desejos de uma alma perdida

9 de jan. de 2015

Este corpo vazio, se perde em cada esquina procurando algo, alguma coisa que perdeu, ou que nunca nem chegou a ter. Estes olhos não se surpreendem com mais nada, eu só queria poder te contar tudo o que eu vi, poder te ensinar tudo o que eu aprendi, só que este corpo vazio sem alma, ainda teme algo, ou melhor, alguém, teme você assim como todo o passado, que te liga a mim e aquela velha deprimente nostalgia.

Mesmo sem alma, estando cansado, sinto que o que procuro seja talvez um fim, um ponto final talvez, apenas um ponto final nisso tudo. Porém tudo que eu são vírgulas, no meio deste caminho, e só me perco, e só caio, e to levantando cada vez mais cansado e corpulento, e essas vírgulas só separam e reduzem minhas orações, e meu corpo fadigado, que esta completamente exausto, só acha vírgulas, só acha interrogações, aspas e até exclamação, e nunca encontra um ponto final nisso tudo.

Acho que quando não se tem um ponto final acabar com reticências não me parece tão mal assim, eu nunca fui tão exigente, nunca tive a pretensão de ter um final feliz, nem nada parecido, tudo que este corpo parece desejar cada vez mais secretamente é um ponto final, é um final, seja ele como for, e não importa com, apenas um fim, nada de felicidade, nem surpresa muito menos respostas, nem satisfatório, apenas um fim.

E no meio de tantos cansaços todos que foram possíveis o mundo me dar, começo a e me conformar em eu criar um final para mim, por que o cansaço consome estes ossos e se torna mais difícil continuar. E não sei o quanto mais eu conseguirei, não sei quanto mais eu serei capaz de qual quer coisa.

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