lhe dava grande destaque. Seus olhos eram pretos como o carvão e seu cabelo enrolado estava em um misto de topete e black power controlado. Ele era realmente bonito, mas não se encontrava no padrão de beleza preestabelecido pela sociedade. Embora as diferenças fossem notáveis, nenhum dos dois nunca se importara com o fato. Eles se amavam além da aparência e completavam um ao outro. Apesar disso, George sentiu-se na obrigação de concordar não com a política do estabelecimento, mas sim com a realidade: ele não servia para Anne. Era pobre e não tinha como sustentá-la e não era bonito o bastante para ela.
A infeliz conclusão o levou a tomar uma atitude impulsiva, saindo do local deixando Anne e a recepcionista para trás. Ele pegou o carro e saiu do estacionamento sem se preocupar com nada, resultando na batida proposital em um poste, o que causou sua morte. Anne saiu correndo tentando alcançá-lo, mas já era tarde. Encontrou George sangrando e sem pulso duas quadras a frente. Ela chacoalhava-o enquanto chorava e gritava sem aceitar sua morte. Quando o socorro chegou e fez com que ela saísse de perto, Anne percebeu que uma caixinha estava caída no chão do carro e, ao abrir, viu dentro dela uma aliança com um recado: "Casa comigo?"”

Esse texto foi escrito com embasamento em ações tomadas por restaurantes franceses em vida real, embora os personagens e a história tenham caráter fictício, para expressar minha indignação. É verdade que tive como base uma matéria do Jornal O Globo, “Restaurante chique em Paris esconde clientes feios nos fundos do salão”, a qual falava de uma “pratica das casas chiques da capital francesa”, publicada em 2013. Mas a data não impede que reflitamos sobre o assunto.
Minha indignação, porém, não é para com os restaurantes ou seus donos, mas com a sociedade num todo. Passei um certo tempo refletindo sobre o assunto e acabei por concluir que talvez eu fizesse o mesmo em dadas circunstancias. O fato é que não se trata de o dono gostar ou não de pessoas feias. Acontece que quando se tem um negócio, você quer vender. E, não importa o que esteja vendendo, você tem um público-alvo, alguém para persuadir de que o seu produto é melhor. Com um restaurante de alto nível não seria diferente.
Qual a ligação? Hoje em dia, as pessoas se importam muito mais com a aparência e com o dinheiro/preço do que com o produto oferecido. Um restaurante chique, por assim dizer, é aquele destinado a pessoas da alta sociedade, as que, muitas vezes, são mais influenciadas por esses detalhes superficiais. Agora, entre ser visto se alimentando em um lugar com pessoas bonitas ou feias, onde você escolheria? Provavelmente onde pessoas bonitas frequentam, inclusive para se sentir bonito(a), para ter sua autoestima elevada. Mas jogar a culpa nos proprietários do estabelecimento é um ato errôneo. Afinal, somos nós mesmos quem estabelecemos o padrão de beleza e sua importância para nós. Claro que sempre existem exceções, como as pessoas que tem certa influência, ou as que tem dinheiro o bastante para suprir a feiura.
Não é de hoje que a beleza é algo influenciável para inúmeras coisas, mas ela vem adquirindo mais importância desde o século XX. É um esteriótipo no qual todos crescem sendo inseridos ao mesmo tempo em que é algo que nós "decidimos", que nós estabelecemos. Agora eu me pergunto: quem tem o direito de decidir o que é belo ou feio? E aproveito para citar Voltaire, que já dizia "perguntai a um sapo que é a beleza [...], responder-vos-á ser a sapa com os dois olhos exagerados e redondos encaixados na cabeça minúscula, a boca larga e chata, o ventre amarelo, o dorso pardo. Interrogai um negro da Guiné. O belo para ele é - uma pele negra e oleosa, olhos cravados, nariz esborrachado. Indagai ao diabo. Dir-vos-á que o belo é um par de cornos, quatro garras e cauda. Inquiri os filósofos. Responder-vos-ão com aranzéis. Falta-lhes algo de conforme ao arquétipo do belo em essência [...]” (Dicionário Filosófico).
Em tese, o feio e o belo não são algo concreto. Mesmo se tudo que fosse belo aos olhos de um, fosse aos olhos de todos, a beleza ainda seria efêmera. Todo mundo envelhece, ganha rugas, marcas de expressão, etc., e tudo o que você considera importante hoje, pode não ser amanhã.



