Sentada assistindo a esse pôr do sol, dou voz às minhas angústias, dúvidas e inquietações por meio de uma caneta e um pedaço de papel, tão superficialmente profundo. Assim como o mergulhador, ainda que consciente dos riscos, adentra as águas do oceano em busca de sua beleza, eu adentro o mundo das palavras e dos turbilhões de sentimentos que estão por trás deste inócuo pedaço de papel em busca da libertação de uma alma que cansou de esperar por alguém que se importasse. Essa confusão de pensamentos e sentimentos compõe o eu. Eu sou a desordem. Estou tão bagunçada quanto um quarto de adolescente. Pensamentos rodopiam em minha cabeça, sonhos se suicidam na minha frente, oportunidades únicas são rasgadas. Sentimentos entram em colapso, chocam-se numa fervência paradoxal de se estar feliz e triste. Encontro a paz logo após o caos, ali atrás daquele monstro que, na realidade, sou eu. Eu sou a consequência de uma sociedade incerta, de um planeta sem amor. Sou o Monstro criado não pelo Frankstein, mas sim por um mundo desprovido de Magia. Falo da Magia, com maiúscula alegorizante, não truques baratos que vemos por aí. A Magia presente no riso da criança, no abraço de quem se ama, no canto dos pássaros, na felicidade resplandescente de um menino dançando na chuva, na primeira flor da primavera. É isso que falta, a Magia.


Procura-se o Amor

24 de fev. de 2015

Sentada assistindo a esse pôr do sol, dou voz às minhas angústias, dúvidas e inquietações por meio de uma caneta e um pedaço de papel, tão superficialmente profundo. Assim como o mergulhador, ainda que consciente dos riscos, adentra as águas do oceano em busca de sua beleza, eu adentro o mundo das palavras e dos turbilhões de sentimentos que estão por trás deste inócuo pedaço de papel em busca da libertação de uma alma que cansou de esperar por alguém que se importasse. Essa confusão de pensamentos e sentimentos compõe o eu. Eu sou a desordem. Estou tão bagunçada quanto um quarto de adolescente. Pensamentos rodopiam em minha cabeça, sonhos se suicidam na minha frente, oportunidades únicas são rasgadas. Sentimentos entram em colapso, chocam-se numa fervência paradoxal de se estar feliz e triste. Encontro a paz logo após o caos, ali atrás daquele monstro que, na realidade, sou eu. Eu sou a consequência de uma sociedade incerta, de um planeta sem amor. Sou o Monstro criado não pelo Frankstein, mas sim por um mundo desprovido de Magia. Falo da Magia, com maiúscula alegorizante, não truques baratos que vemos por aí. A Magia presente no riso da criança, no abraço de quem se ama, no canto dos pássaros, na felicidade resplandescente de um menino dançando na chuva, na primeira flor da primavera. É isso que falta, a Magia.


A escola Parnasiana de literatura era conhecida por, em seus versos poéticos, trabalhar mais a estrutura do próprio poema do que a temática. Explicando melhor... O poeta parnasiano escrevia sobre qualquer tema inútil mas sempre estava preocupados em desenvolver suas obras com versos decassílabos(10 versos poéticos) ou alexandrinos(12 versos poéticos).

Um exemplo clássico dessa característica é o soneto abaixo de Alberto de Oliveira, poeta que fez parte da Tríade Parnasiana com Raimundo Correa e Olavo Bilac.



Vaso Grego.

Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encoantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse. 


Está claro no poema o trabalho com os versos alexandrinos. Um belo exemplo de como os parnasianos tratavam a estética na poesia.






Dica: Por que a poesia parnasiana era titulada como a "arte pela arte"?

A escola Parnasiana de literatura era conhecida por, em seus versos poéticos, trabalhar mais a estrutura do próprio poema do que a temática. Explicando melhor... O poeta parnasiano escrevia sobre qualquer tema inútil mas sempre estava preocupados em desenvolver suas obras com versos decassílabos(10 versos poéticos) ou alexandrinos(12 versos poéticos).

Um exemplo clássico dessa característica é o soneto abaixo de Alberto de Oliveira, poeta que fez parte da Tríade Parnasiana com Raimundo Correa e Olavo Bilac.



Vaso Grego.

Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encoantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse. 


Está claro no poema o trabalho com os versos alexandrinos. Um belo exemplo de como os parnasianos tratavam a estética na poesia.






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