Quantas vezes não nos perguntamos: Erramos até acertar?
Parece que estamos numa linha fina, pronta para partir a qualquer momento que passemos uma tesoura titulada pelos nossos erros. Aparentemente, somos infelizes em querer insistir naquilo em que nos fez mal por possuir lembranças boas em momentos preciosos, mas com a pessoa completamente errada.

Nosso corpo possui uma carne forte, pele forte, mas em um pequeno erro pode destruir tudo. Só insistir no mesmo pensamento que "aquelas lembranças a fizeram bem e vai retomar", sendo que o namorado é tão ciumento igual ao carrapato. Não deixa você viver, "escolhe" seus amigos pelo nível de ciúmes, cria uma muralha entre a paz natural e a obsessão carnal.

O amor é feito de paz, carinho, compreensão e n coisas pacificadoras. Então, pode errar, mas lembre que nunca vais sofrer no amor. O erro é o aprendizado para vencer.


Quantos erros nos guia para o amor?

3 de abr. de 2015

Quantas vezes não nos perguntamos: Erramos até acertar?
Parece que estamos numa linha fina, pronta para partir a qualquer momento que passemos uma tesoura titulada pelos nossos erros. Aparentemente, somos infelizes em querer insistir naquilo em que nos fez mal por possuir lembranças boas em momentos preciosos, mas com a pessoa completamente errada.

Nosso corpo possui uma carne forte, pele forte, mas em um pequeno erro pode destruir tudo. Só insistir no mesmo pensamento que "aquelas lembranças a fizeram bem e vai retomar", sendo que o namorado é tão ciumento igual ao carrapato. Não deixa você viver, "escolhe" seus amigos pelo nível de ciúmes, cria uma muralha entre a paz natural e a obsessão carnal.

O amor é feito de paz, carinho, compreensão e n coisas pacificadoras. Então, pode errar, mas lembre que nunca vais sofrer no amor. O erro é o aprendizado para vencer.


“Perca um pouco a cada dia. Aceite austero (…) A arte de perder não é nenhum mistério.”

      Em 2013, Bruno Barreto, em conjunto com a Globo Filmes, abordou de forma excepcional o homossexualismo ao produzir “Flores Raras”. Além de tratar da relação afetiva entre duas mulheres na década de 50, quando a sociedade não admitia a homossexualidade, o filme vai além e traz o amor como conflito e solução.
A solitária poetisa Elizabeth Bishop deixa os Estados Unidos para passar uma temporada no Brasil à procura de inspiração, descanso e fuga da realidade. Assim que chega ao Rio de Janeiro, sua amiga de faculdade, Mary busca-a acompanhada de sua companheira Lota. Mary é delicada e mal fala português, já Lota é brasileira e dona de uma personalidade forte. Apesar do estranhamento incial, a insegura Elizabeth acha o que faltava em si em Lota, e vice-versa, originando um relacionamento que desafia a sociedade e muda a vida de ambas.
Após a morte do pai aos oito meses e a internação da mãe aos cinco anos, Elizabeth cresce como uma mulher sem amor. A americana recorre à bebida alcoólica como seu ponto de fuga e, assim, tende a tornar-se cada vez mais dependente ao longo de sua vida. Apesar de poetisa, Bishop tem dificuldade de demonstrar o amor, uma vez que perdeu seus pais muito cedo, e só fala a Lota que a ama quando esta se encontra dormindo. Vemos, ao longo da trama, a dependência e submissão de Elizabeth dando lugar à uma personalidade semelhante à de sua companheira, não se sabe se motivada pelo sucesso literário ou se apenas resolveu deixar de sofrer.
Paralelamente ao conflito principal, o amor entre as duas mulheres, há a questão do Golpe Militar (1964), quando o então presidente João Goulart foi deposto e os militares assumiram o controle do país, fato que atingiu diretamente as personagens. O acontecimento tornou evidente a diferença ideológica entre norte americanos e brasileiros. Enquanto Lota comemora a intervenção militar, Bishop é totalmente contrária ao fato, uma vez que priva a liberdade da população. Para um estadunidense nacionalista, os brasileiros comemorarem o fim de sua liberdade é “fora de proporção”, como diz a própria poetisa.
Há aqueles que digam que o filme é confuso por ser rápido demais, principalmente quando Lota e Bishop se apaixonam, enquanto na cena anterior ainda não simpatizavam uma com a outra. Lota é impulsiva e inconsequente, por isso corre atrás do que quer sem levar em consideração o dia de amanhã, o que explica a aparente aceleração cronológica. A brasileira fica entre permanecer com Mary, na qual encontra segurança, ou embarcar na paixão quase que estritamente carnal por Elizabeth, tentando manter os dois relacionamentos simultaneamente durante a trama inteira. Tão incrível quanto a história, a atuação de Glória Pires, como Lota, e Miranda Otto, como Elizabeth, chama a atenção, principalmente no quesito linguístico, já que a transição inglês-português de ambas é quase que fluente.
O homossexualismo dos anos 50 e 60 era mal visto, enquanto hoje já é mais aceitado por uma parte considerável da população, mas isso não quer dizer que a sociedade em geral é menos intolerante. Pesquisas mostraram que em 2013 houve 313 homicídios de LGBTs no Brasil. Para uma sociedade que se diz tão evoluída, por que isso ainda acontece? O desrespeito do século passado acabou se transformando na violência e ódio gratuito do século XXI, assim que a sociedade reconheceu a existência da homoafetividade, as pessoas passaram a agir como sempre agem diante a algo novo, repudiaram-na. A aversão ao diferente é típica da sociedade medieval, da qual parece que não saímos ainda. . Enquanto a ideologia da sociedade contemporânea continuar como a de uma da Idade Média, nada vai mudar.
“Flores Raras”, além de tratar da história e cultura brasileira, ensina a lidar com perdas. Todas as personagens, assim como nós, perdem coisas e pessoas o tempo todo. Mas, como Bishop diz: “A arte de perder não é um desastre.”



Flores Raras num campo de lírios iguais

17 de mar. de 2015

“Perca um pouco a cada dia. Aceite austero (…) A arte de perder não é nenhum mistério.”

      Em 2013, Bruno Barreto, em conjunto com a Globo Filmes, abordou de forma excepcional o homossexualismo ao produzir “Flores Raras”. Além de tratar da relação afetiva entre duas mulheres na década de 50, quando a sociedade não admitia a homossexualidade, o filme vai além e traz o amor como conflito e solução.
A solitária poetisa Elizabeth Bishop deixa os Estados Unidos para passar uma temporada no Brasil à procura de inspiração, descanso e fuga da realidade. Assim que chega ao Rio de Janeiro, sua amiga de faculdade, Mary busca-a acompanhada de sua companheira Lota. Mary é delicada e mal fala português, já Lota é brasileira e dona de uma personalidade forte. Apesar do estranhamento incial, a insegura Elizabeth acha o que faltava em si em Lota, e vice-versa, originando um relacionamento que desafia a sociedade e muda a vida de ambas.
Após a morte do pai aos oito meses e a internação da mãe aos cinco anos, Elizabeth cresce como uma mulher sem amor. A americana recorre à bebida alcoólica como seu ponto de fuga e, assim, tende a tornar-se cada vez mais dependente ao longo de sua vida. Apesar de poetisa, Bishop tem dificuldade de demonstrar o amor, uma vez que perdeu seus pais muito cedo, e só fala a Lota que a ama quando esta se encontra dormindo. Vemos, ao longo da trama, a dependência e submissão de Elizabeth dando lugar à uma personalidade semelhante à de sua companheira, não se sabe se motivada pelo sucesso literário ou se apenas resolveu deixar de sofrer.
Paralelamente ao conflito principal, o amor entre as duas mulheres, há a questão do Golpe Militar (1964), quando o então presidente João Goulart foi deposto e os militares assumiram o controle do país, fato que atingiu diretamente as personagens. O acontecimento tornou evidente a diferença ideológica entre norte americanos e brasileiros. Enquanto Lota comemora a intervenção militar, Bishop é totalmente contrária ao fato, uma vez que priva a liberdade da população. Para um estadunidense nacionalista, os brasileiros comemorarem o fim de sua liberdade é “fora de proporção”, como diz a própria poetisa.
Há aqueles que digam que o filme é confuso por ser rápido demais, principalmente quando Lota e Bishop se apaixonam, enquanto na cena anterior ainda não simpatizavam uma com a outra. Lota é impulsiva e inconsequente, por isso corre atrás do que quer sem levar em consideração o dia de amanhã, o que explica a aparente aceleração cronológica. A brasileira fica entre permanecer com Mary, na qual encontra segurança, ou embarcar na paixão quase que estritamente carnal por Elizabeth, tentando manter os dois relacionamentos simultaneamente durante a trama inteira. Tão incrível quanto a história, a atuação de Glória Pires, como Lota, e Miranda Otto, como Elizabeth, chama a atenção, principalmente no quesito linguístico, já que a transição inglês-português de ambas é quase que fluente.
O homossexualismo dos anos 50 e 60 era mal visto, enquanto hoje já é mais aceitado por uma parte considerável da população, mas isso não quer dizer que a sociedade em geral é menos intolerante. Pesquisas mostraram que em 2013 houve 313 homicídios de LGBTs no Brasil. Para uma sociedade que se diz tão evoluída, por que isso ainda acontece? O desrespeito do século passado acabou se transformando na violência e ódio gratuito do século XXI, assim que a sociedade reconheceu a existência da homoafetividade, as pessoas passaram a agir como sempre agem diante a algo novo, repudiaram-na. A aversão ao diferente é típica da sociedade medieval, da qual parece que não saímos ainda. . Enquanto a ideologia da sociedade contemporânea continuar como a de uma da Idade Média, nada vai mudar.
“Flores Raras”, além de tratar da história e cultura brasileira, ensina a lidar com perdas. Todas as personagens, assim como nós, perdem coisas e pessoas o tempo todo. Mas, como Bishop diz: “A arte de perder não é um desastre.”



          Talvez eu não queira esquecê-lo. Porque tê-lo em pensamento é melhor que não tê-lo em lugar nenhum. E, caso eu tente me apaixonar por outro cara, tenho medo de conseguir. Porque ele tem se mantido tão distante, tem dado tanta abertura, tem me desejado tão longe, que chega a dar vontade de desistir. Mas eu não desisto. Porque eu gosto de amá-lo. Eu gosto dessa saudade idiota que eu sinto assim que desligo o telefone. Eu gosto daquele pensamento perdido no meio da chuva forte. Eu gosto de sonhar acordada com ele. E mesmo que eu não gostasse, não há como fugir. 
          No meio da novela surge aquela cena em que o cara pede perdão pra mocinha. E eu me lembro dele. Eu sempre me lembro dele em cenas do tipo. Mas aí me dá uma dor no peito porque eu sei que ele nunca me pedirá perdão. Porque eu sei que, pra ele, eu não faço a mínima ideia do que é sofrimento. Mal sabe ele que eu choro baixinho todas as noites. Mas ele acha que faço drama, charme, atuação. Ele sempre acha que estou exagerando. Ele não aceita o fato de eu amá-lo de um modo ridículo e sofrer com cada ligação mal finalizada. Ele não aceita o fato de eu ter o mundo nas mãos e apenas desejar que ele me considere seu mundo. Deve ser medo. 
          Ele deve ter medo de se entregar pra alguém como eu. Ele deve ter medo de pessoas que prezam a autossuficiência e a ironia. Mas eu já cansei de dizer que, por ele, eu me torno mais sociável e até mais amável. Já cansei de provar que para ele eu sou a mulher que nenhuma outra pessoa conhece. Eu sou única ao lado dele. Não me mostro para ninguém como me mostro para ele. Não tiro minha capa de arrogância para mais ninguém. Mas ele não quer mais me ver nua – sem capa, sem máscaras, sem mentiras. Ele se cansou de mim, assim como uma pré-adolescente se cansa de suas velhas bonecas. 
          Eu era quase dependente daquela voz rouca e daquele sorriso amarelado. Quase – digo – porque eu tentava fazer minha autossuficiência se sobressair. Eu tentava lutar contra todos os meus instintos que imploravam pelo seu corpo e pelo seu carinho 24 horas por dia. E ele me rendia. Ele me ganhava. Ele ganhava o jogo da independência. Não era legal – e ainda não é. Ele sempre conseguiu ser feliz sem mim. Nossas brigas nunca refletiam no seu final de semana agitado. Enquanto o meu sempre se resumia em John Mayer, pantufas antiderrapantes e sorvete napolitano. 
          Mas aí os dias úteis chegavam e era a minha falta que ele sentia. E, boba, eu tirava as pantufas, colocava um salto alto e corria para seus braços. Ele nunca deu valor. E ainda não dá. Por isso que tenho medo de me afastar demais e esquecê-lo. Não que seja fácil, afinal, já tentei dezenas de vezes. Todas em vão - que fique claro. Mas agora é diferente. Está doendo mais que das outras vezes. Ele não só se afastou, como também arranjou outra pequena dos cabelos ondulados e negros, parecidos com os meus. Ele arranjou outras bochechas para morder, outros lábios para beijar, outros pés para brincar, outra silhueta para deslizar as mãos e outra nuca para arrepiar. Ele se esqueceu de mim, me guardou numa caixinha e jogou a chave fora. 
          Ele me quer presa - eu sinto isso. Mas não me quer presa a ele. É como se eu não pudesse ser de outro alguém, mas também não pudesse ser dele. Só porque ele já se enjoou de mim, só porque ele já se cansou do meu ciúme bobo e das minhas insônias irritantes. Mas eu fugi da caixinha. Ou estou tentando fugir ainda, não sei. Estou conhecendo pessoas novas a fim de viver novos romances e lances e esquentas e qualquer merda que não envolva amor verdadeiro. Porque, querendo ou não, amor mesmo eu só sentirei por ele. Mesmo que trinta ou quarenta anos se passem. 