A Supérflua Beleza

“Um homem de idade equivalente à 31 anos, com nada além de um salário suficiente para pagar as contas e se alimentar e uma noiva que ele ama. Esse é George.
George está com Anne, sua noiva há oito anos, desde que a conheceu por acaso, se apaixonou à primeira vista e decidiu esquecer a vergonha para se aproximar dela. Sua vida é simples, mas ele agradece a Deus todos os dias por cada coisa que faz parte dela. A única coisa que o abalava era o fato de não ter condições para dar à sua mulher tudo o que ele achava que ela merecia, então decidiu surpreendê-la.
Cada centavo que sobrava de cada mês ele guardou. Por vezes, comprou os piores produtos para si apenas para economizar algum dinheiro. E foi assim durante meses até que ele conseguisse totalizar o valor desejado.
Após recontar o dinheiro cerca de sete vezes para confirmar que tinha o necessário, George escolheu o melhor restaurante de Paris para o dia de seu aniversário de noivado. Disse para Anne apenas que eles iriam sair no dia para comemorar, mas não disse onde iriam para não estragar a surpresa.
A cada dia que se passava, ele ficava mais e mais ansioso, até que finalmente chegou. Ele foi buscá-la com um carro que emprestou de seu amigo e seguiu até o restaurante. A curiosidade de Anne aumentava a medida em que perguntava para onde estavam indo e George dizia que logo ela veria, com um sorriso de orelha a orelha. Ao chegarem, Anne ficou boquiaberta olhando para a entrada do local e seu design todo vidrado que permitia ver o ambiente interior. George convidou-a à entrar e estendeu a mão enquanto ela procurava as palavras para agradecer em meio a um sussurro. Eles entraram e se sentiram no sonho mais ganancioso que já tiveram, até serem recepcionados.
Ao pedir para recepcionista do restaurante uma mesa, ela os dirigiu até a pior e mais escondida do local. A mesa se encontrava no fundo, próximo a porta da cozinha - onde havia um grande movimento, além de um odor e calor intensos -, onde a luz não chegava nem perto das que cercavam a glamorosa entrada e a vista nem se comparava com a que se tinha nas mesas ao lado das grandes janelas. Sem poupar sua indignação, George questionou porque não fora colocado em uma daquelas mesas, sendo que haviam três delas vazias. A recepcionista hesitou em responder, fazendo com que Anne também a pressionasse. Após uma grande resistência e desculpas descartadas, a trabalhadora disse que estava apenas seguindo ordens e que, se quisessem, a noiva de George poderia sentar-se lá, mas ele não. Persistindo um pouco mais, também conseguiram descobrir que o motivo dessa atitude era por causa da aparência.
Anne era uma linda mulher naturalmente, mas naquele dia estava mais ainda. Seus olhos verdes tinham um destaque no meio do contorno preto e os cabelos louros caíam ondulados sobre seus ombros e costas, fora o fato de que o vestido preto simples realçava suas curvas afeminadas e pele clara. Por sua vez, George não tinha uma beleza tão ofuscante quanto. Sua camisa social branca contrastava com a pele e a calça jeans escuras, mas não lhe dava grande destaque. Seus olhos eram pretos como o carvão e seu cabelo enrolado estava em um misto de topete e black power controlado. Ele era realmente bonito, mas não se encontrava no padrão de beleza preestabelecido pela sociedade. Embora as diferenças fossem notáveis, nenhum dos dois nunca se importara com o fato. Eles se amavam além da aparência e completavam um ao outro. Apesar disso, George sentiu-se na obrigação de concordar não com a política do estabelecimento, mas sim com a realidade: ele não servia para Anne. Era pobre e não tinha como sustentá-la e não era bonito o bastante para ela.
A infeliz conclusão o levou a tomar uma atitude impulsiva, saindo do local deixando Anne e a recepcionista para trás. Ele pegou o carro e saiu do estacionamento sem se preocupar com nada, resultando na batida proposital em um poste, o que causou sua morte. Anne saiu correndo tentando alcançá-lo, mas já era tarde. Encontrou George sangrando e sem pulso duas quadras a frente. Ela chacoalhava-o enquanto chorava e gritava sem aceitar sua morte. Quando o socorro chegou e fez com que ela saísse de perto, Anne percebeu que uma caixinha estava caída no chão do carro e, ao abrir, viu dentro dela uma aliança com um recado: "Casa comigo?"”

