Ela. Lá estava ela. Vou ser sincero com vocês, no dia eu não a enxerguei com tanta magia como conto agora. No dia era só uma garota na pista de dança, como qualquer outra. Mas hoje, só consigo lembrar dos cabelos negros balançando em câmera lenta. Do corpo balançando em câmera lenta. A cintura, os quadris, as pernas, os braços. E só consigo me lembrar de como amo, ainda, cada parte dela. Um filme só nosso se passa pela minha cabeça, cheio de abraços, cheiros e beijos na ponta do nariz, como ela gostava. Porém como eu já alertei, no dia era só uma garota na pista de dança, que se aproximou da minha mesa acompanhada do meu amigo, o aniversariante e de mais duas moças:


- Eu sabia que você viria, vacilão! - abracei Greg entregando o presente que havia comprado. Nada muito especial. Fiquei meio sem reação vendo as três garotas sentando conosco, apesar de todas serem bonitas.


- Essa é a Diane. - indicou com a cabeça uma garota de cabelos dourados e compridos, roupa cheia de brilhos e e algumas sardas no rosto delicado. Ela me cumprimentou brevemente e virou uma tequila, e depois outra.


- Essa aqui é a sapatão mais gostosa desse pub, Luna.


- Eu sou bi! - ela gritou - Oi! - de cabelo azul, raspado de um lado e uma presilha. A roupa era mais coberta e menos chamativa. Mas simpatizei com ela, por algum motivo.


- E essa é minha prima favorita, Chloe. - e apontou para ela. Ela. Olhos claros, cabelos escuros. Era mais magra e mais baixinha que as outras garotas. E foi a única que sorriu para mim, ali na mesa. Não disse nada. Só sorriu me olhando, e empurrou para perto de mim o copo de vodka que estava tomando.


- Não, obrigado.


Ela encolheu e os ombros virou o que sobrou daquele copo. Acho que ficou com vergonha por eu não ter aceitado. Ou por não saber o que dizer.


- Não vai se apresentar pra elas? - ele sussurrou tentando fazer com o gesto não soasse afetivo demais.


- Sou Matthew. - eu demorei para me soltar. Sempre demoro.


Greg foi dançar com a prima e a loira e eu fiquei na mesa conversando com Luna.


Ela era interessante e estava na mesma universidade que nós, assim como Diane. Só Chloe ainda terminava a escola. E estava ali de maneira ilegal já que ela só tinha dezessete. Luna me interessou. Porque era mais velha, e tinha uma mente criativa e inquieta. Chloe me soou infantil, inconsequente e sem graça. Sei que ela ficaria chateada se soubesse disso.


Só trocamos palavras antes de ir embora:


- Já vai? - perguntou ela se apoiando na mesa.


- Vou sim. Já tá tarde.


- Hora de criança ir pra cama, hein Chloe. Seu pai depois vai nos matar. - Luna comentou, pegando as coisas dela.


- Ah não, ainda é cedo... eu queria dançar mais. - reclamou.


- Quer ir comigo ou ter que carregar seu primo bêbado para casa, mais tarde? - nisso Luna já tinha se levantado e colocado um casaco no ombro da morena, que olhou para trás vendo Gregory com a quinta garota da noite. Ela suspirou e pegou sua bolsa.


Saímos juntos, Luna puxando uns assuntos até chegarmos ao estacionamento onde ambas me beijaram a bochecha em despedida.


Às vezes eu me sinto culpado por não ter visto tudo que Chloe era naquele primeiro momento. Às vezes, acho que desde ali ela já planejava ser misteriosa e intrigante para me ter mais tarde da maneira mais profunda que alguém. Às vezes, acho que ela também não me notou e me achou sem graça. Nunca vou saber a resposta.

O que aconteceu dali em diante, sem a presença dela, pouco importa para essa história. Só voltei a encontrar minha garota duas semanas depois, quando minhas aulas já haviam voltado. Assim como toda aquela chatice da vida comum. Estudar, trabalhar, negar alguns convites para baladas, ir para o bar, depois voltar para casa. E foi voltando para casa que eu a encontrei novamente.