Sobre John Mayer, pantufas antiderrapantes e sorvete napolitano

15 de mar. de 2015

          Talvez eu não queira esquecê-lo. Porque tê-lo em pensamento é melhor que não tê-lo em lugar nenhum. E, caso eu tente me apaixonar por outro cara, tenho medo de conseguir. Porque ele tem se mantido tão distante, tem dado tanta abertura, tem me desejado tão longe, que chega a dar vontade de desistir. Mas eu não desisto. Porque eu gosto de amá-lo. Eu gosto dessa saudade idiota que eu sinto assim que desligo o telefone. Eu gosto daquele pensamento perdido no meio da chuva forte. Eu gosto de sonhar acordada com ele. E mesmo que eu não gostasse, não há como fugir. 
          No meio da novela surge aquela cena em que o cara pede perdão pra mocinha. E eu me lembro dele. Eu sempre me lembro dele em cenas do tipo. Mas aí me dá uma dor no peito porque eu sei que ele nunca me pedirá perdão. Porque eu sei que, pra ele, eu não faço a mínima ideia do que é sofrimento. Mal sabe ele que eu choro baixinho todas as noites. Mas ele acha que faço drama, charme, atuação. Ele sempre acha que estou exagerando. Ele não aceita o fato de eu amá-lo de um modo ridículo e sofrer com cada ligação mal finalizada. Ele não aceita o fato de eu ter o mundo nas mãos e apenas desejar que ele me considere seu mundo. Deve ser medo. 
          Ele deve ter medo de se entregar pra alguém como eu. Ele deve ter medo de pessoas que prezam a autossuficiência e a ironia. Mas eu já cansei de dizer que, por ele, eu me torno mais sociável e até mais amável. Já cansei de provar que para ele eu sou a mulher que nenhuma outra pessoa conhece. Eu sou única ao lado dele. Não me mostro para ninguém como me mostro para ele. Não tiro minha capa de arrogância para mais ninguém. Mas ele não quer mais me ver nua – sem capa, sem máscaras, sem mentiras. Ele se cansou de mim, assim como uma pré-adolescente se cansa de suas velhas bonecas. 
          Eu era quase dependente daquela voz rouca e daquele sorriso amarelado. Quase – digo – porque eu tentava fazer minha autossuficiência se sobressair. Eu tentava lutar contra todos os meus instintos que imploravam pelo seu corpo e pelo seu carinho 24 horas por dia. E ele me rendia. Ele me ganhava. Ele ganhava o jogo da independência. Não era legal – e ainda não é. Ele sempre conseguiu ser feliz sem mim. Nossas brigas nunca refletiam no seu final de semana agitado. Enquanto o meu sempre se resumia em John Mayer, pantufas antiderrapantes e sorvete napolitano. 
          Mas aí os dias úteis chegavam e era a minha falta que ele sentia. E, boba, eu tirava as pantufas, colocava um salto alto e corria para seus braços. Ele nunca deu valor. E ainda não dá. Por isso que tenho medo de me afastar demais e esquecê-lo. Não que seja fácil, afinal, já tentei dezenas de vezes. Todas em vão - que fique claro. Mas agora é diferente. Está doendo mais que das outras vezes. Ele não só se afastou, como também arranjou outra pequena dos cabelos ondulados e negros, parecidos com os meus. Ele arranjou outras bochechas para morder, outros lábios para beijar, outros pés para brincar, outra silhueta para deslizar as mãos e outra nuca para arrepiar. Ele se esqueceu de mim, me guardou numa caixinha e jogou a chave fora. 
          Ele me quer presa - eu sinto isso. Mas não me quer presa a ele. É como se eu não pudesse ser de outro alguém, mas também não pudesse ser dele. Só porque ele já se enjoou de mim, só porque ele já se cansou do meu ciúme bobo e das minhas insônias irritantes. Mas eu fugi da caixinha. Ou estou tentando fugir ainda, não sei. Estou conhecendo pessoas novas a fim de viver novos romances e lances e esquentas e qualquer merda que não envolva amor verdadeiro. Porque, querendo ou não, amor mesmo eu só sentirei por ele. Mesmo que trinta ou quarenta anos se passem. 



E no fim, a pior de todas as sensações é a de não caber em sí próprio, não conseguir abraçar sua alma e tornar-se um só ser.
O mais terrível dos momentos é quando não nos encontramos em nosso próprio interior e tentamos  nos encontrar nas esquinas de alguém, alguém que não passa de uma suja e escura viela.

 O silêncio mais dolorido é aquele que esconde milhões de gritos insuportáveis e uma dose de sussurros irremediáveis, Aqueles que são regados á arrependimentos e descontentamentos, aquele silêncio que já não possue mais paz, silêncio inútil e irrelevante, silêncio amargo.

 Por outro lado, nada é mais lindo do que as simples trocas de olhares, daquelas que em alguns instantes colocam-se horas de papos em dia, aquelas trocas de olhares onde as almas de comunicam e os corações dão gargalhadas, nada mais lindo do que saber que mesmo com os silêncios sem paz e as indiferenças consigo mesmo, temos alguém que se encaixem completamente nas soluções dos nossos problemas.

O pior das sensações

8 de mar. de 2015

E no fim, a pior de todas as sensações é a de não caber em sí próprio, não conseguir abraçar sua alma e tornar-se um só ser.
O mais terrível dos momentos é quando não nos encontramos em nosso próprio interior e tentamos  nos encontrar nas esquinas de alguém, alguém que não passa de uma suja e escura viela.

 O silêncio mais dolorido é aquele que esconde milhões de gritos insuportáveis e uma dose de sussurros irremediáveis, Aqueles que são regados á arrependimentos e descontentamentos, aquele silêncio que já não possue mais paz, silêncio inútil e irrelevante, silêncio amargo.

 Por outro lado, nada é mais lindo do que as simples trocas de olhares, daquelas que em alguns instantes colocam-se horas de papos em dia, aquelas trocas de olhares onde as almas de comunicam e os corações dão gargalhadas, nada mais lindo do que saber que mesmo com os silêncios sem paz e as indiferenças consigo mesmo, temos alguém que se encaixem completamente nas soluções dos nossos problemas.

Eu sempre aprendi que qualquer dor era passageira, que bastava um pouquinho de esforço para que tudo voltasse ao normal. Eu vi minha irmã sofrendo pelo seu vulgo amor aos quinze anos e minha mãe dizendo baixinho “calma, vai passar”. Depois eu vi minha irmã sofrendo por amor, novamente, aos vinte, e ela mesma afirmou: “Se já passou uma vez, não tem motivos pra não passar agora”. E com o decorrer do tempo, passou também. Não posso julgar a intensidade desses amores, mas o fato é que eles pararam de doer, eles deixaram de existir.
Conforme fui crescendo, acompanhei outros términos de terceiros e até fatalidades como a morte. E o único discurso decorado que todos tinham era: Tudo passa. Porém, em contramão, eu via em novelas e filmes que uma das pessoas fazia de tudo para que o relacionamento desse certo. E então, se tudo realmente passa, pra que insistir numa dor de amor? Pra que tentar fazer dar certo? - Eu sempre me perguntava isso, porque achava realmente que todas as dores de amor eram passageiras. Até que conheci você. Desde então, tudo mudou de figura. Eu não sei explicar muito bem o porquê da insistência, mas talvez, simplesmente, seja porque alguns amores nunca morrem.
Eu me lembro exatamente de como você chegou em minha vida. Era um sábado à noite, o frio era meu mais fiel aliado e eu não queria nada que não envolvesse ficar na cama, vendo os mesmos filmes de sempre, nas mesmas companhias de sempre e com a minha velha caneca de café. Mas alguma coisa me puxou até aquela festa. Alguma coisa fez com que eu pagasse pra ver o que aquele sábado tinha a me oferecer. Então eu fui. E ele me ofereceu você.
Encostado na parede com a bebida na mão, eu te vi sorrindo olhando em minha direção. No momento pareceu que eu estava imaginando coisas porque eu queria, desde aquele momento, mais que tudo no mundo, que você sorrisse pra mim e por mim. E foi exatamente isso que você fez. Você sorriu de um jeito leve que me fez sorrir também, acendeu um cigarro e colocou um dos pés na parede, tentando manter uma marra inexistente. E foi ali que eu me apaixonei. Desde aquele momento eu estava entregue a você, antes mesmo de você se aproximar, jogar a fumaça para o sentido da brisa e perguntar meu nome. Antes mesmo daquele beijo, duas semanas após a festa, eu já estava completamente entregue a você.
Não sei ao certo se foi o seu jeans justo às coxas, seu moletom com o dobro do seu tamanho, o seu cabelo perfeitamente desarrumado, o cheiro forte do seu perfume, a sua voz incrivelmente rouca ou o seu irritante hábito de fumar, mas algo fez com que eu quisesse cuidar de você. Para sempre. Algo despertou uma vontade antes nunca sentida. Algo incontrolável. Eu senti vontade de te levar pra casa e me apaixonar ainda mais por você, dia após dia. Eu senti vontade de te explicar o porquê do seu sorriso de canto me deixar tão sem ar, sem rumo. Eu senti vontade de te apresentar aos meus amigos e de dividir a minha história contigo. Eu senti vontade, desde aquele momento, de ter uma história contigo.
Passaram-se sete anos desde aquela festa e eu ainda sou apaixonada por você. Por mais que as pessoas já não percebam e que, realmente, a dor tenha diminuído, você ainda mora em mim. Não deixou seu lugar vago nenhum diazinho sequer nesses sete anos. Você inundou minha vida, me transbordou de felicidade durante quase quatro anos e, sem aviso prévio, partiu. Sem que eu pudesse preparar um café de despedida ou tramar bons argumentos para te fazer ficar. Após quase quatro anos sendo aquilo que nunca planejei, mas ocultamente sempre desejei, você tornou-se alguém irreconhecível. Fechou a porta com brutalidade alegando não aguentar mais. Alegando sufocar-se com tanto amor. E soltou, em meio ao choro – nervoso, porém não agoniado como o meu – apenas uma frase de efeito que ecoa em mim até hoje: “Eu te amo, mas não sou mais apaixonado por você.
Eu já tinha ouvido coisas terríveis em toda a minha vida, mas nada nunca havia me machucado tanto. Foi a coisa mais dolorosa e mais poética que já ouvi. Porque tudo em você era poético. Até o seu mascar de chiclete me inspirava a escrever. O seu jeito despretensioso de andar, sua forma de ter sempre um cigarro ao alcance das mãos e até a cara de deboche que fazia ao ser avisado por mim de que o sapato estava desamarrado. Tudo em você me inspirava. Tudo em você me prendia, me amarrava. Você era mais poesia que homem em si, mesmo sempre reclamando das minhas poesias escritas em papel de pão para o seu café da manhã. Você era mais poético que todas as paisagens que já me inspirei na vida. Mais poético que os dias de chuva e que as músicas tristes. Você era mais poético que as poesias que eu escrevia. 
Eu sinto falta de você. Eu sinto de nós e até do maldito cheiro de nicotina que eu tanto reclamava. Você bateu a porta naquela quarta-feira sem ao menos deixar com que seu cheiro se desprendesse da minha cama. Você desistiu de nós sem, sequer, me explicar se não tinha nada mesmo que eu pudesse fazer para te impedir de ir embora. Você arrumou suas coisas, pela primeira vez em quase quatro anos, sozinho. Você ficava tão perdido ao fazer a mala para visitar o seu avô no interior e sempre me pedia ajuda. Mas dessa vez você conseguiu fazer com que tudo coubesse sem a minha ajuda. Eu me lembro de como você me colocava sentada na mala, pedindo pra eu te ajudar a fechá-la. E depois me virava na cama e ali, em meio à luz do sol, transformava meu corpo no seu. Fazia com que nada mais importasse além da sua respiração ofegante em meu ouvido.
Talvez eu devesse ter demonstrado menos, ou então não devesse ter afagado seus cabelos negros até seu sono – porque ali, eu achava que você também precisava de mim o mesmo tanto que eu precisava de você. Talvez eu não devesse ter te contado que eu nunca tinha me envolvido daquele jeito com ninguém ou, vai ver, quase quatro anos ainda fosse pouco tempo pra eu ter te confessado que imaginava a nossa futura filha com seus olhos. Talvez eu tenha me precipitado, mas você já estava tão incluso na minha rotina. Porra, você já havia se tornado a minha rotina. A personificação perfeita dela. E eu achei que pudesse confiar em você para te contar tudo que sonhava ao lado do homem que mais amei na vida. Mas, por um deslize do destino, nós dois não nos amamos na mesma sintonia.
Como diria naquele filme que sempre assistíamos enquanto você secava minhas lágrimas por conta do final trágico que eu já havia até decorado: “Dizem que um dos dois sempre ama mais. Meu Deus, quem dera não fosse eu!” - e foi exatamente assim que aconteceu. Nós nos amamos em intensidades diferentes, de modos absurdamente distantes. Você amava meu cheiro de roupa limpa e o colo que eu despunha para que deitasse quando nada mais fazia sentido em sua vida. Eu amava quando você parecia não ser mais querido por nenhuma outra pessoa no mundo. Você me amava quando eu era a única luz no fim do seu túnel, quando o seu cigarro já não mais servia de refúgio. Eu te amava quando você abria a porta numa tentativa falha de não fazer barulho, amava quando você sorria sem jeito ao ser pego bebendo água na cozinha às 3h42 da manhã – como se a minha casa ainda não fosse a sua casa. Você me amava quando estávamos a sós, quando éramos apenas nós mesmos: sem capas ou preocupações. Já eu, te amava com o olhar tenso pela entrevista de emprego mal sucedida ou pela gargalhada de vitória ao conseguir expôr seus quadros para aquela famosa galeria da capital. Eu amava você tanto nos dias de sol, como nos de chuva. E, tolamente, eu ainda amo você.
Por isso, reafirmo que alguns amores, por mais que vários anos se passem, nunca morrem. Há mais de três anos que você partiu e a dor incômoda da perda sem motivo aparente ainda se faz presente. Na época todos disseram que passaria. Que era só um amor juvenil e que todo mundo esquece esse tipo de coisa. Mas acontece que não passou. A sua ausência ainda me atormenta. Chegar em casa e não encontrar seu tênis jogado em qualquer canto ainda abre um vazio em meu peito. Não sentir aquele cheiro de cigarro barato ainda me faz cair no choro. E olha que tentei. Por Deus, eu tentei de tudo. Da reconquista ao esquecimento. Eu inventei métodos e mirabolei planos, mas nada te trouxe pra dentro da minha casa ou te tirou de dentro do meu peito. Olha o tamanho da contradição: você nunca esteve tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Tão fora do meu alcance e tão dentro de mim. 
Então, eu te imploro: passe por aqui, nem que seja só pra uma visita. Passe e se arranque do meu peito, faça o trabalho árduo que ainda não consegui realizar. Ou, cê que sabe, eu prefiro que passe e tente ficar só mais alguns dias. Tente se acomodar novamente no afago das minhas mãos trêmulas e ansiosas pelo seu retorno, tente se aconchegar no meu peito e não desgrudar mais. Porque, como já cansei de explicar: pode ser que meu amor por você nunca morra.