Esse texto foi escrito com embasamento em ações tomadas por restaurantes franceses em vida real, embora os personagens e a história tenham caráter fictício, para expressar minha indignação. É verdade que tive como base uma matéria do Jornal O Globo, “Restaurante chique em Paris esconde clientes feios nos fundos do salão”, a qual falava de uma “pratica das casas chiques da capital francesa”, publicada em 2013. Mas a data não impede que reflitamos sobre o assunto.
Minha indignação, porém, não é para com os restaurantes ou seus donos, mas com a sociedade num todo. Passei um certo tempo refletindo sobre o assunto e acabei por concluir que talvez eu fizesse o mesmo em dadas circunstancias. O fato é que não se trata de o dono gostar ou não de pessoas feias. Acontece que quando se tem um negócio, você quer vender. E, não importa o que esteja vendendo, você tem um público-alvo, alguém para persuadir de que o seu produto é melhor. Com um restaurante de alto nível não seria diferente.
Qual a ligação? Hoje em dia, as pessoas se importam muito mais com a aparência e com o dinheiro/preço do que com o produto oferecido. Um restaurante chique, por assim dizer, é aquele destinado a pessoas da alta sociedade, as que, muitas vezes, são mais influenciadas por esses detalhes superficiais. Agora, entre ser visto se alimentando em um lugar com pessoas bonitas ou feias, onde você escolheria? Provavelmente onde pessoas bonitas frequentam, inclusive para se sentir bonito(a), para ter sua autoestima elevada. Mas jogar a culpa nos proprietários do estabelecimento é um ato errôneo. Afinal, somos nós mesmos quem estabelecemos o padrão de beleza e sua importância para nós. Claro que sempre existem exceções, como as pessoas que tem certa influência, ou as que tem dinheiro o bastante para suprir a feiura.
Não é de hoje que a beleza é algo influenciável para inúmeras coisas, mas ela vem adquirindo mais importância desde o século XX. É um esteriótipo no qual todos crescem sendo inseridos ao mesmo tempo em que é algo que nós "decidimos", que nós estabelecemos. Agora eu me pergunto: quem tem o direito de decidir o que é belo ou feio? E aproveito para citar Voltaire, que já dizia "perguntai a um sapo que é a beleza [...], responder-vos-á ser a sapa com os dois olhos exagerados e redondos encaixados na cabeça minúscula, a boca larga e chata, o ventre amarelo, o dorso pardo. Interrogai um negro da Guiné. O belo para ele é - uma pele negra e oleosa, olhos cravados, nariz esborrachado. Indagai ao diabo. Dir-vos-á que o belo é um par de cornos, quatro garras e cauda. Inquiri os filósofos. Responder-vos-ão com aranzéis. Falta-lhes algo de conforme ao arquétipo do belo em essência [...]” (Dicionário Filosófico).
Em tese, o feio e o belo não são algo concreto. Mesmo se tudo que fosse belo aos olhos de um, fosse aos olhos de todos, a beleza ainda seria efêmera. Todo mundo envelhece, ganha rugas, marcas de expressão, etc., e tudo o que você considera importante hoje, pode não ser amanhã.



Numa vila próxima a Jamestown, o amor em sua forma mais pura resplandecia. Os mais antigos dizem que Grace e Philip se amaram desde o primeiro instante, e então não se separaram mais. Diz a lenda que, assim que se conheceram, uma roseira antes estéril deu sua primeira flor, que o homem ofereceu para sua amada. Quarenta anos se passaram, quarenta anos de rosas, de sorrisos, de abraços. O casal nunca brigou, nunca se separou, era a mais pura sintonia. Philip a completava, e vice-versa, e as rosas, daquela mesma roseira, se tornaram o símbolo de seu amor. Diziam que quando (Deus me livre!) um partisse, o outro acompanharia. Até que um dia, quando eles juntos beiravam a marca de cinquenta primaveras, a Vida resolveu aparecer e, num golpe de extrema crueldade, enviou um oficial à porta de sua casa. Philip tinha sido convocado para lutar pelo país, ele iria para a guerra. "Eu vou voltar pra você", prometeu o homem, e partiu. Desde então, todos os dias a mulher se sentava na varanda de sua casa e balançava em sua cadeira, esperando pela volta do amado. A roseira secou, e nunca mais deu sinal de botões de flor. Cinco anos depois, Philip foi mais uma vítima da guerra, e a Morte o levou consigo. Homens do exército foram dar a notícia à Grace, mas na casa nada encontraram. Entretanto, assim que saíram da casa um dos homens notou a cadeira de balanço. O balançar da cadeira persistia, mas ao invés da vívida senhora, em seu lugar estava uma rosa recém colhida. O símbolo do mais puro e singelo amor já testemunhado pelos seres humanos. Ele cumprira sua promessa.



