Procura-se o Amor

24 de fev. de 2015

Sentada assistindo a esse pôr do sol, dou voz às minhas angústias, dúvidas e inquietações por meio de uma caneta e um pedaço de papel, tão superficialmente profundo. Assim como o mergulhador, ainda que consciente dos riscos, adentra as águas do oceano em busca de sua beleza, eu adentro o mundo das palavras e dos turbilhões de sentimentos que estão por trás deste inócuo pedaço de papel em busca da libertação de uma alma que cansou de esperar por alguém que se importasse. Essa confusão de pensamentos e sentimentos compõe o eu. Eu sou a desordem. Estou tão bagunçada quanto um quarto de adolescente. Pensamentos rodopiam em minha cabeça, sonhos se suicidam na minha frente, oportunidades únicas são rasgadas. Sentimentos entram em colapso, chocam-se numa fervência paradoxal de se estar feliz e triste. Encontro a paz logo após o caos, ali atrás daquele monstro que, na realidade, sou eu. Eu sou a consequência de uma sociedade incerta, de um planeta sem amor. Sou o Monstro criado não pelo Frankstein, mas sim por um mundo desprovido de Magia. Falo da Magia, com maiúscula alegorizante, não truques baratos que vemos por aí. A Magia presente no riso da criança, no abraço de quem se ama, no canto dos pássaros, na felicidade resplandescente de um menino dançando na chuva, na primeira flor da primavera. É isso que falta, a Magia.


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