Porque alguns amores nunca morrem


Eu sempre aprendi que qualquer dor era passageira, que bastava um pouquinho de esforço para que tudo voltasse ao normal. Eu vi minha irmã sofrendo pelo seu vulgo amor aos quinze anos e minha mãe dizendo baixinho “calma, vai passar”. Depois eu vi minha irmã sofrendo por amor, novamente, aos vinte, e ela mesma afirmou: “Se já passou uma vez, não tem motivos pra não passar agora”. E com o decorrer do tempo, passou também. Não posso julgar a intensidade desses amores, mas o fato é que eles pararam de doer, eles deixaram de existir.
Conforme fui crescendo, acompanhei outros términos de terceiros e até fatalidades como a morte. E o único discurso decorado que todos tinham era: Tudo passa. Porém, em contramão, eu via em novelas e filmes que uma das pessoas fazia de tudo para que o relacionamento desse certo. E então, se tudo realmente passa, pra que insistir numa dor de amor? Pra que tentar fazer dar certo? - Eu sempre me perguntava isso, porque achava realmente que todas as dores de amor eram passageiras. Até que conheci você. Desde então, tudo mudou de figura. Eu não sei explicar muito bem o porquê da insistência, mas talvez, simplesmente, seja porque alguns amores nunca morrem.
Eu me lembro exatamente de como você chegou em minha vida. Era um sábado à noite, o frio era meu mais fiel aliado e eu não queria nada que não envolvesse ficar na cama, vendo os mesmos filmes de sempre, nas mesmas companhias de sempre e com a minha velha caneca de café. Mas alguma coisa me puxou até aquela festa. Alguma coisa fez com que eu pagasse pra ver o que aquele sábado tinha a me oferecer. Então eu fui. E ele me ofereceu você.
Encostado na parede com a bebida na mão, eu te vi sorrindo olhando em minha direção. No momento pareceu que eu estava imaginando coisas porque eu queria, desde aquele momento, mais que tudo no mundo, que você sorrisse pra mim e por mim. E foi exatamente isso que você fez. Você sorriu de um jeito leve que me fez sorrir também, acendeu um cigarro e colocou um dos pés na parede, tentando manter uma marra inexistente. E foi ali que eu me apaixonei. Desde aquele momento eu estava entregue a você, antes mesmo de você se aproximar, jogar a fumaça para o sentido da brisa e perguntar meu nome. Antes mesmo daquele beijo, duas semanas após a festa, eu já estava completamente entregue a você.
Não sei ao certo se foi o seu jeans justo às coxas, seu moletom com o dobro do seu tamanho, o seu cabelo perfeitamente desarrumado, o cheiro forte do seu perfume, a sua voz incrivelmente rouca ou o seu irritante hábito de fumar, mas algo fez com que eu quisesse cuidar de você. Para sempre. Algo despertou uma vontade antes nunca sentida. Algo incontrolável. Eu senti vontade de te levar pra casa e me apaixonar ainda mais por você, dia após dia. Eu senti vontade de te explicar o porquê do seu sorriso de canto me deixar tão sem ar, sem rumo. Eu senti vontade de te apresentar aos meus amigos e de dividir a minha história contigo. Eu senti vontade, desde aquele momento, de ter uma história contigo.
Passaram-se sete anos desde aquela festa e eu ainda sou apaixonada por você. Por mais que as pessoas já não percebam e que, realmente, a dor tenha diminuído, você ainda mora em mim. Não deixou seu lugar vago nenhum diazinho sequer nesses sete anos. Você inundou minha vida, me transbordou de felicidade durante quase quatro anos e, sem aviso prévio, partiu. Sem que eu pudesse preparar um café de despedida ou tramar bons argumentos para te fazer ficar. Após quase quatro anos sendo aquilo que nunca planejei, mas ocultamente sempre desejei, você tornou-se alguém irreconhecível. Fechou a porta com brutalidade alegando não aguentar mais. Alegando sufocar-se com tanto amor. E soltou, em meio ao choro – nervoso, porém não agoniado como o meu – apenas uma frase de efeito que ecoa em mim até hoje: “Eu te amo, mas não sou mais apaixonado por você.
Eu já tinha ouvido coisas terríveis em toda a minha vida, mas nada nunca havia me machucado tanto. Foi a coisa mais dolorosa e mais poética que já ouvi. Porque tudo em você era poético. Até o seu mascar de chiclete me inspirava a escrever. O seu jeito despretensioso de andar, sua forma de ter sempre um cigarro ao alcance das mãos e até a cara de deboche que fazia ao ser avisado por mim de que o sapato estava desamarrado. Tudo em você me inspirava. Tudo em você me prendia, me amarrava. Você era mais poesia que homem em si, mesmo sempre reclamando das minhas poesias escritas em papel de pão para o seu café da manhã. Você era mais poético que todas as paisagens que já me inspirei na vida. Mais poético que os dias de chuva e que as músicas tristes. Você era mais poético que as poesias que eu escrevia. 
Eu sinto falta de você. Eu sinto de nós e até do maldito cheiro de nicotina que eu tanto reclamava. Você bateu a porta naquela quarta-feira sem ao menos deixar com que seu cheiro se desprendesse da minha cama. Você desistiu de nós sem, sequer, me explicar se não tinha nada mesmo que eu pudesse fazer para te impedir de ir embora. Você arrumou suas coisas, pela primeira vez em quase quatro anos, sozinho. Você ficava tão perdido ao fazer a mala para visitar o seu avô no interior e sempre me pedia ajuda. Mas dessa vez você conseguiu fazer com que tudo coubesse sem a minha ajuda. Eu me lembro de como você me colocava sentada na mala, pedindo pra eu te ajudar a fechá-la. E depois me virava na cama e ali, em meio à luz do sol, transformava meu corpo no seu. Fazia com que nada mais importasse além da sua respiração ofegante em meu ouvido.
Talvez eu devesse ter demonstrado menos, ou então não devesse ter afagado seus cabelos negros até seu sono – porque ali, eu achava que você também precisava de mim o mesmo tanto que eu precisava de você. Talvez eu não devesse ter te contado que eu nunca tinha me envolvido daquele jeito com ninguém ou, vai ver, quase quatro anos ainda fosse pouco tempo pra eu ter te confessado que imaginava a nossa futura filha com seus olhos. Talvez eu tenha me precipitado, mas você já estava tão incluso na minha rotina. Porra, você já havia se tornado a minha rotina. A personificação perfeita dela. E eu achei que pudesse confiar em você para te contar tudo que sonhava ao lado do homem que mais amei na vida. Mas, por um deslize do destino, nós dois não nos amamos na mesma sintonia.
Como diria naquele filme que sempre assistíamos enquanto você secava minhas lágrimas por conta do final trágico que eu já havia até decorado: “Dizem que um dos dois sempre ama mais. Meu Deus, quem dera não fosse eu!” - e foi exatamente assim que aconteceu. Nós nos amamos em intensidades diferentes, de modos absurdamente distantes. Você amava meu cheiro de roupa limpa e o colo que eu despunha para que deitasse quando nada mais fazia sentido em sua vida. Eu amava quando você parecia não ser mais querido por nenhuma outra pessoa no mundo. Você me amava quando eu era a única luz no fim do seu túnel, quando o seu cigarro já não mais servia de refúgio. Eu te amava quando você abria a porta numa tentativa falha de não fazer barulho, amava quando você sorria sem jeito ao ser pego bebendo água na cozinha às 3h42 da manhã – como se a minha casa ainda não fosse a sua casa. Você me amava quando estávamos a sós, quando éramos apenas nós mesmos: sem capas ou preocupações. Já eu, te amava com o olhar tenso pela entrevista de emprego mal sucedida ou pela gargalhada de vitória ao conseguir expôr seus quadros para aquela famosa galeria da capital. Eu amava você tanto nos dias de sol, como nos de chuva. E, tolamente, eu ainda amo você.
Por isso, reafirmo que alguns amores, por mais que vários anos se passem, nunca morrem. Há mais de três anos que você partiu e a dor incômoda da perda sem motivo aparente ainda se faz presente. Na época todos disseram que passaria. Que era só um amor juvenil e que todo mundo esquece esse tipo de coisa. Mas acontece que não passou. A sua ausência ainda me atormenta. Chegar em casa e não encontrar seu tênis jogado em qualquer canto ainda abre um vazio em meu peito. Não sentir aquele cheiro de cigarro barato ainda me faz cair no choro. E olha que tentei. Por Deus, eu tentei de tudo. Da reconquista ao esquecimento. Eu inventei métodos e mirabolei planos, mas nada te trouxe pra dentro da minha casa ou te tirou de dentro do meu peito. Olha o tamanho da contradição: você nunca esteve tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Tão fora do meu alcance e tão dentro de mim. 
Então, eu te imploro: passe por aqui, nem que seja só pra uma visita. Passe e se arranque do meu peito, faça o trabalho árduo que ainda não consegui realizar. Ou, cê que sabe, eu prefiro que passe e tente ficar só mais alguns dias. Tente se acomodar novamente no afago das minhas mãos trêmulas e ansiosas pelo seu retorno, tente se aconchegar no meu peito e não desgrudar mais. Porque, como já cansei de explicar: pode ser que meu amor por você nunca morra.