A Última Rosa

10 de fev. de 2015

Numa vila próxima a Jamestown, o amor em sua forma mais pura resplandecia. Os mais antigos dizem que Grace e Philip se amaram desde o primeiro instante, e então não se separaram mais. Diz a lenda que, assim que se conheceram, uma roseira antes estéril deu sua primeira flor, que o homem ofereceu para sua amada. Quarenta anos se passaram, quarenta anos de rosas, de sorrisos, de abraços. O casal nunca brigou, nunca se separou, era a mais pura sintonia. Philip a completava, e vice-versa, e as rosas, daquela mesma roseira, se tornaram o símbolo de seu amor. Diziam que quando (Deus me livre!) um partisse, o outro acompanharia. Até que um dia, quando eles juntos beiravam a marca de cinquenta primaveras, a Vida resolveu aparecer e, num golpe de extrema crueldade, enviou um oficial à porta de sua casa. Philip tinha sido convocado para lutar pelo país, ele iria para a guerra. "Eu vou voltar pra você", prometeu o homem, e partiu. Desde então, todos os dias a mulher se sentava na varanda de sua casa e balançava em sua cadeira, esperando pela volta do amado. A roseira secou, e nunca mais deu sinal de botões de flor. Cinco anos depois, Philip foi mais uma vítima da guerra, e a Morte o levou consigo. Homens do exército foram dar a notícia à Grace, mas na casa nada encontraram. Entretanto, assim que saíram da casa um dos homens notou a cadeira de balanço. O balançar da cadeira persistia, mas ao invés da vívida senhora, em seu lugar estava uma rosa recém colhida. O símbolo do mais puro e singelo amor já testemunhado pelos seres humanos. Ele cumprira sua promessa.



Agradeço possuir minha identidade,
Dança que não tem idade
Que só precisa de um gingado
E alguns clarins danados.

Não precisa juntar as fanfarras,
A dança nasce nos arretados
Diante de trombones e surdos
Para transformar tristezas em alegrias.


É só trazer uma sombrinha,
O natural sorriso no rosto
E comemorar conosco
Nossa marca mais linda.


Marca que vive há 108 anos,
Saindo da imensa capoeira
Para trazer todos encantos
E fazer a decepção ser poeira.


Como todo pernambucano,
Agradeço ao nosso Senhor
Por todos os anos comemorar-te
Dançando, brincando e frevando.

 

108 anos frevando. (Frevo, Pernambuco, amor e poesia.)

Agradeço possuir minha identidade,
Dança que não tem idade
Que só precisa de um gingado
E alguns clarins danados.

Não precisa juntar as fanfarras,
A dança nasce nos arretados
Diante de trombones e surdos
Para transformar tristezas em alegrias.


É só trazer uma sombrinha,
O natural sorriso no rosto
E comemorar conosco
Nossa marca mais linda.


Marca que vive há 108 anos,
Saindo da imensa capoeira
Para trazer todos encantos
E fazer a decepção ser poeira.


Como todo pernambucano,
Agradeço ao nosso Senhor
Por todos os anos comemorar-te
Dançando, brincando e frevando.

 
Para os andam estudando literatura, venho ajuda-los a diferenciar poema de soneto.

1.Poema
- É um texto literário que não possui um padrão em sua estética. Geralmente está escrito em quartetos(quatro versos).

Ex: O mergulhador - Vinicius de Moraes

Como, dentro do mar, libérrimos, os polvos
No líquido luar tateiam a coisa a vir
Assim, dentro do ar, meus lentos dedos loucos
Passeiam no teu corpo a te buscar-te a ti.

 

És a princípio doce plasma submarino
Flutuando ao sabor de súbitas correntes
Frias e quentes, substância estranha e íntima
De teor irreal e tato transparente.

