Um exemplo clássico dessa característica é o soneto abaixo de Alberto de Oliveira, poeta que fez parte da Tríade Parnasiana com Raimundo Correa e Olavo Bilac.
Vaso Grego.
Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encoantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.
Está claro no poema o trabalho com os versos alexandrinos. Um belo exemplo de como os parnasianos tratavam a estética na poesia.
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