Ensaios sobre ela

2 de fev. de 2015



Ela. Lá estava ela. Vou ser sincero com vocês, no dia eu não a enxerguei com tanta magia como conto agora. No dia era só uma garota na pista de dança, como qualquer outra. Mas hoje, só consigo lembrar dos cabelos negros balançando em câmera lenta. Do corpo balançando em câmera lenta. A cintura, os quadris, as pernas, os braços. E só consigo me lembrar de como amo, ainda, cada parte dela. Um filme só nosso se passa pela minha cabeça, cheio de abraços, cheiros e beijos na ponta do nariz, como ela gostava. Porém como eu já alertei, no dia era só uma garota na pista de dança, que se aproximou da minha mesa acompanhada do meu amigo, o aniversariante e de mais duas moças:


- Eu sabia que você viria, vacilão! - abracei Greg entregando o presente que havia comprado. Nada muito especial. Fiquei meio sem reação vendo as três garotas sentando conosco, apesar de todas serem bonitas.


- Essa é a Diane. - indicou com a cabeça uma garota de cabelos dourados e compridos, roupa cheia de brilhos e e algumas sardas no rosto delicado. Ela me cumprimentou brevemente e virou uma tequila, e depois outra.


- Essa aqui é a sapatão mais gostosa desse pub, Luna.


- Eu sou bi! - ela gritou - Oi! - de cabelo azul, raspado de um lado e uma presilha. A roupa era mais coberta e menos chamativa. Mas simpatizei com ela, por algum motivo.


- E essa é minha prima favorita, Chloe. - e apontou para ela. Ela. Olhos claros, cabelos escuros. Era mais magra e mais baixinha que as outras garotas. E foi a única que sorriu para mim, ali na mesa. Não disse nada. Só sorriu me olhando, e empurrou para perto de mim o copo de vodka que estava tomando.


- Não, obrigado.


Ela encolheu e os ombros virou o que sobrou daquele copo. Acho que ficou com vergonha por eu não ter aceitado. Ou por não saber o que dizer.


- Não vai se apresentar pra elas? - ele sussurrou tentando fazer com o gesto não soasse afetivo demais.


- Sou Matthew. - eu demorei para me soltar. Sempre demoro.


Greg foi dançar com a prima e a loira e eu fiquei na mesa conversando com Luna.


Ela era interessante e estava na mesma universidade que nós, assim como Diane. Só Chloe ainda terminava a escola. E estava ali de maneira ilegal já que ela só tinha dezessete. Luna me interessou. Porque era mais velha, e tinha uma mente criativa e inquieta. Chloe me soou infantil, inconsequente e sem graça. Sei que ela ficaria chateada se soubesse disso.


Só trocamos palavras antes de ir embora:


- Já vai? - perguntou ela se apoiando na mesa.


- Vou sim. Já tá tarde.


- Hora de criança ir pra cama, hein Chloe. Seu pai depois vai nos matar. - Luna comentou, pegando as coisas dela.


- Ah não, ainda é cedo... eu queria dançar mais. - reclamou.


- Quer ir comigo ou ter que carregar seu primo bêbado para casa, mais tarde? - nisso Luna já tinha se levantado e colocado um casaco no ombro da morena, que olhou para trás vendo Gregory com a quinta garota da noite. Ela suspirou e pegou sua bolsa.


Saímos juntos, Luna puxando uns assuntos até chegarmos ao estacionamento onde ambas me beijaram a bochecha em despedida.


Às vezes eu me sinto culpado por não ter visto tudo que Chloe era naquele primeiro momento. Às vezes, acho que desde ali ela já planejava ser misteriosa e intrigante para me ter mais tarde da maneira mais profunda que alguém. Às vezes, acho que ela também não me notou e me achou sem graça. Nunca vou saber a resposta.

O que aconteceu dali em diante, sem a presença dela, pouco importa para essa história. Só voltei a encontrar minha garota duas semanas depois, quando minhas aulas já haviam voltado. Assim como toda aquela chatice da vida comum. Estudar, trabalhar, negar alguns convites para baladas, ir para o bar, depois voltar para casa. E foi voltando para casa que eu a encontrei novamente.