 

Depois teu seio é a infância, duna mansa
Cheia de alísios, marco espectral do istmo
Onde, a nudez vestida só de lua branca
Eu ia mergulhar minha face já triste.

 

Nele soterro a mão como a cravei criança
Noutro seio de que me lembro, também pleno...
Mas não sei... o ímpeto deste é doído e espanta
O outro me dava vida, este me mete medo.

 

Toco uma a uma as doces glândulas em feixes
Com a sensação que tinha ao mergulhar os dedos
Na massa cintilante e convulsa de peixes
Retiradas ao mar nas grandes redes pensas.

 

E ponho-me a cismar… – mulher, como te expandes!
Que imensa és tu! maior que o mar, maior que a infância!
De coordenadas tais e horizontes tão grandes
Que assim imersa em amor és uma Atlântida!

 

Vem-me a vontade de matar em ti toda a poesia
Tenho-te em garra; olhas-me apenas; e ouço
No tato acelerar-se-me o sangue, na arritmia
Que faz meu corpo vil querer teu corpo moço.

 

E te amo, e te amo, e te amo, e te amo
Como o bicho feroz ama, a morder, a fêmea
Como o mar ao penhasco onde se atira insano
E onde a bramir se aplaca e a que retorna sempre.

 

Tenho-te e dou-me a ti válido e indissolúvel
Buscando a cada vez, entre tudo o que enerva
O imo do teu ser, o vórtice absoluto
Onde possa colher a grande flor da treva.

 

Amo-te os longos pés, ainda infantis e lentos
Na tua criação; amo-te as hastes tenras
Que sobem em suaves espirais adolescentes
E infinitas, de toque exato e frêmito.

 

Amo-te os braços juvenis que abraçam
Confiantes meu criminoso desvario
E as desveladas mãos, as mãos multiplicantes
Que em cardume acompanham o meu nadar sombrio.

 

Amo-te o colo pleno, onda de pluma e âmbar
Onda lenta e sozinha onde se exaure o mar
E onde é bom mergulhar até romper-me o sangue
E me afogar de amor e chorar e chorar.

 

Amo-te os grandes olhos sobre-humanos
Nos quais, mergulhador, sondo a escura voragem
Na ânsia de descobrir, nos mais fundos arcanos
Sob o oceano, oceanos; e além, a minha imagem.

 

Por isso – isso e ainda mais que a poesia não ousa
Quando depois de muito mar, de muito amor
Emergido de ti, ah, que silêncio pousa
Ah, que tristeza cai sobre o mergulhador! 



2.Soneto 
- É um texto literário que possui um padrão específico em sua estética. Escrito em dois quartetos(quatro versos) e dois tercetos(três versos).


Ex: Soneto do amor total - Vinicius de Moraes.


Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.


Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.


Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.


E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.



 Espero que compreendam a diferença de poema para soneto!



Dica: Poema e Soneto.

9 de fev. de 2015

Para os andam estudando literatura, venho ajuda-los a diferenciar poema de soneto.

1.Poema
- É um texto literário que não possui um padrão em sua estética. Geralmente está escrito em quartetos(quatro versos).

Ex: O mergulhador - Vinicius de Moraes

Como, dentro do mar, libérrimos, os polvos
No líquido luar tateiam a coisa a vir
Assim, dentro do ar, meus lentos dedos loucos
Passeiam no teu corpo a te buscar-te a ti.

 

És a princípio doce plasma submarino
Flutuando ao sabor de súbitas correntes
Frias e quentes, substância estranha e íntima
De teor irreal e tato transparente.

 

Depois teu seio é a infância, duna mansa
Cheia de alísios, marco espectral do istmo
Onde, a nudez vestida só de lua branca
Eu ia mergulhar minha face já triste.

 

Nele soterro a mão como a cravei criança
Noutro seio de que me lembro, também pleno...
Mas não sei... o ímpeto deste é doído e espanta
O outro me dava vida, este me mete medo.

 

Toco uma a uma as doces glândulas em feixes
Com a sensação que tinha ao mergulhar os dedos
Na massa cintilante e convulsa de peixes
Retiradas ao mar nas grandes redes pensas.

 

E ponho-me a cismar… – mulher, como te expandes!
Que imensa és tu! maior que o mar, maior que a infância!
De coordenadas tais e horizontes tão grandes
Que assim imersa em amor és uma Atlântida!