Foi você que sonhei
Encontrar de uma vez
E pode gritar para o alto.

- Amor, eu sou seu
E o seu coração é meu.

De uma melhor amiga
Encontrar a menos dividida,
Em uma simples mulher
O meu coração quer.

Por você…
Ser reflexo
Ser completo
Ser repleto
Ser concreto
Ser o que meu coração quer.

Foi você que sonhei
Encontrar mais uma vez
Depois de toda escassez
Foi você que encontrei.

E no final, você é minha mulher
Vencendo tudo que nos pare
E ser o que meu coração quer
Até que a morte nos separe.






Por você. (O diário de um poeta)

5 de mar. de 2015


Foi você que sonhei
Encontrar de uma vez
E pode gritar para o alto.

- Amor, eu sou seu
E o seu coração é meu.

De uma melhor amiga
Encontrar a menos dividida,
Em uma simples mulher
O meu coração quer.

Por você…
Ser reflexo
Ser completo
Ser repleto
Ser concreto
Ser o que meu coração quer.

Foi você que sonhei
Encontrar mais uma vez
Depois de toda escassez
Foi você que encontrei.

E no final, você é minha mulher
Vencendo tudo que nos pare
E ser o que meu coração quer
Até que a morte nos separe.






   Era 23 horas e meu corpo estava desgastado após tanto sofrimento. Por que alguém como eu sentiria tanto desprezo por si mesmo? Estava enganado. Quanto mais sofria, o desejo de vencer aumentava. Todas as vezes que algum amigo mentia sobre minha personalidade ou me apunhalava nas costas com planos para "machucar" o caráter. Estava impossível pensar que não me tornei o erro por tantas pessoas se afastando, maltratando-me e desorganizando toda minha paz.
   O erro até que poderia estar em mim, mas a amizade não está no ser que ignora suas preces em meio a escuridão ferrenha. O verdadeiro sentido dela pode estar na pessoa que menos imaginavas, ou seja, aquele amigo que sempre esteve presente em todos seus momentos, seja de tristeza ou alegria. A pessoa que pode estar tão tímida por encontrar em ti uma beleza absurda, está pronta para cuidar-te da melhor forma que a amizade foi criada.
   Existe amor? Sim. Existe carinho? Sim. Amigo que é tal, te sustenta como seu chão para que a vida o receba totalmente preparado. Em outras palavras, sem nossos amigos, não teremos chão para enfrentar os problemas da vida com, inevitavelmente, os nossos escudos, pisos e fortalezas. Não seguimos uma vida sozinho, muito menos sem amigos.



Minha eterna fortaleza.

3 de mar. de 2015

   Era 23 horas e meu corpo estava desgastado após tanto sofrimento. Por que alguém como eu sentiria tanto desprezo por si mesmo? Estava enganado. Quanto mais sofria, o desejo de vencer aumentava. Todas as vezes que algum amigo mentia sobre minha personalidade ou me apunhalava nas costas com planos para "machucar" o caráter. Estava impossível pensar que não me tornei o erro por tantas pessoas se afastando, maltratando-me e desorganizando toda minha paz.
   O erro até que poderia estar em mim, mas a amizade não está no ser que ignora suas preces em meio a escuridão ferrenha. O verdadeiro sentido dela pode estar na pessoa que menos imaginavas, ou seja, aquele amigo que sempre esteve presente em todos seus momentos, seja de tristeza ou alegria. A pessoa que pode estar tão tímida por encontrar em ti uma beleza absurda, está pronta para cuidar-te da melhor forma que a amizade foi criada.
   Existe amor? Sim. Existe carinho? Sim. Amigo que é tal, te sustenta como seu chão para que a vida o receba totalmente preparado. Em outras palavras, sem nossos amigos, não teremos chão para enfrentar os problemas da vida com, inevitavelmente, os nossos escudos, pisos e fortalezas. Não seguimos uma vida sozinho, muito menos sem amigos.



O cheiro dele, misturado as fotos da sala e o maço de cigarros favorito foi o que me matou. Era um dia de sol e calor lá fora, mas ele tinha ido e nada poderia ser feliz naquele dia. Então eu parei sentada observando nossas fotos nas primeiras festas, o dia em que eu vim morar aqui, do meu anel de noivado, do casamento, das viagens que a gente nunca fez. E o vento soprava o cheiro dele, e me fazia se embriagar, me deixava tonta e confusa…era o começo da minha morte. 
Mas não morri de overdose dele. Talvez eu tenha morrido por conta das lágrimas que eu derramei por ele, que eram tão quentes quanto lava e que ao invés de lavarem minha alma, pareciam afogá-la. Acho que eu morri afogada em todas as lágrimas e palavras que eu queria dizer quando ele estava aqui. Ou talvez eram todas as memórias me queimando, me matando de dentro para fora. Mas eu não sei direito. O que me matou, talvez, tenha sido a fumaça do cigarro do maço favorito dele. Talvez eu tenha estranhado fumar sozinha. Talvez meu pulmão tenha despedaçado bem rapidinho, escurecido, apodrecido como o resto da minha alma. Bem rapidinho. Não foi ele quem me matou. Ele pode ter aquele jeito meio durão e marrento, mas ele jamais faria algo tão cruel. Ele talvez tenha só me envenenado. Ou melhor, eu quis me envenenar dele. Eu quis me embriagar, cheirar, fumar, consumir, me queimar, me afogar, me engasgar, me rasgar e despedaçar nele. Sei que foi mais uma vez, consequência das minhas escolhas. Mas essa foi a última, não há mais nada aqui. A culpa é toda minha. Minha morte é fruto de um suicídio lento que começou no dia que eu o conheci. Venho me matando todos os dias, desde a primeira vez que admiti que precisava dele. Quando não o tive, morri. Eu morri de suicídio.

Suicídio.

2 de mar. de 2015

O cheiro dele, misturado as fotos da sala e o maço de cigarros favorito foi o que me matou. Era um dia de sol e calor lá fora, mas ele tinha ido e nada poderia ser feliz naquele dia. Então eu parei sentada observando nossas fotos nas primeiras festas, o dia em que eu vim morar aqui, do meu anel de noivado, do casamento, das viagens que a gente nunca fez. E o vento soprava o cheiro dele, e me fazia se embriagar, me deixava tonta e confusa…era o começo da minha morte. 
Mas não morri de overdose dele. Talvez eu tenha morrido por conta das lágrimas que eu derramei por ele, que eram tão quentes quanto lava e que ao invés de lavarem minha alma, pareciam afogá-la. Acho que eu morri afogada em todas as lágrimas e palavras que eu queria dizer quando ele estava aqui. Ou talvez eram todas as memórias me queimando, me matando de dentro para fora. Mas eu não sei direito. O que me matou, talvez, tenha sido a fumaça do cigarro do maço favorito dele. Talvez eu tenha estranhado fumar sozinha. Talvez meu pulmão tenha despedaçado bem rapidinho, escurecido, apodrecido como o resto da minha alma. Bem rapidinho. Não foi ele quem me matou. Ele pode ter aquele jeito meio durão e marrento, mas ele jamais faria algo tão cruel. Ele talvez tenha só me envenenado. Ou melhor, eu quis me envenenar dele. Eu quis me embriagar, cheirar, fumar, consumir, me queimar, me afogar, me engasgar, me rasgar e despedaçar nele. Sei que foi mais uma vez, consequência das minhas escolhas. Mas essa foi a última, não há mais nada aqui. A culpa é toda minha. Minha morte é fruto de um suicídio lento que começou no dia que eu o conheci. Venho me matando todos os dias, desde a primeira vez que admiti que precisava dele. Quando não o tive, morri. Eu morri de suicídio.
Abram alas para as minhas lágrimas
Deixem-a seguir em frente
Toda a alegria tem seu fim
E nenhuma dor dura eternamente.

Não querido, Não há problema algum em sofrer
Da varanda a fora as águas caem
Dentro de mim não consigo parar de chover.

Simplesmente olho pelo espelho Me vejo sem ti...
Ainda não consigo entender, o motivo que lhe fez partir.
Meus lábios agora sem cor, sem sorriso e nem sabor
Esmorecem ao lembrar dos teus...

Os quais não mais beijarei nem tampouco soube dizer adeus.

Abram alas para as minhas lágrimas

1 de mar. de 2015

Abram alas para as minhas lágrimas
Deixem-a seguir em frente
Toda a alegria tem seu fim
E nenhuma dor dura eternamente.

Não querido, Não há problema algum em sofrer
Da varanda a fora as águas caem
Dentro de mim não consigo parar de chover.

Simplesmente olho pelo espelho Me vejo sem ti...
Ainda não consigo entender, o motivo que lhe fez partir.
Meus lábios agora sem cor, sem sorriso e nem sabor
Esmorecem ao lembrar dos teus...

Os quais não mais beijarei nem tampouco soube dizer adeus.

          Amores acabam. Não sei dizer se são os grandes, os médios ou os medíocres amores, mas eles acabam. Não todos – e muito menos a maioria, assim espero. Mas, de repente, aquela pessoa que era o seu mundo torna-se apenas uma pessoa em seu mundo – isso se você der sorte. Na maioria dos casos, a pessoa que era o seu mundo deixa de habitar qualquer coisa que te rodeie, que te cerque. A pessoa que você costumava valorizar mais que a própria vida torna-se uma mera conhecida, e olhe lá.
          A pessoa que dá o basta, que diz o “chega”, na maioria das vezes – eu arriscaria que sempre – sofre menos, ou nem sofre. Agora, quem perde o chão sem aviso prévio e é afogada por uma inundação de “não quero mais você”, “não dá mais”, “eu juro que tentei fazer dar certo” ou, o pior de todos, “o problema não é você, sou eu” essa sim se descabela. Essa pessoa perde todas as certezas que antes tinha. É como se a muralha construída com tanto carinho fosse friamente destruída por um indivíduo qualquer.
          Os amores acabam e os adultos adaptam-se cada vez mais com isso. Vivemos em mundo de idas e vindas, onde casais quase nunca duram. Onde o que deveria ser valorizado passa a ser banalizado. Vivemos em um mundo em que términos são absurdamente normais. Em que amar dois ou três no ano é considerado difícil – a maioria ama com a mesma facilidade que troca de roupa íntima. Vivemos em um mundo em que o esquecimento é algo fácil e simples. Basta uma bebida barata e uma pessoa na cama para que tudo se resolva – para um dos lados, para aquele que segue.
          Quem dá o basta, segue. Quem recebe o mesmo, fica intacto. Tentando, tolamente, descobrir o que fez de errado para que o outro partisse. Até que se dá conta de que não houve erro. E então bate a nostalgia. A vontade de voltar no tempo e aproveitar duzentas vezes mais aquele abraço que era o melhor lugar do mundo para se viver. Bate o arrependimento de não ter cedido mais, de não ter sido uma pessoa boa o suficiente para que o outro gostasse, se amarrasse e não partisse. E, por Deus, o que, de verdade, deveria ter sido feito para que o outro não partisse? Não há resposta. Porque quando não há vontade de ficar, simplesmente o outro vai embora. Quando não há medo de perder ou vontade de lutar, não tem porque o outro insistir.
          E então bate a saudade e o choro salga a boca. A lembrança daquele dia no parque se faz presente. As tardes em que ele te buscava no trabalho para passarem o final de semana juntos mais se parecem com cortes expostos. Você se lembra do primeiro beijo e do primeiro “eu te amo” todo inseguro que pronunciou. Lembra-se também da primeira vez que dividiram um copo d’água e você deu risada, pois, toda cheia de manias, você nunca havia se permitido tamanha intimidade com alguém. Você lembra da tarde chuvosa da sexta-feira em que, pela primeira vez, o corpo dele fez morada no seu. E os suores se misturaram, os corpos se uniram ao ponto de tornarem-se um só. E você foi dele assim como ele foi seu, sem que o barulho da chuva ou a movimentação dos carros interferisse. Você se lembra do primeiro pote de sorvete que tomaram juntos e da primeira vez que o apresentou à família. Ele, com a mão trêmula, morria de medo de seus tios não o aprovarem. E você ria. Você sorria. Você só ria pra ele e por ele, porque tudo que ele dissesse ou vestisse parecia ter saído de uma tela de cinema. Lembra-se do primeiro cinema e do primeiro toque mais ousado que ele deu à sua coxa. Você se lembra de como corou e sorriu ao vê-lo sorrir. Lembra-se das tardes aos sábados em que o edredom era o único aliado de vocês. Você se lembra da sensação deliciosa que era cruzar seus pés gelados aos dele, de como era virar para o lado e encontrá-lo sorrindo só por você estar ali - só por você ser dele. Vocês eram jovens. Vocês eram imaturos. 
          Você quer voltar no tempo, mas não adianta. Mesmo que voltasse, nada daria pra evitar a falta de amor da parte dele. E você grita por dentro quase ao ponto da garganta sangrar. Porque você o amou tanto e se sente inútil por, ainda assim, seu amor não ter sido grande o bastante para alimentar os dois. Porque, olha o tamanho da burrada, mesmo que não fosse amada de volta, você só queria que ele ficasse. Você só queria não ter que se despedir. Não ter que aceitar a partida tão dolorida e natural que ele impôs. Você só queria que aquele abraço - que costumava ser o seu lugar preferido no mundo todo - não deixasse de te abrigar. Você queria que ele não deixasse de te amar de uma hora para outra, que ele não se cansasse dos seus dramas assim como você nunca irá se cansar da marra dele.  Você queria que houvesse só um pouquinho - um cadinho que fosse - de amor da parte dele. Para, quem sabe assim, mesmo que pouquíssima, ainda houvesse esperança.






