As pessoas costumam dizer que anjos existem, eu costumo acreditar, porque você existe, porque você está aqui, mesmo quando o dia não está ensolarado, mesmo quando eu estou de tpm, quando eu estou melancólica, e dramática, e até mesmo quando eu digo que quero ficar sozinha. Porque você está aqui, quando ninguém mais quer está. Quando meu mundo está desabando, você me faz dar boas gargalhadas, cuida de mim, e insiste dizer que tudo vai ficar bem, e faz com que realmente fique. Dizem que um dia, todos vão nós abandonar, acredito nisso. Mas gosto de acreditar, que você não está incluído. Ter você por perto, é como ter uma lareira no inverno, aconchegante e necessário. 

Ter você por perto

6 de jan. de 2015

As pessoas costumam dizer que anjos existem, eu costumo acreditar, porque você existe, porque você está aqui, mesmo quando o dia não está ensolarado, mesmo quando eu estou de tpm, quando eu estou melancólica, e dramática, e até mesmo quando eu digo que quero ficar sozinha. Porque você está aqui, quando ninguém mais quer está. Quando meu mundo está desabando, você me faz dar boas gargalhadas, cuida de mim, e insiste dizer que tudo vai ficar bem, e faz com que realmente fique. Dizem que um dia, todos vão nós abandonar, acredito nisso. Mas gosto de acreditar, que você não está incluído. Ter você por perto, é como ter uma lareira no inverno, aconchegante e necessário. 

  Morte e Vida Severina é um livro contando em poesia do poeta e escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto. Obra de sucesso da terceira fase modernista. Época em que se valorizava o aprofundamento temático do que era proposto.
  O próprio título mostra o quanto esse autor era destinado a sua época.


  As histórias tradicionais costumam linear os fatos através da vida até a morte. João fez o contrário. Ele quebrou esse paradigma querendo propor descrever que a morte vem primeiro até chegar a vida. E por que "Vida Severina"? Semanticamente falando, isso se trata de uma locução adjetiva do qual faz o título se referir a todos os "severinos" que sobrevivem as condições difíceis.

  E quem esses "severinos"? Ele conseguiu generalizar todos os retirantes que vão buscar uma vida melhor em um único personagem. Já relacionando com a principal característica da terceira fase moderna. 
"Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba."

  Por exemplo, devido as dificuldades em que o personagem retirante vive, decide tentar se identificar para o público através de acontecimentos da sua vida, segundo o trecho acima. Por que? É nítido observar que uma pessoa como essa sobrevive em condições precárias das quais não pode nem possuir um simples nome registrado no cartório.

 "Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,"

  Ao desenrolar da cena, consegue ser identificado uma das principais características de João Cabral de Melo neto. A metapoesia. Ao ler profundamente esse trecho, observa-se uma comparação com a próprio trabalho poético. A dificuldade em trabalhar e transmitir a mensagem da palavra.

  Feito isso, a história se resume em contar a viagem de um retirante do Sertão para a Zona da Mata, certo? Errado! Inicialmente, algum leitor pode acabar se perguntando: O tema em si é a seca. Por que ele encontra fertilidade em Recife e a obra continua?! Aí que entra o aprofundamento temático da terceira fase modernista. Ele trata de retratar a dificuldade em que muitos retirantes enfrentam ao sair de sua casa em busca de trabalho. O descaso é tanto que uns chegam a falecer sem condições de viver.

  Ah, detalhe! Por que o subtítulo do livro está titulado como "Um Auto de Natal Pernambucano?" Ao chegar na Zona da Mata pernambucana, Severino espera encontrar fartura e fertilidade. Com as dificuldades ocorrendo no local, uma cena em especial trata de explicar isso. O nascimento do menino com 3 sertanejas ao seu redor em comparação ao nascimento de Jesus Cristo e os reis magos é facilmente identificado. Mas não quer dizer que é religioso. É dito auto de natal pois lembra a cena porém representada pela esperança de uma vivência melhor na região.

 Com tudo isso, fica minha indicação para a procura desse livro de gigante qualidade.

Resenha: Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo Neto.

  Morte e Vida Severina é um livro contando em poesia do poeta e escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto. Obra de sucesso da terceira fase modernista. Época em que se valorizava o aprofundamento temático do que era proposto.
  O próprio título mostra o quanto esse autor era destinado a sua época.


  As histórias tradicionais costumam linear os fatos através da vida até a morte. João fez o contrário. Ele quebrou esse paradigma querendo propor descrever que a morte vem primeiro até chegar a vida. E por que "Vida Severina"? Semanticamente falando, isso se trata de uma locução adjetiva do qual faz o título se referir a todos os "severinos" que sobrevivem as condições difíceis.

  E quem esses "severinos"? Ele conseguiu generalizar todos os retirantes que vão buscar uma vida melhor em um único personagem. Já relacionando com a principal característica da terceira fase moderna. 
"Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba."

  Por exemplo, devido as dificuldades em que o personagem retirante vive, decide tentar se identificar para o público através de acontecimentos da sua vida, segundo o trecho acima. Por que? É nítido observar que uma pessoa como essa sobrevive em condições precárias das quais não pode nem possuir um simples nome registrado no cartório.

 "Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,"

  Ao desenrolar da cena, consegue ser identificado uma das principais características de João Cabral de Melo neto. A metapoesia. Ao ler profundamente esse trecho, observa-se uma comparação com a próprio trabalho poético. A dificuldade em trabalhar e transmitir a mensagem da palavra.

  Feito isso, a história se resume em contar a viagem de um retirante do Sertão para a Zona da Mata, certo? Errado! Inicialmente, algum leitor pode acabar se perguntando: O tema em si é a seca. Por que ele encontra fertilidade em Recife e a obra continua?! Aí que entra o aprofundamento temático da terceira fase modernista. Ele trata de retratar a dificuldade em que muitos retirantes enfrentam ao sair de sua casa em busca de trabalho. O descaso é tanto que uns chegam a falecer sem condições de viver.

  Ah, detalhe! Por que o subtítulo do livro está titulado como "Um Auto de Natal Pernambucano?" Ao chegar na Zona da Mata pernambucana, Severino espera encontrar fartura e fertilidade. Com as dificuldades ocorrendo no local, uma cena em especial trata de explicar isso. O nascimento do menino com 3 sertanejas ao seu redor em comparação ao nascimento de Jesus Cristo e os reis magos é facilmente identificado. Mas não quer dizer que é religioso. É dito auto de natal pois lembra a cena porém representada pela esperança de uma vivência melhor na região.

 Com tudo isso, fica minha indicação para a procura desse livro de gigante qualidade.

Latest Instagrams

© Solidarizou. Design by Fearne.