 

Vem-me a vontade de matar em ti toda a poesia
Tenho-te em garra; olhas-me apenas; e ouço
No tato acelerar-se-me o sangue, na arritmia
Que faz meu corpo vil querer teu corpo moço.

 

E te amo, e te amo, e te amo, e te amo
Como o bicho feroz ama, a morder, a fêmea
Como o mar ao penhasco onde se atira insano
E onde a bramir se aplaca e a que retorna sempre.

 

Tenho-te e dou-me a ti válido e indissolúvel
Buscando a cada vez, entre tudo o que enerva
O imo do teu ser, o vórtice absoluto
Onde possa colher a grande flor da treva.

 

Amo-te os longos pés, ainda infantis e lentos
Na tua criação; amo-te as hastes tenras
Que sobem em suaves espirais adolescentes
E infinitas, de toque exato e frêmito.

 

Amo-te os braços juvenis que abraçam
Confiantes meu criminoso desvario
E as desveladas mãos, as mãos multiplicantes
Que em cardume acompanham o meu nadar sombrio.

 

Amo-te o colo pleno, onda de pluma e âmbar
Onda lenta e sozinha onde se exaure o mar
E onde é bom mergulhar até romper-me o sangue
E me afogar de amor e chorar e chorar.

 

Amo-te os grandes olhos sobre-humanos
Nos quais, mergulhador, sondo a escura voragem
Na ânsia de descobrir, nos mais fundos arcanos
Sob o oceano, oceanos; e além, a minha imagem.

 

Por isso – isso e ainda mais que a poesia não ousa
Quando depois de muito mar, de muito amor
Emergido de ti, ah, que silêncio pousa
Ah, que tristeza cai sobre o mergulhador! 



2.Soneto 
- É um texto literário que possui um padrão específico em sua estética. Escrito em dois quartetos(quatro versos) e dois tercetos(três versos).


Ex: Soneto do amor total - Vinicius de Moraes.


Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.


Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.


Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.


E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.



 Espero que compreendam a diferença de poema para soneto!



No batuque da multidão,
O frevo explode todo coração
Que um dia foi emigrante
E passou a ser imigrante.

Até a geografia tenta dizer,
Algo que não é conceitual
e com uma lógica totalmente fatal
Pois aqui é onde vais viver.
 

Pode ser de San Francisco,
São Paulo ou João Pessoa,
Porque ninguém chega a toa
E, se preciso, mora com seu Chico.

Só precisa trazer as pernas,
Os abraços e a boca para cantar
Pois a recepção será de maravilhar
Para ser feliz dançando até as noitadas.
 
É um amor que não se mede,
Até no Santa Cruz se pede
O povão fazendo sempre a festa
Com frevo no pé, na torcida e na tela.

E no batuque do maracatu,
Anuncio que as portas estão abertas
Para chegar parente, cachorro, amigo e tu
Nesse canteiro de amor e festas.

 

Nos passos do frevo universal.

8 de fev. de 2015

No batuque da multidão,
O frevo explode todo coração
Que um dia foi emigrante
E passou a ser imigrante.

Até a geografia tenta dizer,
Algo que não é conceitual
e com uma lógica totalmente fatal
Pois aqui é onde vais viver.
 

Pode ser de San Francisco,
São Paulo ou João Pessoa,
Porque ninguém chega a toa
E, se preciso, mora com seu Chico.

Só precisa trazer as pernas,
Os abraços e a boca para cantar
Pois a recepção será de maravilhar
Para ser feliz dançando até as noitadas.
 
É um amor que não se mede,
Até no Santa Cruz se pede
O povão fazendo sempre a festa
Com frevo no pé, na torcida e na tela.

E no batuque do maracatu,
Anuncio que as portas estão abertas
Para chegar parente, cachorro, amigo e tu
Nesse canteiro de amor e festas.