Quando tudo acaba

          Amores acabam. Não sei dizer se são os grandes, os médios ou os medíocres amores, mas eles acabam. Não todos – e muito menos a maioria, assim espero. Mas, de repente, aquela pessoa que era o seu mundo torna-se apenas uma pessoa em seu mundo – isso se você der sorte. Na maioria dos casos, a pessoa que era o seu mundo deixa de habitar qualquer coisa que te rodeie, que te cerque. A pessoa que você costumava valorizar mais que a própria vida torna-se uma mera conhecida, e olhe lá.
          A pessoa que dá o basta, que diz o “chega”, na maioria das vezes – eu arriscaria que sempre – sofre menos, ou nem sofre. Agora, quem perde o chão sem aviso prévio e é afogada por uma inundação de “não quero mais você”, “não dá mais”, “eu juro que tentei fazer dar certo” ou, o pior de todos, “o problema não é você, sou eu” essa sim se descabela. Essa pessoa perde todas as certezas que antes tinha. É como se a muralha construída com tanto carinho fosse friamente destruída por um indivíduo qualquer.
          Os amores acabam e os adultos adaptam-se cada vez mais com isso. Vivemos em mundo de idas e vindas, onde casais quase nunca duram. Onde o que deveria ser valorizado passa a ser banalizado. Vivemos em um mundo em que términos são absurdamente normais. Em que amar dois ou três no ano é considerado difícil – a maioria ama com a mesma facilidade que troca de roupa íntima. Vivemos em um mundo em que o esquecimento é algo fácil e simples. Basta uma bebida barata e uma pessoa na cama para que tudo se resolva – para um dos lados, para aquele que segue.
          Quem dá o basta, segue. Quem recebe o mesmo, fica intacto. Tentando, tolamente, descobrir o que fez de errado para que o outro partisse. Até que se dá conta de que não houve erro. E então bate a nostalgia. A vontade de voltar no tempo e aproveitar duzentas vezes mais aquele abraço que era o melhor lugar do mundo para se viver. Bate o arrependimento de não ter cedido mais, de não ter sido uma pessoa boa o suficiente para que o outro gostasse, se amarrasse e não partisse. E, por Deus, o que, de verdade, deveria ter sido feito para que o outro não partisse? Não há resposta. Porque quando não há vontade de ficar, simplesmente o outro vai embora. Quando não há medo de perder ou vontade de lutar, não tem porque o outro insistir.
          E então bate a saudade e o choro salga a boca. A lembrança daquele dia no parque se faz presente. As tardes em que ele te buscava no trabalho para passarem o final de semana juntos mais se parecem com cortes expostos. Você se lembra do primeiro beijo e do primeiro “eu te amo” todo inseguro que pronunciou. Lembra-se também da primeira vez que dividiram um copo d’água e você deu risada, pois, toda cheia de manias, você nunca havia se permitido tamanha intimidade com alguém. Você lembra da tarde chuvosa da sexta-feira em que, pela primeira vez, o corpo dele fez morada no seu. E os suores se misturaram, os corpos se uniram ao ponto de tornarem-se um só. E você foi dele assim como ele foi seu, sem que o barulho da chuva ou a movimentação dos carros interferisse. Você se lembra do primeiro pote de sorvete que tomaram juntos e da primeira vez que o apresentou à família. Ele, com a mão trêmula, morria de medo de seus tios não o aprovarem. E você ria. Você sorria. Você só ria pra ele e por ele, porque tudo que ele dissesse ou vestisse parecia ter saído de uma tela de cinema. Lembra-se do primeiro cinema e do primeiro toque mais ousado que ele deu à sua coxa. Você se lembra de como corou e sorriu ao vê-lo sorrir. Lembra-se das tardes aos sábados em que o edredom era o único aliado de vocês. Você se lembra da sensação deliciosa que era cruzar seus pés gelados aos dele, de como era virar para o lado e encontrá-lo sorrindo só por você estar ali - só por você ser dele. Vocês eram jovens. Vocês eram imaturos. 
          Você quer voltar no tempo, mas não adianta. Mesmo que voltasse, nada daria pra evitar a falta de amor da parte dele. E você grita por dentro quase ao ponto da garganta sangrar. Porque você o amou tanto e se sente inútil por, ainda assim, seu amor não ter sido grande o bastante para alimentar os dois. Porque, olha o tamanho da burrada, mesmo que não fosse amada de volta, você só queria que ele ficasse. Você só queria não ter que se despedir. Não ter que aceitar a partida tão dolorida e natural que ele impôs. Você só queria que aquele abraço - que costumava ser o seu lugar preferido no mundo todo - não deixasse de te abrigar. Você queria que ele não deixasse de te amar de uma hora para outra, que ele não se cansasse dos seus dramas assim como você nunca irá se cansar da marra dele.  Você queria que houvesse só um pouquinho - um cadinho que fosse - de amor da parte dele. Para, quem sabe assim, mesmo que pouquíssima, ainda houvesse esperança.






Estou segurando uma corda. Não me pergunte o que tem do outro lado dela ou se alguém a segura assim como eu, pois não saberei responder. Estou aqui, parado e segurando isto há tanto tempo que já não me recordo sobre o meu passado. Talvez a corda tenha feito isto comigo. Não tenho retorno de esperanças de quem ou o que está do outro lado da corda, mas uma hora ela está firme e outra apenas cai sobre os meus dedos. Eu continuo apertado. Não existe a necessidade de decidir se o que eu faço está certo ou errado, apenas faço porque eu quero e porque preciso. Não vou conseguir outra corda. Não sou bom o suficiente para isto. O fato é que eu preciso apertá-la e aproximá-la o mais perto do meu coração, porque assim eu vou me sentir aquecido. Eu dependo desta corda para tudo. Mas agora eu sei que ela está doendo os meus dedos. Não os sinto mais. As minhas mãos estão sangrando lentamente como se aquela corda estivesse me machucando, não sou forte o suficiente para aguentar isto. No fim, nunca descobrirei quem está do outro lado, porque algumas vezes devemos deixar algo ir assim que somos machucados. 


Ensaio sobre o amor

27 de fev. de 2015

Estou segurando uma corda. Não me pergunte o que tem do outro lado dela ou se alguém a segura assim como eu, pois não saberei responder. Estou aqui, parado e segurando isto há tanto tempo que já não me recordo sobre o meu passado. Talvez a corda tenha feito isto comigo. Não tenho retorno de esperanças de quem ou o que está do outro lado da corda, mas uma hora ela está firme e outra apenas cai sobre os meus dedos. Eu continuo apertado. Não existe a necessidade de decidir se o que eu faço está certo ou errado, apenas faço porque eu quero e porque preciso. Não vou conseguir outra corda. Não sou bom o suficiente para isto. O fato é que eu preciso apertá-la e aproximá-la o mais perto do meu coração, porque assim eu vou me sentir aquecido. Eu dependo desta corda para tudo. Mas agora eu sei que ela está doendo os meus dedos. Não os sinto mais. As minhas mãos estão sangrando lentamente como se aquela corda estivesse me machucando, não sou forte o suficiente para aguentar isto. No fim, nunca descobrirei quem está do outro lado, porque algumas vezes devemos deixar algo ir assim que somos machucados. 


Noites,
Portal de lembranças
Para quem está destruído
Pela própria vida maldita.

Tristezas batendo na sua porta,
Travesseiros servindo de apoio
para cobrir a sujeira
Em que o mundo constrói a depressão.

Sempre remete a nossa infância
que outrora estava vadiando na mente
E, inevitavelmente, recicladas no sofrimento.

Sempre nos faz refletir
que precisamos pensar, recuperar o andar
E transformar essa noite num dia.



Noites.

26 de fev. de 2015

Noites,
Portal de lembranças
Para quem está destruído
Pela própria vida maldita.

Tristezas batendo na sua porta,
Travesseiros servindo de apoio
para cobrir a sujeira
Em que o mundo constrói a depressão.

Sempre remete a nossa infância
que outrora estava vadiando na mente
E, inevitavelmente, recicladas no sofrimento.

Sempre nos faz refletir
que precisamos pensar, recuperar o andar
E transformar essa noite num dia.



Tomar decisões é uma questão importante na vida.

Já dizia um amigo: “ficar em cima do muro não é saudável

Concordo com essa assertiva, ficar em cima do muro, na duvida entre o sim e o não, deixa-nos mais infelizes.

E isso é uma lição pra tudo na vida, não da pra ser feliz tendo que ficar hesitando entre dois pensamentos e assim, não conseguindo viver a intensidade de nenhum deles.

Fazer, ser, pensar no que se gosta independente do que as pessoas vão achar disso, ninguém pode julgar o que é certo ou errado pra SUA vida, só VOCÊ mesmo.

Descubra quem você é, e decida por isso.


A felicidade está em viver intensamente cada momento como se fosse o ultimo e, nada melhor do que viver suas escolhas.

Decisões

25 de fev. de 2015

Tomar decisões é uma questão importante na vida.

Já dizia um amigo: “ficar em cima do muro não é saudável

Concordo com essa assertiva, ficar em cima do muro, na duvida entre o sim e o não, deixa-nos mais infelizes.

E isso é uma lição pra tudo na vida, não da pra ser feliz tendo que ficar hesitando entre dois pensamentos e assim, não conseguindo viver a intensidade de nenhum deles.

Fazer, ser, pensar no que se gosta independente do que as pessoas vão achar disso, ninguém pode julgar o que é certo ou errado pra SUA vida, só VOCÊ mesmo.

Descubra quem você é, e decida por isso.


A felicidade está em viver intensamente cada momento como se fosse o ultimo e, nada melhor do que viver suas escolhas.
Sentada assistindo a esse pôr do sol, dou voz às minhas angústias, dúvidas e inquietações por meio de uma caneta e um pedaço de papel, tão superficialmente profundo. Assim como o mergulhador, ainda que consciente dos riscos, adentra as águas do oceano em busca de sua beleza, eu adentro o mundo das palavras e dos turbilhões de sentimentos que estão por trás deste inócuo pedaço de papel em busca da libertação de uma alma que cansou de esperar por alguém que se importasse. Essa confusão de pensamentos e sentimentos compõe o eu. Eu sou a desordem. Estou tão bagunçada quanto um quarto de adolescente. Pensamentos rodopiam em minha cabeça, sonhos se suicidam na minha frente, oportunidades únicas são rasgadas. Sentimentos entram em colapso, chocam-se numa fervência paradoxal de se estar feliz e triste. Encontro a paz logo após o caos, ali atrás daquele monstro que, na realidade, sou eu. Eu sou a consequência de uma sociedade incerta, de um planeta sem amor. Sou o Monstro criado não pelo Frankstein, mas sim por um mundo desprovido de Magia. Falo da Magia, com maiúscula alegorizante, não truques baratos que vemos por aí. A Magia presente no riso da criança, no abraço de quem se ama, no canto dos pássaros, na felicidade resplandescente de um menino dançando na chuva, na primeira flor da primavera. É isso que falta, a Magia.