Existe pessoas tão maldosas nesse mundo, eu fico indignada. Pessoas vem, julgam meu jeito de ser, falam que há algo de errado com meu corpo e com minha aparência física, dizem que há algo de errado comigo. E aí, parei pra pensar, e a única conclusão que consegui ter, é que não há nada de errado comigo, mas sim, com essa pessoa. Geralmente, as pessoas julgam aquilo que queriam ser, ou o que queriam ter. Eu nunca consegui entender isso, mas graças a Deus, eu abri meus olhos, e vi, que eu sou muito mais do que dizem, eu sou muito mais do que os olhos pode ver. Hoje, eu consegui abandonar meu "ou" e enfrentar meu "&'s", Eu adoro filmes de patricinhas, e eu também gosto daqueles filmes mais complexos que coloca a cabeça pra pensar, sou drama e sou comédia, eu gosto de rock, e adoro mpb, adoro moda e futebol, amo me maquiar pra sair e ficar em casa toda desajeitada, amo escrever e atuar. Eu demonstro meus sentimentos escrevendo, e isso é maravilhoso, eu tenho sonhos que estou lutando para alcançar a cada dia. Eu acredito em um mundo melhor, e o que está ao meu alcance eu faço pra ajudar as pessoas. Eu tenho um bom coração, sempre vou está ao lado de quem amo, mesmo que tenha me machucado. Eu sei pedir perdão, e melhor ainda, eu sei perdoar. Eu tenho qualidade incríveis, que podem não ser um corpo lindo, e nem um rosto angelical, mas são qualidades, que com certeza me faz ser uma pessoa diferente, e superior a qualquer julgamento de uma pessoa mal resolvida com si mesmo. Minhas atitudes, e o que sou por dentro mostra quem sou, eu não preciso ser perfeita, eu preciso ser eu mesma, e ser sincera comigo mesma. Por isso eu te digo, quando aquela pessoa chegar pra te humilhar, você não precisa fazer o mesmo, simplesmente mostre a ela os seus "&'s", e mostre a ela as suas qualidades, eu tenho certeza, que depois, ela vai parar pra pensar e vai ver, que você é muito melhor do que ela pensou. Chega de rótulos. Não joguem pedras nas pessoas, amem cada uma delas.

Nós todos somos iguais, viva a igualdade. 

#UseSeuE!

Existe pessoas tão maldosas nesse mundo, eu fico indignada. Pessoas vem, julgam meu jeito de ser, falam que há algo de errado com meu corpo e com minha aparência física, dizem que há algo de errado comigo. E aí, parei pra pensar, e a única conclusão que consegui ter, é que não há nada de errado comigo, mas sim, com essa pessoa. Geralmente, as pessoas julgam aquilo que queriam ser, ou o que queriam ter. Eu nunca consegui entender isso, mas graças a Deus, eu abri meus olhos, e vi, que eu sou muito mais do que dizem, eu sou muito mais do que os olhos pode ver. Hoje, eu consegui abandonar meu "ou" e enfrentar meu "&'s", Eu adoro filmes de patricinhas, e eu também gosto daqueles filmes mais complexos que coloca a cabeça pra pensar, sou drama e sou comédia, eu gosto de rock, e adoro mpb, adoro moda e futebol, amo me maquiar pra sair e ficar em casa toda desajeitada, amo escrever e atuar. Eu demonstro meus sentimentos escrevendo, e isso é maravilhoso, eu tenho sonhos que estou lutando para alcançar a cada dia. Eu acredito em um mundo melhor, e o que está ao meu alcance eu faço pra ajudar as pessoas. Eu tenho um bom coração, sempre vou está ao lado de quem amo, mesmo que tenha me machucado. Eu sei pedir perdão, e melhor ainda, eu sei perdoar. Eu tenho qualidade incríveis, que podem não ser um corpo lindo, e nem um rosto angelical, mas são qualidades, que com certeza me faz ser uma pessoa diferente, e superior a qualquer julgamento de uma pessoa mal resolvida com si mesmo. Minhas atitudes, e o que sou por dentro mostra quem sou, eu não preciso ser perfeita, eu preciso ser eu mesma, e ser sincera comigo mesma. Por isso eu te digo, quando aquela pessoa chegar pra te humilhar, você não precisa fazer o mesmo, simplesmente mostre a ela os seus "&'s", e mostre a ela as suas qualidades, eu tenho certeza, que depois, ela vai parar pra pensar e vai ver, que você é muito melhor do que ela pensou. Chega de rótulos. Não joguem pedras nas pessoas, amem cada uma delas.

Nós todos somos iguais, viva a igualdade. 

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