 
Sentada na escadaria daquela velha igreja que costumávamos ficar, eu, entre mascadas de chiclete e sucções de nicotina, me peguei, novamente, pensando em você. O que não seria novidade alguma, caso eu estivesse naquele período de desespero, de submissão como nos primeiros dias após o abandono sem aviso prévio. Acontece que eu jurei, pra Deus e o mundo, que já havia passado e que suas lembranças nem me atormentavam mais. Eu jurei que não doía mais, nem um tiquinho sequer. E doeu. Doeu de um modo anormal, pior que qualquer facada no peito que alguém já ousou levar.
O tempo escurecia enquanto as árvores balançavam. Os hippies da feirinha que se localiza logo em frente à igreja já recolhiam seus artesanatos, prevendo a chuva que chegaria a qualquer momento. Eu permaneci intacta, sem nem me locomover para baixo da marquise. As gotas pesadas daquela chuva gelada começaram a cair sem piedade dos seres humanos desabrigados. Sem piedade de mim que já não tinha mais seu coração para fazer de morada.
Os minutos passavam vagarosamente – ao contrário das pessoas. Tanto as que saíam da igreja, quanto aquelas que corriam para encontrar o abrigo mais próximo. Em meio à pressa das pessoas, eu passei despercebida. O meu choro descontrolado não pareceu ser uma anormalidade naquele dia extremamente úmido. Os soluços em meio aos sons amedrontadores dos trovões eram imperceptíveis. E eu, do fundo do meu coração, não sabia se aquilo era bom o ruim.
Deixei-me invadir pela chuva que já era, na verdade, uma tempestade. A camiseta que eu vestia – que já foi sua, por sinal – estava completamente encharcada. Pesava sobre meu corpo frágil, mas nada que se comparasse ao peso da minha cabeça que implorava por pender. Meu subconsciente implorava pelo seu ombro para que ela repousasse tranquilamente. E você não estava lá. E você não esteve lá. Digo “lá” como quem diz “ao meu lado”, pois você nunca esteve, sinceramente, comigo.
Permaneci trêmula, numa tentativa falha de que a tempestade levasse junto dela a minha dor. Deixei com que a água que caía do céu me limpasse por fora, enquanto eu implorava para que meu interior também ficasse limpo – livre de você. Mas aquela dor absurda parecia não passar. A tempestade aumentava e as ruas já estavam alagadas, e nada de eu me livrar de você. Eu chorei tanto por você que achei que você fosse transbordar pelos meus olhos e, assim sendo, eu estaria livre, limpa. E nada. Eu chorei e você não se foi, não saiu de mim. Eu chorei e você nem voltou, não retornou pra mim. Entende o tamanho da contradição?
Eu implorei por incontáveis minutos que você surgisse em meio àquela chuva para me salvar ou, pelo menos, se preocupar com o possível resfriado que eu estava prestes a pegar. Porém, a verdade é que você não estava mais nem aí. Não estava mais nem ali. E, talvez, nunca mais estivesse.
Eu permaneci naquela chuva até que o tempo se acalmou. Conforme os minutos se passaram, eu também me acalmei. As pernas já não estavam mais trêmulas e as mãos já não apertavam mais o restante do corpo em tom de desespero. O tempo bonito voltou. Os hippies voltaram. As pressa diminuiu. O arco-íris até surgiu. A única coisa inalterada foi o vazio que você deixou em mim.
Então, amor, aguardo ansiosamente pelo meu arco-íris interior.