Procura-se o Amor

24 de fev. de 2015

Sentada assistindo a esse pôr do sol, dou voz às minhas angústias, dúvidas e inquietações por meio de uma caneta e um pedaço de papel, tão superficialmente profundo. Assim como o mergulhador, ainda que consciente dos riscos, adentra as águas do oceano em busca de sua beleza, eu adentro o mundo das palavras e dos turbilhões de sentimentos que estão por trás deste inócuo pedaço de papel em busca da libertação de uma alma que cansou de esperar por alguém que se importasse. Essa confusão de pensamentos e sentimentos compõe o eu. Eu sou a desordem. Estou tão bagunçada quanto um quarto de adolescente. Pensamentos rodopiam em minha cabeça, sonhos se suicidam na minha frente, oportunidades únicas são rasgadas. Sentimentos entram em colapso, chocam-se numa fervência paradoxal de se estar feliz e triste. Encontro a paz logo após o caos, ali atrás daquele monstro que, na realidade, sou eu. Eu sou a consequência de uma sociedade incerta, de um planeta sem amor. Sou o Monstro criado não pelo Frankstein, mas sim por um mundo desprovido de Magia. Falo da Magia, com maiúscula alegorizante, não truques baratos que vemos por aí. A Magia presente no riso da criança, no abraço de quem se ama, no canto dos pássaros, na felicidade resplandescente de um menino dançando na chuva, na primeira flor da primavera. É isso que falta, a Magia.


A escola Parnasiana de literatura era conhecida por, em seus versos poéticos, trabalhar mais a estrutura do próprio poema do que a temática. Explicando melhor... O poeta parnasiano escrevia sobre qualquer tema inútil mas sempre estava preocupados em desenvolver suas obras com versos decassílabos(10 versos poéticos) ou alexandrinos(12 versos poéticos).

Um exemplo clássico dessa característica é o soneto abaixo de Alberto de Oliveira, poeta que fez parte da Tríade Parnasiana com Raimundo Correa e Olavo Bilac.



Vaso Grego.

Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encoantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse. 


Está claro no poema o trabalho com os versos alexandrinos. Um belo exemplo de como os parnasianos tratavam a estética na poesia.






Dica: Por que a poesia parnasiana era titulada como a "arte pela arte"?

A escola Parnasiana de literatura era conhecida por, em seus versos poéticos, trabalhar mais a estrutura do próprio poema do que a temática. Explicando melhor... O poeta parnasiano escrevia sobre qualquer tema inútil mas sempre estava preocupados em desenvolver suas obras com versos decassílabos(10 versos poéticos) ou alexandrinos(12 versos poéticos).

Um exemplo clássico dessa característica é o soneto abaixo de Alberto de Oliveira, poeta que fez parte da Tríade Parnasiana com Raimundo Correa e Olavo Bilac.



Vaso Grego.

Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encoantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse. 


Está claro no poema o trabalho com os versos alexandrinos. Um belo exemplo de como os parnasianos tratavam a estética na poesia.






Canta-me os teus mais lindos versetos
Declama-me os trechos mais belos do teu poema predileto
Poetiza-me!
Declara a todos os que te rodeiam
Que teus olhos fazem amor somente com os meus
Que tua boca só procura a minha
E que teus pés valseiam somente em busca dos meus

Ora, vejas o que causas em mim...

Viajo ao encostar nas tuas mãos frias
E não me importo com mais absolutamente nada

Ora...

Que eu me lembre poesia era fuga
Da minha mais dura realidade
Hoje em dia porém, escrevo para salvar
E colecionar os mais lindos momentos que a vida
Se deixou escapar

Quem diria minha flor, uso tua própria poesia para rimar nosso amor.


Poetiza-me!

22 de fev. de 2015

Canta-me os teus mais lindos versetos
Declama-me os trechos mais belos do teu poema predileto
Poetiza-me!
Declara a todos os que te rodeiam
Que teus olhos fazem amor somente com os meus
Que tua boca só procura a minha
E que teus pés valseiam somente em busca dos meus

Ora, vejas o que causas em mim...

Viajo ao encostar nas tuas mãos frias
E não me importo com mais absolutamente nada

Ora...

Que eu me lembre poesia era fuga
Da minha mais dura realidade
Hoje em dia porém, escrevo para salvar
E colecionar os mais lindos momentos que a vida
Se deixou escapar

Quem diria minha flor, uso tua própria poesia para rimar nosso amor.


Muitos se perguntam de onde veio, qual o objetivo e a longa duração... Até hoje! Vou explicar um pouco para todos.

Foi o evento inicial para a total divulgação do modernismo no país. Estavam reunidos várias personalidades da época como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos e entre outros autores, no intuito de divulgar as pinturas, esculturas, poesias e etc.

Inicialmente, o evento estava marcado para acontecer em 1921, mas os organizadores contaram como uma brilhante ideia. Como o modernismo estava em busca de encontrar a idade cultural do país na arte e o país estava para completar 100 anos de sua independência, adiaram mais um ano. Era um evento, considerado por todos, a "liberdade" do país da arte tradicional. Com isso, o evento aconteceu de 11 a 18 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo.

Obs: Para os modernistas, a arte tradicional era considerada ruim, ou seja, queriam encontrar uma marca nacional sem depender de outros.



Espero que compreendam mais essa explicação!




Dica: O que é a semana da arte moderna? Por que existe?

20 de fev. de 2015

Muitos se perguntam de onde veio, qual o objetivo e a longa duração... Até hoje! Vou explicar um pouco para todos.

Foi o evento inicial para a total divulgação do modernismo no país. Estavam reunidos várias personalidades da época como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos e entre outros autores, no intuito de divulgar as pinturas, esculturas, poesias e etc.

Inicialmente, o evento estava marcado para acontecer em 1921, mas os organizadores contaram como uma brilhante ideia. Como o modernismo estava em busca de encontrar a idade cultural do país na arte e o país estava para completar 100 anos de sua independência, adiaram mais um ano. Era um evento, considerado por todos, a "liberdade" do país da arte tradicional. Com isso, o evento aconteceu de 11 a 18 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo.

Obs: Para os modernistas, a arte tradicional era considerada ruim, ou seja, queriam encontrar uma marca nacional sem depender de outros.



Espero que compreendam mais essa explicação!




Para muitos que possuem essa dúvida em literatura, vou explicar um pouco sobre essa relação de Machado de Assis com a escola romântica.

Detentor do marco oficial da escola realista no Brasil com a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas(1881), foi duramente criticado na época por possuir, ainda, marcas românticas da terceira geração. 

O Realismo é destacado pela quebra das marcas românticas como a idealização da mulher pura, subjetivismo e uma fraca descrição dos fatos. Como estava em transição da 3° fase romântica para o realismo, Machado de Assis trouxe em Memórias Póstumas alguns traços românticos sobre o amor em sua época, causando assim uma crítica enorme a sua época se ele era da escola antiga ou atual(época).

Fazendo um resumo mais simplificado, ele é realista com traços românticos.

Espero que compreendam essa pequena explicação sobre o maior escritor do Realismo no Brasil!


Dica: Machado de Assis é romântico ou realista?

Para muitos que possuem essa dúvida em literatura, vou explicar um pouco sobre essa relação de Machado de Assis com a escola romântica.

Detentor do marco oficial da escola realista no Brasil com a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas(1881), foi duramente criticado na época por possuir, ainda, marcas românticas da terceira geração. 

O Realismo é destacado pela quebra das marcas românticas como a idealização da mulher pura, subjetivismo e uma fraca descrição dos fatos. Como estava em transição da 3° fase romântica para o realismo, Machado de Assis trouxe em Memórias Póstumas alguns traços românticos sobre o amor em sua época, causando assim uma crítica enorme a sua época se ele era da escola antiga ou atual(época).

Fazendo um resumo mais simplificado, ele é realista com traços românticos.

Espero que compreendam essa pequena explicação sobre o maior escritor do Realismo no Brasil!


Em um momento da vida, existe uma pergunta que não quer calar em nossas vidas: Existimos para que? 
É uma pergunte bem impossível de responder, mas há uma grande chance de estar praticando diariamente. Pois é. Se você está acordando com um belo sorriso no rosto, já basta. Estamos em vida para descartar a tristeza e elevar nossos seres ao ponto máximo do existencialismo.

Aqueles momentos pequenos são as nossas bases para toda essa existência. O primeiro "bom dia" ao pessoal de sua família, os amigos inseparáveis ligando na tarde chuvosa para perturbar, acordar sua namorada com beijos na ponta do nariz e selinhos às 7 horas da manhã e entre outras atitudes simples que formam nossos sorrisos minúsculos. A felicidade se forma aos poucos com dezenas de sorrisos que cumprem toda a curva de nossa boca.




Os pequenos podem ser gigantes.

19 de fev. de 2015

Em um momento da vida, existe uma pergunta que não quer calar em nossas vidas: Existimos para que? 
É uma pergunte bem impossível de responder, mas há uma grande chance de estar praticando diariamente. Pois é. Se você está acordando com um belo sorriso no rosto, já basta. Estamos em vida para descartar a tristeza e elevar nossos seres ao ponto máximo do existencialismo.

Aqueles momentos pequenos são as nossas bases para toda essa existência. O primeiro "bom dia" ao pessoal de sua família, os amigos inseparáveis ligando na tarde chuvosa para perturbar, acordar sua namorada com beijos na ponta do nariz e selinhos às 7 horas da manhã e entre outras atitudes simples que formam nossos sorrisos minúsculos. A felicidade se forma aos poucos com dezenas de sorrisos que cumprem toda a curva de nossa boca.




A gente vive diversas mudanças ao decorrer do tempo. E isso é tão bom, porque com o tempo vamos amadurecendo e nos tornando melhor.

Não só nas nossas vidas pessoais, mas também, nas nossas raízes histórias e folclóricas.

Hoje, por exemplo, chega ao fim uma das festas mais típicas brasileiras... o carnaval. Tem quem não goste, e eu ate entendo, mas o carnaval brasileiro é um dos mais lindos do mundo (comprovado).

É interessante ver que mesmo com todas as mudanças e com todos esses anos, essa festa continua sendo comemorada de forma magnífica. E os avanços que conseguimos com todo esse tempo só serviram para tornar cada vez melhor.

Quem diria que hoje em dia iríamos ver uma escultura de cerca de sete metros entrando em uma avenida, isso é um esforço a ser reconhecido.

Assim também somos nós, mudamos a cada ano que passa... E, a cada ano vamos tornando-nos mais importantes em diferentes áreas. Aposto que há uns 10 anos atrás você nunca imagino que estaria onde está agora.

Enfim, mudar faz bem!

Mudanças

18 de fev. de 2015

A gente vive diversas mudanças ao decorrer do tempo. E isso é tão bom, porque com o tempo vamos amadurecendo e nos tornando melhor.

Não só nas nossas vidas pessoais, mas também, nas nossas raízes histórias e folclóricas.

Hoje, por exemplo, chega ao fim uma das festas mais típicas brasileiras... o carnaval. Tem quem não goste, e eu ate entendo, mas o carnaval brasileiro é um dos mais lindos do mundo (comprovado).

É interessante ver que mesmo com todas as mudanças e com todos esses anos, essa festa continua sendo comemorada de forma magnífica. E os avanços que conseguimos com todo esse tempo só serviram para tornar cada vez melhor.

Quem diria que hoje em dia iríamos ver uma escultura de cerca de sete metros entrando em uma avenida, isso é um esforço a ser reconhecido.

Assim também somos nós, mudamos a cada ano que passa... E, a cada ano vamos tornando-nos mais importantes em diferentes áreas. Aposto que há uns 10 anos atrás você nunca imagino que estaria onde está agora.

Enfim, mudar faz bem!

Muitas vezes nós queremos -ou precisamos- reproduzir o conteúdo de algum texto. Para isso, nós não precisamos necessariamente dar um "ctrl+c / ctrl+v". 

Podemos nos utilizar da paráfrase, e podemos fazer isso de duas formas.
  1. Resumo.Quando estamos recontando algo com outras palavras, como uma piada, ou narrando o enredo de um filme, por exemplo, estamos resumindo, estamos parafraseando. O resumo é feito a partir da seleção das informações e ideias mais importantes do texto original. É importante ressaltar que o resumo mantém o caráter narrativo em sua reprodução.
  2. Síntese.A síntese, como o resumo, é feita a partir da seleção das informações e ideias mais importantes do texto base. A diferença é que, ao utilizá-la não devemos categorizar as informações que serão reproduzidas, fazendo com que ela possua uma linguagem mais abstrata do que a utilizada em resumos.
A paráfrase é um bom método para quando temos que escrever sobre algo citando exemplos e/ou, principalmente, quando devemos argumentar, expor nossas opiniões.

  Exemplo:
 "Segundo dados do IBGE, o número de usuários assíduos da maconha em 2012 era de 1,5 milhão - fora os 3,47 milhões que usaram em 2011 e o 8,6 milhões que já provaram ao menos uma vez." 
(Trecho retirado de uma carta do leitor produzida por mim em aula)

Por fim, a paráfrase é a reescrita de um texto, onde a ideia principal é mantida.


Dica: Paráfrase

Muitas vezes nós queremos -ou precisamos- reproduzir o conteúdo de algum texto. Para isso, nós não precisamos necessariamente dar um "ctrl+c / ctrl+v". 

Podemos nos utilizar da paráfrase, e podemos fazer isso de duas formas.
  1. Resumo.Quando estamos recontando algo com outras palavras, como uma piada, ou narrando o enredo de um filme, por exemplo, estamos resumindo, estamos parafraseando. O resumo é feito a partir da seleção das informações e ideias mais importantes do texto original. É importante ressaltar que o resumo mantém o caráter narrativo em sua reprodução.
  2. Síntese.A síntese, como o resumo, é feita a partir da seleção das informações e ideias mais importantes do texto base. A diferença é que, ao utilizá-la não devemos categorizar as informações que serão reproduzidas, fazendo com que ela possua uma linguagem mais abstrata do que a utilizada em resumos.
A paráfrase é um bom método para quando temos que escrever sobre algo citando exemplos e/ou, principalmente, quando devemos argumentar, expor nossas opiniões.

  Exemplo:
 "Segundo dados do IBGE, o número de usuários assíduos da maconha em 2012 era de 1,5 milhão - fora os 3,47 milhões que usaram em 2011 e o 8,6 milhões que já provaram ao menos uma vez." 
(Trecho retirado de uma carta do leitor produzida por mim em aula)

Por fim, a paráfrase é a reescrita de um texto, onde a ideia principal é mantida.


Sorocaba, 17 de fevereiro de 2015

K.H.,

Andei pensando e cheguei à conclusão de que talvez eu nunca tenha te agradecido propriamente falando. É você quem está por perto quando tudo acontece, coisas boas e ruins marcam minha vida e você é sempre a primeira a saber. Às vezes parece que eu não me importo com você, mas eu sou meio lesada assim mesmo (você sabe). Talvez nunca tenha te dito o tamanho da sua importância na minha vida. Todas as vezes que algo acontece comigo, a primeira coisa que eu faço é correr pra te falar. Cada conquista sua é minha também, cada sorriso seu aquece meu coração porque não importa de que maneira isso aconteça, nós somos amigas. Se uma lágrima escorre no seu rosto, uma facada me atinge no peito, me corta o coração te ver sofrer e, por mais que eu me atrapalhe com as palavras, eu tento te consolar, afinal você sempre me faz sentir melhor. Eu juro que não sei o que seria de mim sem você, K.H. Talvez eu seria mais uma vítima de sufocamento pelos sentimentos, porque é com você que eu desabafo e sempre será assim, até o fim dos tempos. Você aguenta o meu lado chorão, emocional e todo meloso, como também a parte feliz, sorridente e boba. Eu te amo desde que a gente se conheceu, e sempre estarei ao seu lado, não importa o que aconteça. E por favor perdoe meus deslizes, eu sou desligada o suficiente para não perceber que estou machucando alguém. Nessa nossa jornada, eu estarei sempre te apoiando e precisando de você, chorando e rindo contigo. Porque no meio de todo esses sentimentos paradoxais, existe um amor muito mais forte. Eu acredito em anjos e você é um deles. Cada parte de mim ama cada parte de você, e se existe alguma coisa depois dessa vida, tenho certeza que nós vamos nos encontrar pra fofocar sobre a morte dos nossos queridos amigos e inimigos. E se não acharmos ninguém, a gente se casa e pronto.

De sua amiga "tumbler",

G.Y.G.


A/C: Melhor Amiga

17 de fev. de 2015

Sorocaba, 17 de fevereiro de 2015

K.H.,

Andei pensando e cheguei à conclusão de que talvez eu nunca tenha te agradecido propriamente falando. É você quem está por perto quando tudo acontece, coisas boas e ruins marcam minha vida e você é sempre a primeira a saber. Às vezes parece que eu não me importo com você, mas eu sou meio lesada assim mesmo (você sabe). Talvez nunca tenha te dito o tamanho da sua importância na minha vida. Todas as vezes que algo acontece comigo, a primeira coisa que eu faço é correr pra te falar. Cada conquista sua é minha também, cada sorriso seu aquece meu coração porque não importa de que maneira isso aconteça, nós somos amigas. Se uma lágrima escorre no seu rosto, uma facada me atinge no peito, me corta o coração te ver sofrer e, por mais que eu me atrapalhe com as palavras, eu tento te consolar, afinal você sempre me faz sentir melhor. Eu juro que não sei o que seria de mim sem você, K.H. Talvez eu seria mais uma vítima de sufocamento pelos sentimentos, porque é com você que eu desabafo e sempre será assim, até o fim dos tempos. Você aguenta o meu lado chorão, emocional e todo meloso, como também a parte feliz, sorridente e boba. Eu te amo desde que a gente se conheceu, e sempre estarei ao seu lado, não importa o que aconteça. E por favor perdoe meus deslizes, eu sou desligada o suficiente para não perceber que estou machucando alguém. Nessa nossa jornada, eu estarei sempre te apoiando e precisando de você, chorando e rindo contigo. Porque no meio de todo esses sentimentos paradoxais, existe um amor muito mais forte. Eu acredito em anjos e você é um deles. Cada parte de mim ama cada parte de você, e se existe alguma coisa depois dessa vida, tenho certeza que nós vamos nos encontrar pra fofocar sobre a morte dos nossos queridos amigos e inimigos. E se não acharmos ninguém, a gente se casa e pronto.

De sua amiga "tumbler",

G.Y.G.


Lá está você, sentado numa calçada ao lado de sua amiga e custa-lhe falar uma frase como um tiro de de fuzil... "Você não é mais como antes." Quem somos, afinal? O nosso "eu lírico" age conforme sua mente e coração pedem? Ou fica enganando a si mesmo sobre sua forma límpida de ser?
 

Não digo que você nasce e já está com a mente preparada para saber se postar na humanidade e existir com um pensamento sóbrio, mas que compreenda sobre o progresso e regresso. Nunca somos colocados em sociedade para regredir segundo os conceitos básicos de convivência. Estamos sempre desafiados a crescer.
 

Por isso, se ouvir essa frase do início do texto, fique assustado pois a forma correta de encher o peito de orgulho por crescer é escutando: Você está melhor que antes.

Cresça e amadureça.

Lá está você, sentado numa calçada ao lado de sua amiga e custa-lhe falar uma frase como um tiro de de fuzil... "Você não é mais como antes." Quem somos, afinal? O nosso "eu lírico" age conforme sua mente e coração pedem? Ou fica enganando a si mesmo sobre sua forma límpida de ser?
 

Não digo que você nasce e já está com a mente preparada para saber se postar na humanidade e existir com um pensamento sóbrio, mas que compreenda sobre o progresso e regresso. Nunca somos colocados em sociedade para regredir segundo os conceitos básicos de convivência. Estamos sempre desafiados a crescer.
 

Por isso, se ouvir essa frase do início do texto, fique assustado pois a forma correta de encher o peito de orgulho por crescer é escutando: Você está melhor que antes.

O vidro do carro estava um tanto embaçado mas pude notar a presença de alguém que eu já conhecia. Acho que consegui identificar melhor porque estava com o mesmo casaco. Buzinei mas ela não prestou muita atenção, então desci um tanto o vidro e comecei a chamá-la, até que atendeu. Estacionei o carro perto da calçada para que a garota pudesse entrar.
- Entra aí.
Ela correu até a porta que dava ao banco do carona e se sentou e me olhou. Ali começaram os sintomas que eu carregaria para o resto da vida. Me olhou tão profundo que tremeu tudo dentro de mim e me paralisou. Dessa vez não desviei, continuei a olhando e deixando que ela sugasse tudo de mim, embora não soubesse qual era mesmo sua intenção. Não me lembro do que pensei, ou se ao menos eu conseguia pensar. Aquela transe só terminou quando ela pulou e me abraçou fortemente, senti a água de seu casaco começar a se perder pela minha camisa e ouvi um choro baixinho. Aí é que me perdi mesmo. Uma guria que eu mal conhecia me olhando, chorando no meu colo, abraçada a mim de uma maneira tão próxima que eu sentia até seu coração batendo forte. Suspirei tomando coragem para levar minhas mãos imóveis até ela. Afaguei seus cabelos, alisei suas costas, enquanto tentava calar seu choro com "shh" quase silenciosos. Não que eu quisesse que ela calasse a boca, só não queria ver ela chorar.
- Não chora... vai passar. 
Repeti essa frase inúmeras vezes até sentir ela acalmando e repousando a cabeça no meu ombro. 


Nota: Eu prometo que os próximos capítulos serão maiores e peço perdão pelo atraso. Estou realmente com o tempo ocupado mas vou fazer o impossível para ter tempo para esse blog incrível. Obrigada se você tem acompanhado essa história! 

Ensaios sobre ela

16 de fev. de 2015

O vidro do carro estava um tanto embaçado mas pude notar a presença de alguém que eu já conhecia. Acho que consegui identificar melhor porque estava com o mesmo casaco. Buzinei mas ela não prestou muita atenção, então desci um tanto o vidro e comecei a chamá-la, até que atendeu. Estacionei o carro perto da calçada para que a garota pudesse entrar.
- Entra aí.
Ela correu até a porta que dava ao banco do carona e se sentou e me olhou. Ali começaram os sintomas que eu carregaria para o resto da vida. Me olhou tão profundo que tremeu tudo dentro de mim e me paralisou. Dessa vez não desviei, continuei a olhando e deixando que ela sugasse tudo de mim, embora não soubesse qual era mesmo sua intenção. Não me lembro do que pensei, ou se ao menos eu conseguia pensar. Aquela transe só terminou quando ela pulou e me abraçou fortemente, senti a água de seu casaco começar a se perder pela minha camisa e ouvi um choro baixinho. Aí é que me perdi mesmo. Uma guria que eu mal conhecia me olhando, chorando no meu colo, abraçada a mim de uma maneira tão próxima que eu sentia até seu coração batendo forte. Suspirei tomando coragem para levar minhas mãos imóveis até ela. Afaguei seus cabelos, alisei suas costas, enquanto tentava calar seu choro com "shh" quase silenciosos. Não que eu quisesse que ela calasse a boca, só não queria ver ela chorar.
- Não chora... vai passar. 
Repeti essa frase inúmeras vezes até sentir ela acalmando e repousando a cabeça no meu ombro. 