Sem morada

Sentada na escadaria daquela velha igreja que costumávamos ficar, eu, entre mascadas de chiclete e sucções de nicotina, me peguei, novamente, pensando em você. O que não seria novidade alguma, caso eu estivesse naquele período de desespero, de submissão como nos primeiros dias após o abandono sem aviso prévio. Acontece que eu jurei, pra Deus e o mundo, que já havia passado e que suas lembranças nem me atormentavam mais. Eu jurei que não doía mais, nem um tiquinho sequer. E doeu. Doeu de um modo anormal, pior que qualquer facada no peito que alguém já ousou levar.
O tempo escurecia enquanto as árvores balançavam. Os hippies da feirinha que se localiza logo em frente à igreja já recolhiam seus artesanatos, prevendo a chuva que chegaria a qualquer momento. Eu permaneci intacta, sem nem me locomover para baixo da marquise. As gotas pesadas daquela chuva gelada começaram a cair sem piedade dos seres humanos desabrigados. Sem piedade de mim que já não tinha mais seu coração para fazer de morada.
Os minutos passavam vagarosamente – ao contrário das pessoas. Tanto as que saíam da igreja, quanto aquelas que corriam para encontrar o abrigo mais próximo. Em meio à pressa das pessoas, eu passei despercebida. O meu choro descontrolado não pareceu ser uma anormalidade naquele dia extremamente úmido. Os soluços em meio aos sons amedrontadores dos trovões eram imperceptíveis. E eu, do fundo do meu coração, não sabia se aquilo era bom o ruim.
Deixei-me invadir pela chuva que já era, na verdade, uma tempestade. A camiseta que eu vestia – que já foi sua, por sinal – estava completamente encharcada. Pesava sobre meu corpo frágil, mas nada que se comparasse ao peso da minha cabeça que implorava por pender. Meu subconsciente implorava pelo seu ombro para que ela repousasse tranquilamente. E você não estava lá. E você não esteve lá. Digo “lá” como quem diz “ao meu lado”, pois você nunca esteve, sinceramente, comigo.
Permaneci trêmula, numa tentativa falha de que a tempestade levasse junto dela a minha dor. Deixei com que a água que caía do céu me limpasse por fora, enquanto eu implorava para que meu interior também ficasse limpo – livre de você. Mas aquela dor absurda parecia não passar. A tempestade aumentava e as ruas já estavam alagadas, e nada de eu me livrar de você. Eu chorei tanto por você que achei que você fosse transbordar pelos meus olhos e, assim sendo, eu estaria livre, limpa. E nada. Eu chorei e você não se foi, não saiu de mim. Eu chorei e você nem voltou, não retornou pra mim. Entende o tamanho da contradição?
Eu implorei por incontáveis minutos que você surgisse em meio àquela chuva para me salvar ou, pelo menos, se preocupar com o possível resfriado que eu estava prestes a pegar. Porém, a verdade é que você não estava mais nem aí. Não estava mais nem ali. E, talvez, nunca mais estivesse.
Eu permaneci naquela chuva até que o tempo se acalmou. Conforme os minutos se passaram, eu também me acalmei. As pernas já não estavam mais trêmulas e as mãos já não apertavam mais o restante do corpo em tom de desespero. O tempo bonito voltou. Os hippies voltaram. As pressa diminuiu. O arco-íris até surgiu. A única coisa inalterada foi o vazio que você deixou em mim.
Então, amor, aguardo ansiosamente pelo meu arco-íris interior.


Quem será os nossos defensores?
As ideologias estão sendo destruídas,
Políticas se tornaram divisões repartidas
Para onipresentes se destacarem nas tragédias
Que, por todas as vezes, escondem dores.

Quais são suas pretensões mundiais?
Jogaram sangue através das ideias
Que tornam o planeta no poço do medo
E, além disso, transferem a atenção toda
Para cobrir um assunto relevante.

Quem poderá nos salvar agora?
Não vamos responder algo indefinido,
Mas deixem de ser oprimidos
E nos socorra nesse momento… Agora!

Help U.S.A!

7 de fev. de 2015

Quem será os nossos defensores?
As ideologias estão sendo destruídas,
Políticas se tornaram divisões repartidas
Para onipresentes se destacarem nas tragédias
Que, por todas as vezes, escondem dores.

Quais são suas pretensões mundiais?
Jogaram sangue através das ideias
Que tornam o planeta no poço do medo
E, além disso, transferem a atenção toda
Para cobrir um assunto relevante.

Quem poderá nos salvar agora?
Não vamos responder algo indefinido,
Mas deixem de ser oprimidos
E nos socorra nesse momento… Agora!
Numa casa iluminada pela noite,
Estava sendo escrita as mazelas
Que perfuram como corte
Até se formar as desgraças sociais.


Gordinhos sempre maltratados,
Rappers sempre estão taxados
E você que tanto aponta o dedo
Não consegue crescer direito.

Tentam destruir uma pessoa,
Sem saber quanto a palavra soa
E atiram toda uma depressão
Para um corpo com coração.

Jogaram no poço sem fundo,
Precipício único, fatal e mais duro
Que você age como um animal
Nesse estilo de rotulagem verbal.
















 

Rótulos fatais.

6 de fev. de 2015

Numa casa iluminada pela noite,
Estava sendo escrita as mazelas
Que perfuram como corte
Até se formar as desgraças sociais.


Gordinhos sempre maltratados,
Rappers sempre estão taxados
E você que tanto aponta o dedo
Não consegue crescer direito.

Tentam destruir uma pessoa,
Sem saber quanto a palavra soa
E atiram toda uma depressão
Para um corpo com coração.

Jogaram no poço sem fundo,
Precipício único, fatal e mais duro
Que você age como um animal
Nesse estilo de rotulagem verbal.
















 

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