Nota: Eu prometo que os próximos capítulos serão maiores e peço perdão pelo atraso. Estou realmente com o tempo ocupado mas vou fazer o impossível para ter tempo para esse blog incrível. Obrigada se você tem acompanhado essa história! 
          Acordei. Finalmente acordei daquela minha fantasia de dois anos atrás. Parei de pensar que o mundo todo gira em torno do meu umbigo e que ela seria incapaz de me abandonar. Sei que já é tarde para me desculpar, ela está feliz e fazendo você feliz - mesmo que eu não me importe com a sua felicidade. Porém eu estou aqui, em meio à lágrimas, querendo ter de volta aquela vida simples que eu tinha com ela. Não se altere, eu não tentarei roubá-la de você. E mesmo se eu tentasse, ela nunca sairia dos seus braços, infelizmente. 
          Eu a machuquei muito e, mesmo querendo negar, fico feliz por ela ter encontrado um cara como você. Se eu pudesse, juro que mudaria muita coisa. Eu fui um verdadeiro idiota com ela, admito. Eu não soube dar valor, pois achei que, mesmo sofrendo, ela continuaria sendo minha. Eu estou muito arrependido, mas sei que isso já não importa a nenhum de vocês dois. Eu já não importo a ela. E, mesmo não parecendo, estou aqui para pedir que você a faça feliz de um modo que eu nunca consegui fazer. Com meu jeito todo errado e egocêntrico, eu sempre me importei mais comigo que com ela. Então, por favor, não cometa o mesmo erro. Ela é a mulher mais maravilhosa que eu já conheci, então não a perca. Não a deixe escapar de suas mãos, pois você pode acabar como eu. 
          Esses dias liguei e deu caixa postal. Liguei novamente e ela me atendeu nervosa. Ela disse que você é o homem da vida dela e pediu para que eu a deixasse em paz. Cara, você é um homem de sorte! Dê valor a isso, eu te imploro. Não quero que você me veja como ameaça, pois mesmo amando-a muito, prefiro ela feliz contigo do que infeliz comigo. Não sou cego, vejo que ela nunca sorriu para mim do modo que sorri para você. Porém, não se engane. Foi amor, sim, o que ela sentiu por mim. Pode ter acabado, mas existiu. 
          Dizem por aí que quando o amor é verdadeiro, não acaba. Pois, digo aqui nesta carta, que é mentira. O amor é frágil. Imagine um vaso de vidro, porém muito resistente, lindo e raro. Agora imagine que todos os dias você o jogue na parede e ria, se vanglorie por ele não ter quebrado. Imagine que todos os dias um novo arranhão surja nesse vaso, até que ele trinque. Porém, você não parará de jogá-lo de na parede e, um certo dia, ele irá se partir em centenas de cacos. E tais cacos nunca mais voltarão a ser um vaso lindo, resistente e raro. Foi assim com o amor que ela me ofereceu. Eu maltratei, pisei e até troquei por outro. Ela foi resistente, o amor dela foi resistente, e não queriam me abandonar. Ela fez de tudo para que eu a notasse. Fez de tudo para que eu desistisse de outras mulheres e fosse somente dela. Ela se submeteu a ser minha enquanto eu era de outra. E, sempre em meio ao choro, ela dizia que sentia vergonha por me amar tanto ao ponto de deixar de ter amor próprio. Mas ela - e o amor que era meu - se cansaram de mim. E o pior é que me vejo obrigado a entender o lado dela. Eu fui um completo estúpido, mimado e imbecil. Ela tentou por dezenas de tentativas vãs me mostrar que me amava e eu a esnobei. Por favor, não cometa nem um terço dos erros que ousei cometer, eu te peço. 
          Ela é especial, num sentido ótimo. Ela é a mulher que todo cara sonha em ter, mesmo que poucos saibam. Ela nunca te deixará para baixo, ela sempre tentará botar um sorriso em seu rosto. Ela dará aquela linda gargalhada quando sua piada for boa, e sorrirá ironicamente quando sua piada for péssima. Ela te beijará e conseguirá te acalmar quando nada mais parecer funcionar em sua vida. Ela será sua maior companheira, sua mais fiel aliada, sua amiga de todas as horas. Não faça como eu, não perca tempo querendo ter várias mulheres enquanto a que mais te fará feliz encontra-se jogada no sofá chorando por você. Se ela chorar, abrace-a e beije-a em meio às lágrimas. Se ela disser que tudo está acabado, segure o braço dela. Não a deixe ir embora jamais. Não abra a porta e convide-a a se retirar, pois ela pode não voltar nunca mais. Eu a conheço, talvez não melhor que você, mas a conheço muito bem. Quando ela sente ciúmes, seus olhos ficam úmidos. Quando ela fica nervosa, seus olhos ficam úmidos. Quando ela fica triste, seus olhos, para variar, ficam úmidos. Por Deus, nunca ache que isso é drama barato ou uma simples besteira. Pois isso é sentimento. E sentimento, é o que ela tem de sobra, por isso que transborda pelos olhos. Nunca faça com que ela pense ser só mais uma para você, nunca se esqueça do aniversário dela e nunca a ouça quando ela tentar parecer durona e dizer que flores não são românticas. Ela ama flores, porém sempre tenta negar. Assim como ela também ama ursos de pelúcia, cartas e chocolate. Ela é viciada em chocolate, animais e Tati Bernardi. Ela também ama escrever, você já deve ter notado. Uma dica: nunca elogie demais seus textos. Ela gosta de críticas, gosta de saber onde errou e o que deve melhorar, mesmo que, na maioria das vezes, seus textos são perfeitos e não há melhoria a ser feita. Nunca se engane, ela não é tão frágil quanto aparenta. Ela aguenta batalhas mentais sorrindo que nem eu, e nem você, aguentaríamos aos berros. Ela é forte, porém também é sensível. Pode mimá-la, ela adora que façam isso. Ela adora se sentir princesa daquele que ela considera seu príncipe. Cara, eu tenho inveja de você. Pois, agora, você é quem é o príncipe da minha princesa. 
          E eu não quero causar brigas, juro. Só te escrevi essa carta para que você tome conta dela por mim. Nunca desista do relacionamento de vocês, é sério. Você jamais encontrará alguém tão especial quanto ela. Sabe, ela tem um jeito que encanta qualquer um que se aproxime. Sua primeira impressão sobre ela pode não ter sido boa. Uma menina de óculos, com gosto musical considerado antigo e roupas não tão atraentes. Mas ela pode se transformar na mulher mais linda do mundo quando tira a sombra preta dos olhos e fica de rosto limpo, pijamas e pantufas, toda indefesa. Eu a amo, e você terá que conviver com essa ideia. Eu sei que é foda saber que outro cara ama sua mulher, mas eu não tenho culpa. A culpa é toda dela por ter sido tão especial. 
          Hoje choro por ter deixado com que ela escapasse de meus dedos, saísse correndo da minha casa dizendo que nunca voltaria. Eu achei que fosse apenas mais uma de suas crises. Eu achei que no dia seguinte ela voltaria dizendo que não consegue viver sem mim. Mas a minha menina - que agora é sua - cresceu. Ela se deu valor e fez com que, assim, eu também desse valor a ela. Pena que quando passei a valorizá-la e demonstrar todo meu amor, já era tarde demais. Sejam felizes, de coração.


  Um abraço daquele que já esteve no seu lugar e hoje te inveja.


Ela merece todo o amor que eu não soube oferecer

15 de fev. de 2015

          Acordei. Finalmente acordei daquela minha fantasia de dois anos atrás. Parei de pensar que o mundo todo gira em torno do meu umbigo e que ela seria incapaz de me abandonar. Sei que já é tarde para me desculpar, ela está feliz e fazendo você feliz - mesmo que eu não me importe com a sua felicidade. Porém eu estou aqui, em meio à lágrimas, querendo ter de volta aquela vida simples que eu tinha com ela. Não se altere, eu não tentarei roubá-la de você. E mesmo se eu tentasse, ela nunca sairia dos seus braços, infelizmente. 
          Eu a machuquei muito e, mesmo querendo negar, fico feliz por ela ter encontrado um cara como você. Se eu pudesse, juro que mudaria muita coisa. Eu fui um verdadeiro idiota com ela, admito. Eu não soube dar valor, pois achei que, mesmo sofrendo, ela continuaria sendo minha. Eu estou muito arrependido, mas sei que isso já não importa a nenhum de vocês dois. Eu já não importo a ela. E, mesmo não parecendo, estou aqui para pedir que você a faça feliz de um modo que eu nunca consegui fazer. Com meu jeito todo errado e egocêntrico, eu sempre me importei mais comigo que com ela. Então, por favor, não cometa o mesmo erro. Ela é a mulher mais maravilhosa que eu já conheci, então não a perca. Não a deixe escapar de suas mãos, pois você pode acabar como eu. 
          Esses dias liguei e deu caixa postal. Liguei novamente e ela me atendeu nervosa. Ela disse que você é o homem da vida dela e pediu para que eu a deixasse em paz. Cara, você é um homem de sorte! Dê valor a isso, eu te imploro. Não quero que você me veja como ameaça, pois mesmo amando-a muito, prefiro ela feliz contigo do que infeliz comigo. Não sou cego, vejo que ela nunca sorriu para mim do modo que sorri para você. Porém, não se engane. Foi amor, sim, o que ela sentiu por mim. Pode ter acabado, mas existiu. 
          Dizem por aí que quando o amor é verdadeiro, não acaba. Pois, digo aqui nesta carta, que é mentira. O amor é frágil. Imagine um vaso de vidro, porém muito resistente, lindo e raro. Agora imagine que todos os dias você o jogue na parede e ria, se vanglorie por ele não ter quebrado. Imagine que todos os dias um novo arranhão surja nesse vaso, até que ele trinque. Porém, você não parará de jogá-lo de na parede e, um certo dia, ele irá se partir em centenas de cacos. E tais cacos nunca mais voltarão a ser um vaso lindo, resistente e raro. Foi assim com o amor que ela me ofereceu. Eu maltratei, pisei e até troquei por outro. Ela foi resistente, o amor dela foi resistente, e não queriam me abandonar. Ela fez de tudo para que eu a notasse. Fez de tudo para que eu desistisse de outras mulheres e fosse somente dela. Ela se submeteu a ser minha enquanto eu era de outra. E, sempre em meio ao choro, ela dizia que sentia vergonha por me amar tanto ao ponto de deixar de ter amor próprio. Mas ela - e o amor que era meu - se cansaram de mim. E o pior é que me vejo obrigado a entender o lado dela. Eu fui um completo estúpido, mimado e imbecil. Ela tentou por dezenas de tentativas vãs me mostrar que me amava e eu a esnobei. Por favor, não cometa nem um terço dos erros que ousei cometer, eu te peço. 
          Ela é especial, num sentido ótimo. Ela é a mulher que todo cara sonha em ter, mesmo que poucos saibam. Ela nunca te deixará para baixo, ela sempre tentará botar um sorriso em seu rosto. Ela dará aquela linda gargalhada quando sua piada for boa, e sorrirá ironicamente quando sua piada for péssima. Ela te beijará e conseguirá te acalmar quando nada mais parecer funcionar em sua vida. Ela será sua maior companheira, sua mais fiel aliada, sua amiga de todas as horas. Não faça como eu, não perca tempo querendo ter várias mulheres enquanto a que mais te fará feliz encontra-se jogada no sofá chorando por você. Se ela chorar, abrace-a e beije-a em meio às lágrimas. Se ela disser que tudo está acabado, segure o braço dela. Não a deixe ir embora jamais. Não abra a porta e convide-a a se retirar, pois ela pode não voltar nunca mais. Eu a conheço, talvez não melhor que você, mas a conheço muito bem. Quando ela sente ciúmes, seus olhos ficam úmidos. Quando ela fica nervosa, seus olhos ficam úmidos. Quando ela fica triste, seus olhos, para variar, ficam úmidos. Por Deus, nunca ache que isso é drama barato ou uma simples besteira. Pois isso é sentimento. E sentimento, é o que ela tem de sobra, por isso que transborda pelos olhos. Nunca faça com que ela pense ser só mais uma para você, nunca se esqueça do aniversário dela e nunca a ouça quando ela tentar parecer durona e dizer que flores não são românticas. Ela ama flores, porém sempre tenta negar. Assim como ela também ama ursos de pelúcia, cartas e chocolate. Ela é viciada em chocolate, animais e Tati Bernardi. Ela também ama escrever, você já deve ter notado. Uma dica: nunca elogie demais seus textos. Ela gosta de críticas, gosta de saber onde errou e o que deve melhorar, mesmo que, na maioria das vezes, seus textos são perfeitos e não há melhoria a ser feita. Nunca se engane, ela não é tão frágil quanto aparenta. Ela aguenta batalhas mentais sorrindo que nem eu, e nem você, aguentaríamos aos berros. Ela é forte, porém também é sensível. Pode mimá-la, ela adora que façam isso. Ela adora se sentir princesa daquele que ela considera seu príncipe. Cara, eu tenho inveja de você. Pois, agora, você é quem é o príncipe da minha princesa. 
          E eu não quero causar brigas, juro. Só te escrevi essa carta para que você tome conta dela por mim. Nunca desista do relacionamento de vocês, é sério. Você jamais encontrará alguém tão especial quanto ela. Sabe, ela tem um jeito que encanta qualquer um que se aproxime. Sua primeira impressão sobre ela pode não ter sido boa. Uma menina de óculos, com gosto musical considerado antigo e roupas não tão atraentes. Mas ela pode se transformar na mulher mais linda do mundo quando tira a sombra preta dos olhos e fica de rosto limpo, pijamas e pantufas, toda indefesa. Eu a amo, e você terá que conviver com essa ideia. Eu sei que é foda saber que outro cara ama sua mulher, mas eu não tenho culpa. A culpa é toda dela por ter sido tão especial. 
          Hoje choro por ter deixado com que ela escapasse de meus dedos, saísse correndo da minha casa dizendo que nunca voltaria. Eu achei que fosse apenas mais uma de suas crises. Eu achei que no dia seguinte ela voltaria dizendo que não consegue viver sem mim. Mas a minha menina - que agora é sua - cresceu. Ela se deu valor e fez com que, assim, eu também desse valor a ela. Pena que quando passei a valorizá-la e demonstrar todo meu amor, já era tarde demais. Sejam felizes, de coração.


  Um abraço daquele que já esteve no seu lugar e hoje te inveja.


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